quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Candidatos ao Paço repercutem futuro para o Hospital de Urgência

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Arquivo/DGABC  Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
Depois de idas e vindas, foi liberado o edital para construção do Hospital de Urgência, de São Bernardo. O equipamento, que é muito esperado para atender a demanda da Saúde no município, chegou a ter o processo de concorrência emperrado devido a ajustes técnicos que foram feitos pela atual gestão do Prefeito Luiz Marinho (PT). Para a maioria dos candidatos ao Paço, a proposta não é vista com bons olhos, pois ainda não se faz uso pleno do já entregue Hospital de Clínicas.
A obra, que tem orçamento aproximado de R$ 685 milhões para a construção de sete pavimentos, com 266 posições, sendo 226 leitos e 40 poltronas, terá parte dos investimentos provenientes do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e parte da Prefeitura de São Bernardo.


O Diário repercutiu com os candidatos a uma cadeira no Executivo do município quais são seus planos para a concretização desse projeto de grande expectativa para a população.
Para o candidato Orlando Morando, do PSDB, a atual gestão fez com que a cidade virasse um ‘canteiro de obras paradas’ e que, antes de iniciar novas construções, é importante fazer com que as já prontas funcionem com qualidade e médicos para atender a população. “São Bernardo precisa, sim, de mais saúde e de melhor qualidade, precisa de médicos para atender a população, mas antes de sair construindo novos equipamentos, precisamos fazer o que tem funcionar de verdade. Sobre a construção do Hospital de Urgência, vamos sim dar continuidade, e sobre o prazo de entrega, precisamos primeiro saber como está a situação do empréstimo do BID, que é o responsável pelo financiamento dessa obra. E, ainda, precisamos saber se a licitação não sofrerá problemas.”
Caso o Hospital de Urgência não seja construído, Morando sugere que os quase R$ 685 milhões sejam usados em contratação de médicos e melhor integração do sistema de dados. “Hoje a Saúde de São Bernardo representa 22% do orçamento e nós vamos elevar esse teto para aumentar o custeio e fazer funcionar tudo. Não vamos investir o dinheiro da Saúde em tijolo, nós vamos investir em médicos. São Bernardo terá exame rápido e remédio fácil. Esses são os três pilares que nós vamos trabalhar na saúde. Vamos implementar ainda o Prontuário Único Eletrônico, integrando as informações do paciente em uma única fonte de dados, possibilitando o acesso em qualquer unidade, agilizando o atendimento. Vamos fazer o monitoramento à distância aos pacientes crônicos, com pressão alta, diabetes, eles serão monitorados diariamente”, prometeu o candidato.
Para Tunico Vieira (PMDB), como o Hospital de Clínicas ainda não completou sua capacidade plena é adequado que, até a conclusão do Hospital de Urgência, ele seja usado para casos que exigem pressa e procedimentos cirúrgicos. “Considerando que o Hospital de Clínicas ainda não completou suas instalações para o atendimento de sua capacidade plena, mesmo assim apresentando ociosidade, é sensato utilizar sua capacidade para o atendimento de casos de urgência e de procedimento cirúrgicos, até conclusão do Hospital de Urgência. Quanto à data para entrega iremos tomar conhecimento do projeto e recursos previstos para tal finalidade, para então se posicionar a respeito desta tão nobre e necessária obra para o atendimento da nossa população”, detalha o postulante.
Questinado sobre como usaria o recurso destinado ao Hospital de Urgência caso ele não fosse feito, o candidato detalhou: “Cabe destacar que, de acordo com dados publicados, os gastos com Saúde no município correspondem a aproximadamente um terço das despesas totais, portanto trata-se de valor bastante significativo. Será importante analisarmos e concluir sobre as prioridades e reais necessidades da população na área, pois a construção do hospital demanda recursos únicos de investimentos enquanto o atendimento demanda recursos permanentes de custeio.”
Para o pleiteante ao Paço Aldo Santos (Psol), a ideia é desterceirizar a Saúde da cidade. “Entendo que saúde pública é prioridade das prioridades, o que não vem ocorrendo nas últimas gestões.Pretendemos desterceirizar a saúde municipal, abrir concurso público, assegurar as 30 horas de trabalho para esses profissionais, dar continuidade nas obras nos prazos previstos . Vamos também fazer uma auditoria nos contratos para saber se estão ou não superfaturadas. Em relação aos servidores municipais, através dos usuários do Imasf, vamos colocar o prédio em funcionamento, pois se o dinheiro existe para pagar terceiros, que lucram, vamos gerenciar um hospital modelo para os servidores municipais. Vamos gerenciar a própria saúde , sem intermediários”, assegurou o candidato.
Caso o Hospital de Urgência não saia do papel, Santos pretender fortalecer o SUS (Sistema Único de Saúde) na cidade. “A saúde é obrigação do Estado e direito da população. Neste sentido, defendemos o dinheiro público, com o fortalecimento do SUS, potencializando os equipamentos existentes, buscando recursos junto aos governos Federal e Estadual, pois entendemos que a Saúde, assim como a Educação, são investimentos e não despesas. O que precisa é democratizar, controlar, gerir e punir a corrupção e o malfeitor.”

