247 - A equipe do ex-presidente Lula rebateu neste domingo 19 reportagem de capa da Folha de S.Paulo que aponta um suposto "favor" da Odebrecht com orientação profissional ao filho caçula do petista, Luis Claudio Lula da Silva.
As versões do jornal foram alteradas "em poucas horas para gerar manchetes contra Lula e sua família", diz a nota. "Não há o que comentar diante de informações genéricas de origem ilegal, de apurações sem documentos que mudam em poucas horas", acrescenta.
"Primeiro haveria um 'interlocutor de Lula' que teria feito o pedido citado na suposta delação a que a Folha teve acesso. A reportagem informou que o nome desse interlocutor não seria revelado. Depois, o tal interlocutor sumiu em uma informação de última hora que teria chegado na noite de sexta-feira. Fica a impressão de alteração da história, pelo jornal ou por sua fonte, após terem sido questionados sobre a falta de informações básicas", explica ainda a assessoria.
A denúncia da Folha acontece dias depois da divulgação de pesquisa eleitoral da CNT/MDA em que Lula lidera em todos os cenários a corrida presidencial de 2018 (leia mais
aqui). Abaixo, a íntegra da nota:
Como a Folha e vazadores mudam versão de história sem provas em poucas horas para gerar manchetes contra Lula e sua família
Não há o que comentar diante de informações genéricas de origem ilegal, de apurações sem documentos que mudam em poucas horas
O jornal Folha de S. Paulo publica hoje matéria baseada em suposto vazamento de delação premiada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A matéria vem com grande destaque na edição do primeiro domingo após pesquisa eleitoral indicar que, apesar da perseguição movida contra Lula por setores da imprensa e alguns agentes públicos, ele venceria as eleições para presidente da República tanto no primeiro quanto no segundo turno.
No contato feito com a assessoria de imprensa do ex-presidente (leia abaixo a troca de e-mails entre a Folha e a assessoria), a Folha de S.Paulo mudou em poucas horas a versão da sua apuração. Primeiro haveria um “interlocutor de Lula” que teria feito o pedido citado na suposta delação a que a Folha teve acesso. A reportagem informou que o nome desse interlocutor não seria revelado. Depois, o tal interlocutor sumiu em uma informação de última hora que teria chegado na noite de sexta-feira (quando os jornais fecham a maior parte da sua edição de domingo). Fica a impressão de alteração da história, pelo jornal ou por sua fonte, após terem sido questionados sobre a falta de informações básicas. A Folha de S.Paulo também não soube prover nenhum documento ou mesmo informações simples sobre a história que sustenta sua matéria: em que ano ela teria acontecido? Lula deixou a Presidência da República em 31 de dezembro de 2010 e não ocupa nenhum cargo público desde então. Diante de informações genéricas, sem documentos, de origem ilegal, que mudam em poucas horas, não há o que comentar ou dar crédito a suposições.
Por lei, delações não são provas, quanto mais vazamentos de supostas delações, sem documentos, contexto, provas do ocorrido ou sequer o ano em que teria acontecido o fato. Servem apenas para gerar manchetes sensacionalistas contra Lula e sua família. A Folha de S. Paulo costuma publicar esses ataques contra Lula aos domingos, atribuindo como “presentes” ao ex-presidente um estádio que é do Corinthians, ou uma piscina que é do Palácio do Planalto.
Supostas acusações de delatores divulgadas com estardalhaço na imprensa não têm se confirmado em depoimentos em audiências, onde mais de 11 delatores chamados como testemunhas de acusação pela Lava Jato foram incapazes de apontar qualquer ato ilegal ou vantagem indevida recebida pelo ex-presidente Lula. A imprensa, que faz estardalhaço de versões sem contexto e distorcidas de supostas delações, não dá destaque algum quando delatores como Paulo Roberto da Costa, Nestor Cerveró ou Pedro Barusco dizem, perante o juízo e com compromisso de dizer a verdade, jamais terem ouvido falar do envolvimento de Lula em ilegalidades ou recebimento de qualquer vantagem indevida (veja vídeo em
https://www.facebook.com/Lula/videos/1219752334760431/).
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