segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

feira trouxe um prato cheio para os teóricos da conspiração. O Ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, morreu nesta tarde aos 68 anos. Zavascki estava em um avião com destino a Paraty, litoral sul do Rio de Janeiro. A morte do magistrado foi confirmada por seu filho, Francisco Zavascki, às 18h05. Antes, às 17h22, Francisco já havia publicado: "Amigos, infelizmente, o pai estava no avião que caiu! Por favor, rezem por um milagre". Outras três pessoas morreram no acidente.
Rosália Ramos Lima, dona de uma pousada na Ilha Rasa próxima ao local do acidente, contou que chovia e que muitos barcos estavam fazendo passeios turísticos na área. "Não fez barulho, não fez nada, só senti um cheiro forte de gasolina. Logo que o avião caiu, já estavam fazendo o resgate, e uma pessoa que estava dentro do avião estava viva pedindo socorro. As pessoas tentaram socorrer, mas não deu tempo de salvar a mocinha que tava dentro desesperada pedindo ajuda", lamentou a testemunha.
A tragédia gerou consternação no meio jurídico, político e empresarial. Assim que a informação foi confirmada, autoridades do país e entidades repercutiram a morte. O presidente da República, Michel Temer, fez um pronunciamento no Palácio do Planalto e lamentou a morte do ministro do STF e anunciou ter decretado luto oficial de três dias.
"Nós estamos decretando luto oficial por um período de três dias, uma modesta homenagem a quem tanto serviu à classe jurídica, aos tribunais e ao povo brasileiro", declarou Michel Temer.

E a Lava Jato?

Teori era o relator dos processos da Lava Jato no Supremo. Em outras palavras, era o responsável pela análise de denúncias, recursos e delações premiadas. Agora, os processos relacionados à Operação no STF podem ficar sob relatoria de um novo ministro indicado pelo presidente Michel Temer ou podem ser redistribuídos pela presidente do STF – a ministra Cármen Lúcia – para algum outro magistrado que já seja ocupante de uma cadeira na Corte.
Em entrevista ao G1, o ex-presidente do STF e ministro aposentado Carlos Velloso afirmou que o regimento interno aponta que caberá a Temer indicar o sucessor de Teori na relatoria da Lava Jato. "Os processos ficariam aguardando o sucessor. A escolha seria feita pelo presidente Michel Temer. O Senado, se aprovasse, aconteceria a nomeação e posse. O sucessor da cadeira dele ficaria com os processos", explicou.
"O presidente da República tem que pensar muito bem no sucessor. Primeiro porque vai nomear alguém que vai suceder um grande ministro. O Teori vem conduzindo com extrema competência, bom senso, paciência, sem atropelo", concluiu.
Teori Zavascki tinha sido nomeado por Dilma Rousseff.

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