"Não há intocáveis no Brasil", afirma Dilma sobre investigação na Petrobras
Fonte UOLA entrevista foi concedida a um grupo de 11 jornais da região, entre eles o brasileiro "O Globo", o argentino "La Nación" e o uruguaio "El País". Os editores dos periódicos formularam as questões.
Dilma foi perguntada se o escândalo da Petrobras, investigado pela operação Lava Jato, da Polícia Federal, pode afetar a paz política necessária para seu segundo mandato.
Na resposta, ela afirmou que há uma "falsa impressão" de que a corrupção no país cresceu nos governos do Partido dos Trabalhadores. "O grande fortalecimento das instituições de controle e a intensa promoção da transparência administrativa durante os governos do PT às vezes transmitem a falsa impressão de que os casos de corrupção aumentaram. Na realidade, o que acontece no Brasil é que, pela primeira vez na história, estamos combatendo efetivamente a secular chaga da corrupção", declarou.
"O Brasil não vive uma crise de corrupção, como dizem alguns. Nos últimos anos, começamos a combatê-la depois um longo período de impunidade. Isto é um grande avanço para a democracia brasileira", prosseguiu.
A presidente ressaltou a atuação da Polícia Federal nas investigações de desvios na estatal petrolífera. "É a Polícia Federal sob o meu governo que conduz as investigações sobre corrupção na Petrobras. Foram essas investigações que levaram ao desmantelamento de um esquema que se suspeita tenha décadas de existência, surgido antes dos governos do PT".
Mais adiante, ela voltou a dizer que seu governo põe fim "à era em que os ilícitos eram varridos para debaixo do tapete": "Em qualquer partido pode haver pessoas que cometam delitos. O que importa é que todos os implicados sejam punidos."
Dilma voltou a afirmar que pretende levar adiante a reforma política, também considerada por ela um meio de combater a corrupção. "Tenho o firme propósito de promover, neste segundo governo, uma reforma política que, entre outras coisas, lute contra a excessiva influência do poder econômico sobre o nosso sistema de representação, principal fonte de corrupção política e dos desvios administrativos no Brasil".
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