segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Russomanno é condenado a 2 anos de prisão



  • Danilo Verpa/Folhapress/Arte UOL
    O deputado federal Celso Russomanno, do PRB
    O deputado federal Celso Russomanno, do PRB
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, o deputado federal e apresentador de TV Celso Russomanno (PRB-SP) foi condenado pela Justiça a dois anos e dois meses de prisão.
A punição pode ser convertida em penas alternativas. O motivo da condenação foi o fato de o pré-candidato a Prefeitura de São Paulo ter nomeado Sandra de Jesus, gerente de sua produtora de vídeo, como funcionária de seu gabinete, entre 1997 e 2001.
Segundo a Justiça Federal, a mulher recebia salário como assessora pela Câmara dos Deputados, mas trabalhava de fato na empresa de Russomanno, a Night and Day Promoções.
O episódio é semelhante a um novo caso noticiado pela Folha nesta semana. Russomanno nomeou como funcionários de seu gabinete cinco pessoas que atuam em sua ONG em São Paulo, o Inadec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor). Naquela ocasião, o deputado foi condenado por peculato e recorreu. O caso, então, seguiu para o STF, devido ao foto privilegiado parlamentar.
Neste processo, Russomanno negou ilegalidade e declarou que Sandra atendia consumidores em seu gabinete político em São Paulo (que funcionava no mesmo endereço de sua produtora) e cuidava da emissão de passagens aéreas.
A reportagem da Folha, no entanto, explica que várias testemunhas e documentos comprovaram que Sandra de Jesus, após ser nomeada para o gabinete do deputado, seguiu como gerente da empresa. Ela assinava as carteiras de trabalho de funcionários da produtora, por exemplo.

Fonte: Aqui

domingo, 29 de novembro de 2015

Reação ao autoritarismo



  • Silvia Costanti /Folhapress
    O âncora Ricardo Boechat nos estúdios da rádio BandNews
    O âncora Ricardo Boechat nos estúdios da rádio BandNews
"Coisa típica de tecnocrata" e "subproduto do autoritarismo" foram as expressões usadas pelo jornalista Ricardo Boechat, 63, para comentar as ocupações feitas por alunos de escolas públicas, em São Paulo, contra o fechamento de unidades.
Conhecido pelas opiniões que despertam amor e ódio nos ambientes digitais, no entanto, Boechat ressalvara, um pouco antes: "Prefiro falar sobre isso [as ocupações] opinando sobre o que levou a essa situação". As críticas, portanto, não chegam nem perto dos adolescentes.
Aluno de escola pública em Niterói (RJ) nos anos 1960, o jornalista que se envolveu recentemente em uma polêmica com o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, não disfarçou o descontentamento também com as ações do governo paulista pela reestruturação do ensino público – o que ocasionará o fechamento de dezenas de escolas.
Veja, a seguir, o depoimento de Boechat ao UOL sobre o assunto.
Estudei em duas escolas públicas em Niterói, onde cresci: o Grupo Escolar Julia Cortines e o Grupo Escolar Joaquim Távora, praticamente coladas uma na outra [e hoje, respectivamente, escola municipal e colégio estadual] no bairro de Icaraí.
Vejo hoje a movimentação da molecada e não tem como avaliar esse tipo de ação sem antes classificar o que o Estado está fazendo. Porque a reação desses meninos é do tipo que revela na sua essência um erro típico do Estado brasileiro – que tem uma forma autoritária de decidir coisas que mexem com a vida das pessoas.
Talvez a reforma do ensino [proposta pela reestruturação do governo estadual] seja boa; talvez o impacto no curto prazo seja até menor do que o que professores e alunos estimam. Talvez fatos concretos, como argumentos, não dessem tanta pólvora para a exploração de grupos políticos em cima desses alunos, como há. Mas a forma como isso se encaminhou foi autoritária, prepotente – e quando era algo que podia tranquilamente ser discutido e valorizar a opinião do cidadão e integrá-la à política pública. Em vez disso, optou-se por menosprezar a possibilidade de contar com a colaboração comunidade escolar – coisa típica de tecnocrata e que apenas corrobora a reação que vemos.
É um subproduto do autoritarismo, infelizmente.
Saber que cada vez mais escolas têm sido ocupadas contra o fechamento me desperta muito dos anos 60, do período em que bandeiras eram hasteadas e mobilizavam os estudantes secundaristas. Eram outros contextos, fato, mas esse espírito é fundamental; esse inconformismo diante do que pareça ou que seja uma injustiça é o grande elemento de valor dos jovens. 
Ainda bem que eles preservaram essa chama. Prefiro uma juventude que erra, se mexendo, que uma que pretenda acertar, mas sem se mobilizar pela mudança.