Já o candidato do PSTU, Cesar Raya, acredita que a subutilização do Hospital de Clínicas é um duplo desperdício de verbas públicas. “Em primeiro lugar, pelo investimento em uma infraestrutura que atualmente não desempenha sua total capacidade de atendimento à população. Segundo, por ser, em parte, de maneira desastrosa, a gestão Marinho usa essa subutilização para justificar a criação do Hospital de Urgência, que seria desnecessário caso o Hospital das Clínicas funcionasse em sua plenitude, visto, por exemplo, que em vez de atender com os atuais 90 leitos e 20 leitos, atendesse com o número no mínimo duplamente superior”, critica o postulante.
O candidato salienta ainda a necessidade de uma auditoria para levar o Hospital de Urgências adiante. “Será importante para verificação de gastos que de fato são necessários e na medida em que a capacidade de outros complexos hospitalares de responsabilidade municipal seja também desenvolvida. Consideramos que, embora os complexos hospitalares sejam importantes, esses atuam nos marcos da saúde curativa, quando os gastos públicos em Saúde, tais como esses direcionados à construção do Hospital de Urgência, deveriam ser canalizados para a medicina preventiva, tais como atendimentos básicos proporcionados pelos princípios que norteiam as UBS”, conclui.
Para o candidato do PT, Tarcísio Secoli, apoiado pelo atual prefeito Luiz Marinho (PT), o Hospital de Urgência será construído para substituir o atual PS (Pronto Socorro) Central, que não tem mais condições de atender dentro do padrão de qualidade da Saúde que foi implantada na cidade. “Portanto, o HC (Hospital de Clínicas) não concorre e não substitui com o Pronto Socorro/Hospital de Urgências, são coisas distintas. Aliás, se fôssemos abrir um hospital e fechar outro, não haveria ampliação na rede de saúde pública. Com o HC, a quantidade de leitos da cidade foi ampliada em mais de 49%. Apenas para UTI, nossos moradores ganharam mais 31 leitos”, detalha.
O pleiteante reforça que o Hospital de Urgência, assim como o atual Pronto Socorro Central, será um hospital que atenderá a demanda espontânea de casos urgentes. É a porta de entrada para o sistema de saúde, portanto. Já o de Clínicas é um hospital referenciado, assim como o Hospital Anchieta ou o Hospital Mário Covas, que são aqueles que recebem pacientes encaminhados pela rede de urgência. Toda rede de saúde organizada tem hospitais de urgência e hospitais que são referência. “Portanto, tentar menosprezar a necessidade de construir um novo prédio para abrigar o atual PS é, primeiro, um enorme desrespeito com os usuários e trabalhadores da saúde. Mostra total desconhecimento sobre como funciona a saúde e as necessidades da população. Da mesma forma, antes de questionar o funcionamento do HC, deveria ser lembrado que ele sequer existia há 7 anos atrás.”
Sobre o tempo para início das obras do Hospital de Urgências, Secoli garante que a construção terá início ainda neste ano, com previsão de ser concluída em até 24 meses.
O candidato trata como necessidade absolutamente técnica ter o prédio do Hospital de Urgência. “O atual prédio do Pronto Socorro Central foi construído em 1973, sem elevador, sem sala cirúrgica e com ambientes pequenos, pé direito baixo e redes elétricas que não suportam equipamentos mais potentes. A necessidade de um novo prédio também está relacionada ao atendimento digno e de qualidade que as pessoas têm direito a receber. Além disso, é preciso oferecer melhores condições de trabalho aos funcionários da unidade. Questionar a necessidade evidente de um novo prédio é uma clara demonstração de desrespeito pela população e completo desconhecimento sobre as necessidades da saúde e o planejamento que uma cidade deve fazer para evitar situações como a que encontramos em 2008”, afirma. 

