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Publicado em sábado, 25 de julho de 2015 às 07:00 Histórico
Dourado justifica que aumento não foi imoral
Chefe do Legislativo de Diadema, José Dourado (PSDB) opinou que não houve imoralidade no aumento de 49% concedido para os salários dos vereadores, proposta válida a partir de 2017.
No dia 16, de maneira unânime e às pressas, os parlamentares aprovaram a propositura que proporcionou acréscimo nos vencimentos, saltando dos atuais R$ 10.192,10 para R$ 15.193, 27.
Após o aval integral à alta salarial, diversas entidades de Diadema publicaram nota de repúdio e há pressão popular. Mobilização pelas redes sociais promete protestos no dia 6, quando voltam os trabalhos legislativos, e abaixo-assinado circula pedindo a revogação do projeto de lei. Há forte contestação à moralidade do caso na comparação com o atual cenário econômico brasileiro.
Dourado enfatizou legalidade na matéria, destacando “respaldo na Constituição Federal”, que permite a majoração salarial com percentual de 60% de subsídio destinado ao deputado estadual. “Sobre a moralidade, depende do ponto de vista. Não vejo (imoralidade). Aceito a manifestação, mas proponho um debate em torno disso. O que fizemos na Câmara não tem prejuízo, porque vai caber ao próximo presidente conceder ou não. Se fosse para decidir esse ano, eu diria que não (teria como aplicar)”, discorreu.
O tucano evitou polemizar sobre o ato, reforçando “aceitar protestos”. “Não havendo bagunça nem violência, todo e qualquer movimento precisa ser respeitado”, observou.
Ex-presidente da Casa e um ferrenhos integrantes da oposição, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), compartilhou a opinião de Zé Dourado, atacando oportunismo nos manifestos contrários. “Cerca de 80% dessas pessoas que estão se dizendo indignadas são pré-candidatos a vereador ou estão engajados em projetos políticos. Não vi nada noticiado sobre protestos para os deputados estaduais e federais quando concederam o reajuste.”
O petista, no entanto, admitiu reflexão em torno da matéria após o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), não honrar acréscimo de 1,39% nos vencimentos dos servidores públicos, conforme acordo estabelecido em abril. Maninho adiantou que, na segunda-feira, os vereadores vão se reunir para iniciar diálogo sobre situação. “Esse prefeito incompetente deixou de cumprir com os funcionários e isso muda a situação. Vamos tentar ajudar.”
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