Fonte: Aqui

sábado, 28 de novembro de 2015

Quer mais um prato indigesto Fonte o Globo

Se você não faz a menor ideia de quanto custa um político no Brasil, precisa ler essa matéria

Quanto custa um político eleito no país? A resposta é: depende do cargo. Presidente, vice-presidente, governadores, senadores, deputados, vereadores, prefeitos… Existem hoje mais de 64 mil políticos democraticamente eleitos no Brasil, pagos com o dinheiro do seu imposto.
Só em 2013, nosso Congresso, composto pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal, teve um orçamento de R$ 8 bilhões. Falando assim, em números totais, parece apenas mais alguns dos nlhões gastos pelo governo todo ano. Mas não se deixe enganar: é realmente muito dinheiro. É um gasto, aproximado, de quase 16 mil reais por minuto. São 23 milhões de reais por dia.
O que o Congresso gasta em um dia pagaria um ano de estudos de 10 mil alunos do ensino médio matriculados na rede pública de ensino. É também equivalente ao gasto anual de 1533 alunos do ensino superior das Universidades e Faculdades públicas do país. Parece mais dinheiro agora, não?
Incluindo salários, auxílios e demais verbas, cada deputado custa, em média, 147 mil reais aos cofres públicos todos os meses, segundo dados da própria Câmara. Isso representa um gasto anual de quase 2 milhões, para cada deputado em exercício.
De todos esses bilhões gastos pelo Senado brasileiro, R$ 1,3 bilhão são usados só para pagar aposentadorias de ex-senadores e ex-servidores da Casa – 35% do orçamento. Das despesas atuais, que somam R$ 2,3 bilhões – cerca de 63% –, pelo menos 8 milhões são destinados somente ao pagamento de horas extras.
Nessa semana, o Congresso aprovou o Orçamento Geral da União de 2015 inflado, triplicando a verba para o Fundo Partidário prevista no Orçamento da União, que passou de R$ 289,56 milhões para R$ 867,56 milhões. O Fundo Partidário é o financiamento público dos partidos políticos brasileiros, que não se restringe às campanhas eleitorais – a distribuição dos recursos é feita pelo TSE e a cota de cada partido é proporcional à sua representação parlamentar.
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Mas em se tratando de política, a Lei de Murphy parece ter um peso especial.
Um estudo realizado pela ONU em 2013 revelou que, considerando-se a Paridade de Poder de Compra, o custo de cada congressista (deputado ou senador) brasileiro é o segundo mais caro do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos. Mas não se sinta triste diante dessa derrota, caro contribuinte – ainda estamos na frente de 108 países nesse ranking.
Segundo os autores da pesquisa, desenvolvida em parceria com a União Interparlamentar dos Estados Unidos, o brasileiro carrega um fardo equivalente a US$ 7,4 milhões todos os anos para cada um dos 594 parlamentares em exercício. Já nos Estados Unidos, país com um uma renda per capita 3,7 vezes maior que a brasileira, cada assento do congresso sai 9,6 milhões de dólares por ano.
Apesar das altas cifras gastas pelos oficiais do Judiciário, o político mais caro do país é, sem dúvidas, o presidente. Mesmo com um salário ligeiramente menor que o valor pago aos senadores e deputados – atualmente, o salário presidencial está estabelecido em R$ 30,9 mil, contra R$ 33,8 mil pago aos parlamentares –, um presidente possui diversos outros benefícios que não estão disponíveis às outras esferas do poder. Entre acesso ao Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe de Estado, carros oficiais, funcionários, seguranças, avião presidencial e secretários, o Gabinete Presidencial tem um custo que pode bater os bilhões de reais. Como os dados não são totalmente divulgados – cerca de 98% dos gastos do gabinete presidencial são sigilosos – não dá para saber exatamente quanto a presidente Dilma Rousseff gasta. Mas dá para estimar!
Considerando-se só os Cartões de Pagamento do Governo Federal, a presidência e suas entidades vinculadas gastaram R$ 21 milhões no ano de 2014. Mais uma vez, é um número que já não salta à vista do calejado contribuinte. Mas olhe novamente. Foram 21 milhões de reais gastos no cartão. E que foram cobertos pelos cofres públicos.
