Ocupação nas escolas desmascara o “mocinho” Alckmin criado pela mídia
O estado de São Paulo está vivendo a luta do tostão contra o milhão. Apesar das tentativas do governo Alckmin em desmobilizar os estudantes ocupados, o movimento de resistência contra o plano de reorganização escolar, que pretende fechar 92 escolas em todo o estado, vem ganhando mais força e adesão. Nesta terça-feira (24), já são contabilizados 125 colégios ocupados.
Por Laís Gouveia

O plano, intitulado “Reorganização Escolar”, formulado e executado sem a mínima participação popular ou consulta às instâncias estaduais, como exemplo o Fórum Estadual de Educação, gerou perplexidade em toda a sociedade paulista.
A Escola Estadual Diadema foi a primeira a ser ocupada, depois a Fernão Dias na zona Oeste e na sequência a Salvador Allende, em Itaquera. A partir disso, a preocupação começou a rondar a vida do Palácio dos Bandeirantes, pois o movimento de resistência ganhava, na segunda semana de novembro, maior musculatura e apoio de pais, professores, movimentos sociais e artistas. Afinal, como ser favorável ao fechamento de uma escola que, apesar do descaso e abandono, continua a educar gerações?

1- A mídia hegemônica, onde Alckmin, há duas semanas, aparece em inserções fazendo a defesa do fechamento das escolas, com um sorriso de empreendedor de sucesso, usando argumentos rasos e pouco convincentes.
2- O apoio da Policia Militar para espancar alunos, professores e invadir os colégios, com o uso da truculência de praxe.
3- O recurso das armas jurídicas, com a solicitação da reintegração de posse dos colégios ocupados.
4- A não aplicação da prova do Saresp nos colégios ocupados, buscando, dessa forma, marginalizar os estudantes ocupados.
Apesar das ações citadas acima, o governo tucano vem sofrendo uma sequência de derrotas. Os estudantes não se intimidaram com o uso da violência da Polícia Militar, a mídia hegemônica não conseguiu frear a onda de denúncias sobre os reais danos que o fechamento de 92 escolas promoveria no estado e, a partir disso, o plano de reorganização escolar, que seria provado na calada da noite, começou a ter seu destino alterado.

A semana passada foi difícil para Alckmin. Recuando, foi obrigado a retirar do plano de reorganização as escolas estaduais Augusto Melega e Braz Cubas, localizadas em Piracicaba e Santos. Além disso, quem apostava em um movimento “fogo de palha” momentâneo se frustrou. As ocupações a cada dia se triplicavam e contagiavam outros estudantes que, por consequência do inexistente diálogo, pegavam os seus pertences e ocupavam novos colégios.
Na última quinta-feira (23), o que poderia ser comemorado pelo governo tucano com a tacada de mestre para acabar de vez a pedra no sapato do governador, foi prontamente denunciado pelas entidades estudantis. Em audiência pública, o governo se disponibilizou e pausar temporariamente o plano de reorganização escolar. Prontamente, os secundaristas se negaram a desocupar as escolas e disseram que só vão sair quando o governo encerrar por vez o plano de fechar os 92 colégios. “Não vai ter arrego!”, era a palavra de ordem que os estudantes gritavam.

Nesta segunda-feira (23) os estudantes obtiveram uma grande vitória. A justiça negou a reintegração de posse dos colégios ocupados, por entender que o governo tucano não debateu com a sociedade o conteúdo do plano, restando aos estudantes, como última opção, as ocupações nos colégios.

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