sexta-feira, 19 de julho de 2013

RIO: ‘Não concordamos com saques e ataques a estabelecimentos comerciais’, afirma Anonymous

 

Foto: Marcos de Paula/Estadão
O Anonymous no Rio de Janeiro publicou uma nota nesta sexta-feira afirmando que não concorda com saques e ataques a estabelecimentos comerciais. O grupo é um dos principais divulgadores dos últimos atos na cidade, criando eventos e divulgando informações, fotos e vídeos sobre os protestos.
Veja abaixo a nota na íntegra:
Nota de esclarecimento a respeito a saques e depredações de estabelecimentos comerciais. Pedimos que leiam para que se esclareça de uma vez por todas nosso posicionamento a respeito.

Nós não concordamos com saques e ataques a estabelecimentos comerciais, isso porque é necessário diferenciar o oprimido do opressor por diversas vezes confundido, afinal, reconhecemos que todo ser necessita sobreviver e esses estabelecimentos que muitas vezes tem sofrido ataques representam a fonte de sustento de muitas pessoas. E não estamos só nos referindo ao caso da Toulon, que ao menos sofrerá menos as consequências, afinal uma loja no Leblon, do nível da Toulon conta com seguros e também seu dono possui renda suficientemente alta para superar o caso, mas principalmente a bancas de jornal, lojinhas e etc.
Porém, fomos claros ao dizer que, não seremos hipócritas em deslegitimar tal ação popular, porque nesse caso, especificamente, teve um adendo: a distribuição das roupas de uma loja de acesso caro, a moradores de rua.
Deixamos claro, frisando mais uma vez que com isso, não estamos dizendo que esse fato se justifique por isso, apenas estamos fazendo uma análise, que acreditamos que qualquer um se parar para pensar, faria:
Por que não roubaram a loja e levaram as roupas para si? Por que a distribuição a moradores de rua? Por que a escolha de uma loja tão elitista? Sabemos que provavelmente muitas pessoas usaram a situação para benefício próprio, sabemos que essa possibilidade é clara e óbvia, mas estamos tentando levar o debate a frieza da análise, assim como no dia 11 de julho, uma senhora, dona de uma banca de jornal que foi depredada, fez ao dizer que não culpava os manifestantes, ela estava presente ao ver o ataque desmedido da polícia e disse que sabe que toda ação corresponde a uma reação.
Repetindo “Nós não concordamos com saques e ataques a estabelecimentos comerciais, isso porque é necessário diferenciar o oprimido do opressor por diversas vezes confundido, afinal, reconhecemos que todo ser necessita sobreviver e esses estabelecimentos representam a fonte de sustento de muitas pessoas. “
Terminamos com uma publicação que vimos na nossa time line pessoal, não é nossa:
“Dez dias. Foi o tempo que Sergio Cabral levou para lamentar as mortes na Maré.
Seis horas. Foi o tempo que Cabral precisou para convocar uma reunião de emergência sobre a Toulon saqueada e as vidraças de banco quebradas no Leblon.”

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