No total, o Órgão Superior Presidencial gastou 7 bilhões no ano, valor superior ao custo de diversos Ministérios – como o Ministério das Comunicações e o Ministério do Planejamento, que juntos gastaram cerca de 6 bilhões no ano. A maior parte desse dinheiro foi para a Advocacia Geral da União, que consumiu 2,1 bilhões no ano.
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Além do presidente em exercício, os ex-presidentes também geram gastos para o país. Cada um deles tem direito a 8 assessores, 2 veículos oficiais, seguranças, combustível e outros pagamentos, totalizando gastos estimados entre R$ 500 mil e 760 mil. No total, os quatro ex-presidentes vivos, incluindo o ex-presidente Collor, que renunciou ao cargo sob ameaça de impeachment, somam gastos da ordem dos R$ 3 milhões todos os anos.
Fora da esfera do Poder Federal, os custos também são espantosos. Governadores, por exemplo, possuem salários que muito se aproximam dos valores pagos à presidente Dilma Rousseff. Como os valores são definidos individualmente, em cada estado, existe uma grande variação entre os valores pagos. Um levantamento realizado pela Revista EXAME, em 2013, mostrou diferenças de 178% nos salários dos governadores.
O valor mais alto, até então, era o salário de Beto Richa, então governador do Paraná, que recebia mensalmente R$ 26.723. Já o mais baixo, era o salário do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que recebia R$ 9.600. Considerando-se todos os salários pagos, a média recebida pelos políticos seria de R$ 19.867.
Além dos salários, governadores e ex-governadores podem ter outras regalias, dependendo das leis locais. Na Bahia, uma lei aprovada em 2014 garantiu aposentadorias de quase R$ 20 mil aos ex-governadores, que também passaram a gozar de benefícios como motorista e segurança. Além da Bahia, mais 21 estados pagam pensão vitalícia para seus ex-governadores: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Pará, Roraima, Acre, Rondônia, Maranhão, Amazonas, Paraíba, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Piauí.
Destes, os primeiros 11 – contando a Bahia – ainda pagarão o benefício para os governadores que deixaram o cargo em 2015. Nos outros 10, o dinheiro não é mais pago desde que as leis sobre pagamento de pensões foram revogadas, mas, os governadores que iniciaram o mandato quando as leis ainda estavam em vigor continuam recebendo o pagamento.
Em todo o país existem hoje 104 ex-governadores e 53 ex-primeiras-damas que recebem o benefício. Conforme revelou um levantamento do jornal O Globo, os valores variam entre R$ 10 mil e 26 mil. Colocando na ponta do lápis são 46,8 milhões anuais, custeados pelos estados.
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Ainda na esfera de poder dos estados, os deputados estaduais recebem pagamentos consideravelmente altos. O teto, para um membro das Assembleias é de R$ 25.322, valor que corresponde a 75% do rendimento de um deputado federal – até o final de 2014, o teto era de R$ 20.042. Porém, como a transparência do dinheiro gasto pelo Legislativo Estadual varia de estado para estado, é difícil saber como realmente eles estão sendo pagos. Conforme uma matéria do Jornal O Globo revelou, em 2014, muitos dos políticos que ocupam assentos nas Assembleias ganham benefícios maiores que deputados federais. Boa parte consegue cargos em comissões permanentes e passam a receber adicionais que podem chegar a R$ 11 mil, enquanto na Câmara tais funções dão direito a pagamentos de “somente” R$ 1,2 mil.
Além dos pagamentos, em alguns estados, como Roraima, existem benefícios para ocupantes do cargo, como auxílio-moradia e auxílio-transporte, o que eleva os pagamentos mensais para R$ 50 mil, valor maior que o recebido pelos parlamentares roraimenses em Brasília. Os deputados estaduais do estado ainda possuem quase o dobro de benefícios em viagens aéreas, quando comparados com seus colegas de Brasília: são R$ 900 para viagens dentro do estado, R$ 1.700 para viagens nacionais para outras localidades e R$ 2.024 para destinos no exterior.
Considerando-se somente os salários pagos, sem os benefícios, os deputados estaduais custarão, em 2015, R$ 72,8 milhões aos cofres dos estados brasileiros, valor que aumentou R$ 5 milhões em relação ao ano passado, já que boa parte das Assembleias aprovaram reajustes recentemente.
