'Não faço política do toma lá dá cá', diz Dilma em entrevista
Presidente negou ter sido forçada a atender exigências de aliados
11 de setembro de 2011 | 22h 13
Luciana Nunes Leal, de O Estado de S.Paulo
Em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, a presidente Dilma Rousseff disse que não faz política de toma-lá-dá-cá e negou ter sido forçada a atender exigências de aliados. "Eu nunca dei nada a ninguém que eu não quisesse", afirmou. A entrevista, de pouco mais de vinte minutos, foi exibida em dois blocos, na noite deste domingo, 11. A primeira parte foi gravada no Palácio da Alvorada e o segunda, no Planalto.
"Você me dá um exemplo do 'dá cá' que eu te explico o 'toma lá'", respondeu Dilma à jornalista Patrícia Poeta, quando questionada sobre pressões dos partidos de sustentação do governo. Em seguida, a presidente amenizou: "Tô brincando contigo". Dilma disse que não se sente refém das bancadas aliadas no Congresso.
A presidente afirmou que o combate à corrupção "jamais se encerra" e que não gostaria de trocar mais ministros, depois da saída de quatro deles em apenas três meses. A presidente rejeitou o termo faxina para as ações contra desvio de dinheiro públicos. "Faxina começa às 6h da manhã e, às 8h, ela já acabou", comparou.
Lembrada que algumas demissões estão ligadas à suspeita de corrupção, Dilma, sem citar nomes, disse que os ex-ministros "ainda não foram julgados, então não podem ser condenados". "Eu espero nunca trocar nenhum ministro e muitos deles eu não troquei exatamente por isso (corrupção)", respondeu a presidente, citando Nelson Jobim, que deixou o Ministério da Defesa em agosto. Também saíram do governo o petista Antonio Palocci (Casa Civil), o dirigente do PR Alfredo Nascimento (Transportes) e o peemedebista Wagner Rossi (Agricultura).
Dilma chamou a CPMF de "um engodo", por não ter destinado recursos para a saúde, e se disse contra o imposto. Reiterou, no entanto, que o País terá que encontrar uma nova fonte para suprir o "inexorável" aumento de gastos no setor. Quando questionada sobre a possibilidade de um novo imposto para financiar a saúde, a presidente foi clara: "Sou contra a CPMF, hein." Em seguida, disse que "a população é contra" porque "a CPMF foi feita para ser uma coisa e virou outra". "Acho que a CPMF foi um engodo nesse sentido de usar o dinheiro da saúde não para a saúde", respondeu a presidente.
À inevitável pergunta sobre a fama da durona, Dilma disse que dá "bronca meiga" e que, se houvesse um presidente homem, não seria chamado de "durão". "Eu tenho que achar que (...) vai sair um pouco mais perfeito e que a gente vai conseguir. Se eu não fizer isso, eu não dou o exemplo e as coisas não saem", disse.
Embora tenha chamado do cabeleireiro Celso Kamura a Brasília para fazer o penteado e a maquiagem que exibiria no programa, Dilma contou que, no dia-a-dia, cuida sozinha do próprio visual. Disse estar bem de saúde e revelou que, depois de curada do câncer, faz revisões médicas a cada seis meses. "A questão do câncer é resolvida quando se consegue detectar cedo", comentou.
Divulgação
Presidente brincou com a fama de durona
A presidente afirmou que o combate à corrupção "jamais se encerra" e que não gostaria de trocar mais ministros, depois da saída de quatro deles em apenas três meses. A presidente rejeitou o termo faxina para as ações contra desvio de dinheiro públicos. "Faxina começa às 6h da manhã e, às 8h, ela já acabou", comparou.
Lembrada que algumas demissões estão ligadas à suspeita de corrupção, Dilma, sem citar nomes, disse que os ex-ministros "ainda não foram julgados, então não podem ser condenados". "Eu espero nunca trocar nenhum ministro e muitos deles eu não troquei exatamente por isso (corrupção)", respondeu a presidente, citando Nelson Jobim, que deixou o Ministério da Defesa em agosto. Também saíram do governo o petista Antonio Palocci (Casa Civil), o dirigente do PR Alfredo Nascimento (Transportes) e o peemedebista Wagner Rossi (Agricultura).
Dilma chamou a CPMF de "um engodo", por não ter destinado recursos para a saúde, e se disse contra o imposto. Reiterou, no entanto, que o País terá que encontrar uma nova fonte para suprir o "inexorável" aumento de gastos no setor. Quando questionada sobre a possibilidade de um novo imposto para financiar a saúde, a presidente foi clara: "Sou contra a CPMF, hein." Em seguida, disse que "a população é contra" porque "a CPMF foi feita para ser uma coisa e virou outra". "Acho que a CPMF foi um engodo nesse sentido de usar o dinheiro da saúde não para a saúde", respondeu a presidente.
À inevitável pergunta sobre a fama da durona, Dilma disse que dá "bronca meiga" e que, se houvesse um presidente homem, não seria chamado de "durão". "Eu tenho que achar que (...) vai sair um pouco mais perfeito e que a gente vai conseguir. Se eu não fizer isso, eu não dou o exemplo e as coisas não saem", disse.
Embora tenha chamado do cabeleireiro Celso Kamura a Brasília para fazer o penteado e a maquiagem que exibiria no programa, Dilma contou que, no dia-a-dia, cuida sozinha do próprio visual. Disse estar bem de saúde e revelou que, depois de curada do câncer, faz revisões médicas a cada seis meses. "A questão do câncer é resolvida quando se consegue detectar cedo", comentou.
Fonte: Retirado na integra do site www.estadao.com.br
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