Brasil é o 49º país que mais faz bem ao mundo, diz pesquisa
O
Brasil é o 49º país que mais faz bem para o planeta, segundo um novo
estudo que avalia a contribuição dos países para humanidade. O Good
Country Index (Índice do Bom País, em tradução livre), concebido pelo
consultor britânico Simon Anholt, especialista em marketing de nações e
autor de vários livros sobre o assunto, avalia 125 nações.
O índice tenta medir qual o impacto internacional de políticas e comportamentos dos países. Esta é a primeira edição do ranking.
A
Irlanda ocupa o primeiro lugar no estudo, que analisa as atitudes dos
países em sete categorias: ciência e tecnologia, cultura, paz e
segurança internacional, ordem mundial, planeta e clima, prosperidade e
igualdade e saúde.
O
termo “bom” é aplicado para se referir a nações que mais contribuem
para o bem comum do planeta e o que tiram dele. Assim, “bom” é o oposto
de “egoísta” e não de “ruim”, diz o estudo. A Irlanda foi o mais bem
avaliado no quesito prosperidade e igualdade - justamente o item em que o
Brasil teve sua pior análise, ficando na 123ª posição.
O
Brasil, no entanto, foi o quinto melhor avaliado no item planeta e
clima. No quesito ordem mundial, o país ficou na 37ª posição; cultura,
em 49º; saúde, em 52º; ciência e tecnologia, em 75º; e paz e segurança
internacional, em 83º. Os dados utilizados dizem respeito principalmente
a 2010.
Bons e nem tanto
Nove
entre os dez primeiros colocados são países da Europa Ocidental. Entre
os países da América Latina, o mais bem classificado é a Costa Rica, que
ocupa a 22ª colocação.
Chile
(24º) e Guatemala (29º) são as outras nações latino-americanas entre os
30 países mais bem avaliados. Paraguai (54º) e Argentina (57º) ocupam
posições inferiores à do Brasil.
Em
último está a Líbia, que vive um conflito interno, atrás de Iraque,
também sob instabilidade, e Vietnã. Os Estados Unidos ocupam a 21ª
posição, devido à baixa avaliação em relação aos itens paz e segurança
internacional.
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O
país africano que mais contribui para o planeta é o Quênia, que ocupa o
26 º lugar - o único país do continente a entrar no top 30.
Categorias
A
equipe justificou o índice dizendo que os "maiores desafios enfrentados
pela humanidade atualmente não têm fronteiras" e que "a única maneira
de combatê-los propriamente é através de esforços internacionais".
O
conceito de "bom país" tem como finalidade incentivar os habitantes e
seus governos a olhar "para fora" e considerar as consequências
internacionais de seu comportamento, diz o relatório.
Trinta
e cinco dados foram analisados, entre eles, os índices de crescimento
populacional, número de assinaturas de tratados da Organização das
Nações Unidas e de refugiados hospedados, liberdade de imprensa e até
ganhadores de Prêmio Nobel.
Sob
o quesito paz e segurança mundial, por exemplo, foram comparados dados
como soldados cedidos para missões de paz, contribuições com orçamentos
de operações de paz, conflitos internacionais violentos, exportação de
armas e segurança na internet.
Anholt
passou os últimos dois anos compilando os dados de entidades como a
ONU, o Banco Mundial e outras organizações internacionais e
não-governamentais para produzir o estudo.
BBC BRASIL.