Mas, apesar de altos, o salário dos deputados ainda é menor que o de diversos prefeitos. Mesmo exercendo o cargo somente na esfera municipal, o teto do salário de prefeitos é o valor pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Desta forma, um prefeito poderia ganhar até R$ 26.723, até 2014 – antes do reajuste realizado nessa semana para R$ 33,8 mil.
Este valor, por exemplo, é o valor pago ao Prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, eleito em 2012. Fruet também recebe o maior salário entre os prefeitos das capitais brasileiras. O segundo lugar é ocupado por Edvaldo Holanda Jr., prefeito de São Luís, que recebe R$ 25 mil. A capital cujo prefeito recebe o menor salário é o Rio de Janeiro, governada por Eduardo Paes, que recebe R$ 13,9 mil.
No interior, a diferença de salários também é grande – há cidades onde o valor dos vencimentos pagos ao executivo municipal é igual ou próximo ao teto de R$ 26 mil (como é o caso de Feira de Santana, na Bahia, e de Muriaé, em Minas Gerais) e cidades onde a remuneração mal chega aos R$ 10 mil, como ocorre na cidade de Paranapanema, interior de São Paulo, onde o salário, em 2013, era de R$ 5,8 mil e foi motivo suficiente para que o então prefeito abandonasse o cargo.
Assim como o salário dos prefeitos, o valor da folha de pagamento de vereadores também apresenta grandes variações no país. Entre as capitais, a menor remuneração é a de Maceió: cada membro da Câmara Municipal recebe “somente” R$ 9.000. Já o título de capital com a maior remuneração está atualmente empatado entre Teresina, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belém, Campo Grande, Aracaju e São Paulo, cidades onde cada membro da Câmara recebe R$ 15.031.
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O teto do salário de um vereador é 70% a remuneração de um deputado estadual, para cidades com mais de 500 mil habitantes. Cidades menores possuem teto proporcionalmente menor – o teto mínimo é de 20%, nas cidades com menos de 10 mil habitantes. Além do salário, algumas Câmaras estabelecem alguns benefícios, como auxílio-moradia, auxílio-paletó (é, exatamente isso que você leu), auxílio-alimentação, auxílio-combustível, verba indenizatória, verba para pagamento de assessores e possuem uma cota para manutenção do gabinete. O valor desses auxílios varia conforme a cidade e em algumas, chega a ser maior que o valor do próprio salário.
Em Teresina, cada vereador tem direito a até 20 assessores e uma verba de até R$ 30 mil para pagamento desses funcionários. Já em Salvador, a verba de gabinete é de R$ 50 mil e os vereadores ainda contam com R$ 1,8 mil para pagarem combustível.
Outra capital que chama a atenção é Manaus, onde todas as verbas somam R$ 66 mil e os políticos ainda têm direito a R$ 300 para gastarem com telefone todos os meses. É a capital da Região Norte que melhor remunera seus vereadores.
Mas o vereador mais caro é o paulistano: os benefícios são 18 assistentes, por até R$ 106 mil, além de um auxílio de R$ 17 mil para outras despesas.
Achou tudo muito caro? Espere até o final do ano – com os reajustes dos salários acontecendo, cedo ou tarde o Brasil irá sofrer um efeito cascata: aumenta no Congresso, escorre para as Assembleias e respinga nas Câmaras de Vereadores.
Segundo a Confederação Nacional de Municípios, se todos os vereadores reajustarem seus salários em 26%, o mesmo valor do último reajuste que ocorreu na Câmara, você, contribuinte, precisaria bancar mais R$ 666 milhões esse ano. Seriam 873 milhões de reais sendo gastos todos os anos com vereadores de norte a sul do país.
Isso significará, depois do aumento nos combustíveis, na conta de luz, no transporte e na conta de água, que cada contribuinte ainda verá alguns aumentos nos impostos ao longo do ano, para custear os novos salários do Poder Federal, Estadual e, principalmente, Municipal.
Este é o grande banquete da democracia. Todos se esbanjam. Mas não se engane: não existe almoço grátis. A conta é sua. E no seu prato restam apenas as migalhas.
FONTE O GLOBO___________
isto é vergonhoso ainda roubam os cofres públicos não vota conforme  as necessidades dos brasileiros

Veja quanto custam um deputado e um senado Fonte  Congresso em Foco em versão digital ou impressa


Na Câmara, gasto é de R$ 143 mil por mês e R$ 1,8 milhão por ano; no Senado, R$ 160 mil mensais e R$ 2 milhões anuais

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BENEFÍCIOS SEM VALOR ESTIMADO
I- Cota postal. Na Câmara, está incluída dentro do cotão (ver observação 1, abaixo). No Senado, corresponde a 1.389 correspondências por mês.
II- Telefone celular. Na Câmara, a verba está incluída no cotão. No Senado, o benefício é ilimitado.
III- Assinatura de publicações. Na Câmara, está incluída no cotão a verba para assinar publicações impressas, TVs a cabo e serviços de internet. No Senado, além do cotão, cada parlamentar tem direito a assinar um jornal de Brasília, um de Sào Paulo, um do Rio de Janeiro e um de seu estado de origem.
IV- Carros oficiais. No Senado, cada parlamentar tem direito a um veículo, que é alugado pela Casa para esse benefício. Na Câmara, são 11 carros para uso dos seguintes deputados: o presidente da Câmara; os outros 6 integrantes da Mesa (vice e secretários, mas não os suplentes); o procurador parlamentar; a procuradora da Mulher; o ouvidor da Casa; e o presidente do Conselho de Ética.
V- Gráfica: impressões, fotocópias e material de expediente. No Senado, os valores são os da tabela principal acima. Na Câmara, seguem as quantidades permitidas: até 15 mil A4 por mês, até 2 mil A5 por mês, até 4 mil exemplares de 50 páginas por ano (200 mil páginas por ano), até 1 mil pastas por ano, até 2 mil folhas de ofício por ano, até 50 blocos de 100 folhas por ano, até 5 mil cartões de visita por ano, até 2 mil cartões de cumprimentos por ano, até 5 mil cartões de gabinete por ano, até 1 mil cartões de gabinete duplo por ano

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES NA TABELA
(1) Cotão. O cotão ou Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap) varia de estado para estado. Na Câmara, vai de R$ 27.977,26 (Distrito Federal) a R$ 41.612,80 por mês (Roraima). No Senado, de R$ 21.045,20 (Distrito Federal e Goiás) a até 44.276,60 (Amazonas). Os valores na tabela acima se referem à média dos 513 deputados e dos 81 senadores, consideradas as diferenças entre estados. A média não computa adicional de R$ 1.244,54 devido a líderes e vice-líderes partidários da Câmara. No Câmara, o cotão inclui pagamento e ressarcimento de despesas como passagens aéreas, fretamento de aeronaves, alimentação do parlamentar, combustíveis e lubrificantes, consultorias, divulgação do mandato, aluguel e demais despesas de escritórios políticos, assinatura de publicações e serviços de TV e internet, contratação de serviços de segurança e cota postal e telefônica. O telefone dos imóveis funcionais da Câmara está fora do cotão: é de uso livre, sem franquia. No Senado, os benefícios de serviços postais, despesas telefônicas (fixo e celular) e assinaturas de jornais também existem, mas são concedidos à parte do cotão.
(2) Auxílio-moradia. O valor é de R$ 3.800 por mês. Mas nem todos os parlamentares utilizam. Por isso, a tabela acima considerou a média de gastos de acordo com o uso do benefício. Em 16 de julho de 2014, apenas 225 dos 513 deputados utilizavam o auxílio-moradia em vez de um dos 432 apartamentos funcionais, parte deles em reforma. Na mesma época, 20 senadores utilizavam o auxílio-moradia. Outros 54 senadores utilizavam apartamentos funcionais e 13 membros do Senado não optaram por nenhum dos benefícios.
(3) Verba de gabinete e servidores. É a verba utilizada para pagar funcionários nos gabinetes e nos escritórios nos estados. Na Câmara, são R$ 78 mil mensais para contratar de 5 a 25 funcionários comissionados, os chamados secretários parlamentares. No Senado, não há um valor específico, mas cada gabinete tem direito a possuir de 5 a 61 cargos, sendo de 5 a 6 servidores efetivos e de 12 a 55 cargos em comissão. Para se chegar ao valor de R$ 82 mil, foi utilizado um cálculo da Transparência Brasil com base no número de servidores e respectivos cargos a fim de comparar benefício semelhante ao da Câmara.
(4) Ajuda de custo. O 14º e o 15º salários foram extintos em 2013, restanto apenas a ajuda de custo, no valor de R$ 26.723,13, paga no início e no final do mandato. A ajuda de custo mencionada na tabela se refere à média anual do seu valor tendo em vista que ela só é paga duas vezes a cada quatro anos.
(5) Saúde. Na Câmara, o valor da tabela se refere à média de gastos por parlamentar com despesas médicas considerando-se os gastos do ano anterior. Em 2013, (último ano fechado), foram gastos R$ 3.483.876,89. Os deputados só são ressarcidos em serviços médicos que não puderem ser prestados no Departamento Médico (Demed) da Câmara, em Brasília. Não há ressarcimento de despesas odontológicas e psicoterápicas. No Senado, não há informaçòes sobre os valores gastos com as despesas médicas, que são ilimitadas e vitalícias Para despesas odontológicas e psicoterápicas, o máximo é R$ 25.998,96 por ano para os senadores e de R$ 32.958,12 para ex-senadores. Foi valor máximo para senadores em exercício o utilizado na tabela principal acima.
(6) Combustível. Na Câmara, o valor está incluído no cotão, mas, ainda assim, limitado a R$ 4.500 por mês. No Senado, os parlamentares possuem ainda uma verba para abastecer seus carros oficiais em Brasília. Trata-se de 320 litros de gasolina ou 420 litros de álcool por mês. Na lista acima, a estimativa foi feita pela média dos gastos com esses dois combustíveis, considerando-se o preço por litro da capital em julho de 2014: R$ 3,10 para a gasolina e R$ 2,65 para o álcool.
(7) Telefone fixo. Na Câmara, o valor está incluído no cotão e ainda há uma franquia livre nos telefones fixos dos apartamentos funcionais. No Senado, são fornecidas cotas de até R$ 500 por senador. Mas os 19 líderes partidários e de blocos e os membros da Mesa (foram considerados apenas os sete titulares) têm direito a uma cota de R$ 1.000 mensais. O valor utilizado na tabela acima, é a média por senador, consideradas essas diferenças de cotas para líderes, membros da mesa e demais senadores.
FonteCongresso em Foco, com base em dados da Câmara, do Senado e de arquivo do próprio Congresso em Foco. Informações atualizadas até 16 de julho de 2014.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015



Vereadores são presos suspeitos de corrupção na Grande SP


FONTE ESTADÂO

Uma operação do Ministério Público Estadual (MPE) prendeu 13 pessoas em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, na manhã desta sexta-feira (27). Entre elas, estão dois vereadores da cidade. Todos são suspeitos de participar de um grande esquema de corrupção que desviou pelo menos R$ 2,5 milhões dos cofres da cidade.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos - residências de alto padrão - e também nos gabinetes dos dois vereadores, na Câmara Municipal de Itapecerica da Serra.
Segundo os promotores, a investigação começou em janeiro, depois que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) constatou o sumiço de R$ 2,5 milhões das contas da Câmara. A apuração contou com quebra de sigilos bancários, telemáticos (e-mails) e fiscais, além de delações premiadas. O valor desviado, ainda segundo os promotores, é muito maior, mas não foi divulgado.
O Ministério Público não divulgou o nome dos presos, pois o caso está em segredo de Justiça. O processo já tramita na Justiça e tem 18 réus. Todos são acusados de cometerem mais de mil crimes entre janeiro de 2008 e dezembro de 2014.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

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Vídeos postados em redes sociais e compartilhados através do WhatsApp mostram um confronto entre manifestantes contrários à reorganização das escolas paulistas e policiais na Escola Estadual Sylvia Ribeiro de Carvalho, em Marília. O confronto ocorreu há seis dias e foi filmado por pessoas que estavam no local. As imagens mostram agressões feitas por policiais, uso gás de pimenta e a retirada de manifestantes. A PM argumenta que os retirados não eram estudantes da instituição, mas sim sindicalistas e universitários radicais que queriam protestar. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Segundo a PM, os oficiais foram enviados à escola depois que a PM foi acionada pela direção do estabelecimento de ensino, que pediu que seis pessoas que não integram o corpo discente da escola e estavam comandando a ocupação fossem retiradas do local. Ainda segundo a polícia, os manifestantes atacaram os policiais com os pedaços de madeira quando essas pessoas estavam sendo retiradas da escola.
Após o confronto, os seis - cinco estudantes universitários que estudam na Unesp (Universidade Estadual Paulista) e uma sindicalista ligada à Apeoesp (Sindicado dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) foram identificados e levados ao Plantão Policial, onde prestaram esclarecimentos e acabaram liberados. Eles foram indiciados por incitação ao crime, resistência, desacato e porte de arma branca.

Outro lado

Logo depois do confronto, a dirigente regional de ensino da cidade, Ivanilde Zanae, afirmou, em entrevista, que a manifestação e a ocupação da escola só ocorreu por conta da ação de pessoas alheias à unidade de ensino. "Esse fato só aconteceu por influencia de um grupo de estudantes da Unesp e da Apeoesp. São as mesmas pessoas que invadiram a Diretoria de Ensino semanas atrás", relatou.
Em nota, a Apeoesp afirmou que repudia "a atuação truculenta da Polícia Militar" e declarou ainda que presta "todo apoio necessário aos estudantes que querem debater a reorganização". Declarou ainda que, embora o governo teoricamente afirme estar aberto do diálogo, não faz concessões e querem impor sua visão verticalmente aos estudantes.
Já de acordo com Ricardo Gomes, outro dos organizadores da ocupação, a truculência da polícia deve ser condenada. "Eles foram arbitrários, agrediram estudantes sem motivo e prenderam pessoas que estavam nos ajudando. Não faz sentido agir dessa forma contra nós", disse. Ele ressaltou ainda que a ocupação tem como objetivo incluir os estudantes no debate do processo. "Fizemos dois atos antes da ocupação, todos buscando o diálogo. Os representantes do Estado sempre alegaram que a mudança era positiva, mas nunca deram ouvidos aos estudantes", disse.

Ocupação

A unidade de ensino foi ocupada na última quinta-feira (19) e, desde então, segue sob o comando de cerca de 150 alunos, que estão acampados no local. Segundo o estudante Gustavo Peinado, 16, um dos que ocupam o imóvel, o patrimônio público tem sido respeitado e a ocupação só terminará quando o governo estadual se dispuser a discutir a questão com os estudantes.
"Temos que definir quem fica responsável pela limpeza, segurança, preparo da alimentação e realização das atividades físicas. Nossa escola está ocupada, mas bem organizada. E vamos continuar até que o governo do Estado nos ouça", informa.
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Estudantes protestam contra fechamento de escolas públicas de SP325 fotos

307 / 325
19.nov.2015 - Estudantes ocuparam na madrugada desta quinta-feira (26) a Escola Estadual Brigadeiro Gavião Peixoto, em Perus, na zona norte da capital paulista. Segundo os alunos, a Polícia Militar foi até o local pouco após a ocupação e pediu para que o grupo deixasse o local, mas nenhum policial chegou a entrar na escola. Os alunos protestam contra a reorganização da rede de ensino anunciada pelo Governo de SP Leia maisWerther Santana/Estadão Conteúdo
FONTE BOL

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Ocupação nas escolas desmascara o “mocinho” Alckmin criado pela mídia

O estado de São Paulo está vivendo a luta do tostão contra o milhão. Apesar das tentativas do governo Alckmin em desmobilizar os estudantes ocupados, o movimento de resistência contra o plano de reorganização escolar, que pretende fechar 92 escolas em todo o estado, vem ganhando mais força e adesão. Nesta terça-feira (24), já são contabilizados 125 colégios ocupados.

Por Laís Gouveia 


O plano, intitulado “Reorganização Escolar”, formulado e executado sem a mínima participação popularO plano, intitulado “Reorganização Escolar”, formulado e executado sem a mínima participação popular
O governo Alckmin, denunciado há anos pelo movimento social pela falta de democracia ao executar suas ações sem consulta popular, dessa vez encontrou pelo caminho a muralha do movimento secundarista.

O plano, intitulado “Reorganização Escolar”, formulado e executado sem a mínima participação popular ou consulta às instâncias estaduais, como exemplo o Fórum Estadual de Educação, gerou perplexidade em toda a sociedade paulista.

A Escola Estadual Diadema foi a primeira a ser ocupada, depois a Fernão Dias na zona Oeste e na sequência a Salvador Allende, em Itaquera. A partir disso, a preocupação começou a rondar a vida do Palácio dos Bandeirantes, pois o movimento de resistência ganhava, na segunda semana de novembro, maior musculatura e apoio de pais, professores, movimentos sociais e artistas. Afinal, como ser favorável ao fechamento de uma escola que, apesar do descaso e abandono, continua a educar gerações?

Por trás da imagem de um governador flexível e pronto para dialogar apresentada pelos grandes canais, o governo tucano pensou que seria simples desmobilizar o movimento e agiu com armas já conhecidas:

1-
 A mídia hegemônica, onde Alckmin, há duas semanas, aparece em inserções fazendo a defesa do fechamento das escolas, com um sorriso de empreendedor de sucesso, usando argumentos rasos e pouco convincentes.

2- O apoio da Policia Militar para espancar alunos, professores e invadir os colégios, com o uso da truculência de praxe.

3- O recurso das armas jurídicas, com a solicitação da reintegração de posse dos colégios ocupados.

4- A não aplicação da prova do Saresp nos colégios ocupados, buscando, dessa forma, marginalizar os estudantes ocupados.

Apesar das ações citadas acima, o governo tucano vem sofrendo uma sequência de derrotas. Os estudantes não se intimidaram com o uso da violência da Polícia Militar, a mídia hegemônica não conseguiu frear a onda de denúncias sobre os reais danos que o fechamento de 92 escolas promoveria no estado e, a partir disso, o plano de reorganização escolar, que seria provado na calada da noite, começou a ter seu destino alterado.



A semana passada foi difícil para Alckmin. Recuando, foi obrigado a retirar do plano de reorganização as escolas estaduais Augusto Melega e Braz Cubas, localizadas em Piracicaba e Santos. Além disso, quem apostava em um movimento “fogo de palha” momentâneo se frustrou. As ocupações a cada dia se triplicavam e contagiavam outros estudantes que, por consequência do inexistente diálogo, pegavam os seus pertences e ocupavam novos colégios.

Na última quinta-feira (23), o que poderia ser comemorado pelo governo tucano com a tacada de mestre para acabar de vez a pedra no sapato do governador, foi prontamente denunciado pelas entidades estudantis. Em audiência pública, o governo se disponibilizou e pausar temporariamente o plano de reorganização escolar. Prontamente, os secundaristas se negaram a desocupar as escolas e disseram que só vão sair quando o governo encerrar por vez o plano de fechar os 92 colégios. “Não vai ter arrego!”, era a palavra de ordem que os estudantes gritavam.

Paralelamente, belas demonstrações de apoio da sociedade se somam ao movimento de ocupação. Professores se disponibilizando para dar aulas nos colégios, doações de alimentos vindas de todas as partes, atividades culturais. Os estudantes ocupados dão a sua demonstração de cidadania: Mutirões para capinar, cozinhar, limpar e organizar as escolas. Se a intenção do governo era marginalizar as ocupações, o tiro saiu pela culatra.

Nesta segunda-feira (23) os estudantes obtiveram uma grande vitória. A justiça negou a reintegração de posse dos colégios ocupados, por entender que o governo tucano não debateu com a sociedade o conteúdo do plano, restando aos estudantes, como última opção, as ocupações nos colégios.

Apesar da blindagem da mídia, a coragem desses estudantes vem conseguindo mostrar algo importante: Há algo de podre no reino na Dinamarca e a população, que reelegeu Alckmin com 57% dos votos, começa a perceber que há um tucano privatista em pele de cordeiro. E ele não representa o povo paulista.