terça-feira, 13 de setembro de 2016



Dinheiro de Cunha na Suíça só será repatriado em caso de delação ou condenação



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  • Lula Marques/Agência PT
    Ministério Público da Suíça diz que ativos de Cunha continuam congelados
    Ministério Público da Suíça diz que ativos de Cunha continuam congelados
Os recursos do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continuam bloqueados nos bancos da Suíça e o ex-parlamentar não poderá movimentar o dinheiro até que haja uma definição sobre os processos que ele enfrenta na Justiça brasileira.
Os ativos, porém, apenas voltarão ao Brasil se Cunha for condenado, se houver uma decisão de um tribunal ou se um acordo de delação premiada estipular a devolução dos recursos, como ocorreu no caso de ex-diretores da Petrobras.
Em Berna (capital da Suíça), a Procuradoria não informa os valores mantidos por Cunha. Mas o Ministério Público do país confirma que os ativos continuam congelados. No final de outubro de 2015, o ministro Teori Zavascki determinou o pedido de transferência do dinheiro da Suíça para o Brasil, em um volume de cerca de 2,5 milhões de francos suíços (R$ 8,6 milhões).

"A QUERIDA JÁ FOI", DIZ EDUARDO CUNHA APÓS SER CASSADO

US$ 800 milhões em mil contas

No total, os suíços já bloquearam cerca de US$ 800 milhões em mais de mil contas relacionadas com ex-diretores da Petrobras, políticos brasileiros, executivos de construtoras e operadores. Mais de 40 bancos suíços estão implicados, num dos maiores casos de corrupção já investigado em Berna.
Para que o dinheiro volte aos cofres públicos, uma possibilidade é de que haja um eventual acordo de delação premiada e, no pacto, Cunha aceite devolver o montante.

domingo, 11 de setembro de 2016

O projeto tem origem na Comunidade do Alvarenga que engloba os Bairros: Parque Ideal I e II, Jardim Novo Horizonte, Jardim Ouro Verde, Jardim Nova América, Parque dos Químicos e Jardim Cruzeiro do Sul.
O grupo estabeleceu junto com a comunidade algumas metas de trabalho com base em diagnóstico realizado. O resultado deste diagnóstico demonstrou que a maior preocupação da comunidade era o esgoto a céu aberto e as fossas  constantemente cheias. A partir daí, elaborou-se um Projeto de Rede de Esgotos para a Comunidade do Baixo Alvarenga, conhecida pelas autoridades como Alvarenguinha, que se estende por toda a região. Com a construção de uma Estação de Tratamento, Estação da ETE ABC, todo o esgoto do Alvarenga  seria tratado, considerando que partiria do Jardim Claudia, vem tudo por gravidade, resolveria o problema com menos recursos e esta água tratada voltaria à Represa Billings até  95% livre de impurezas.
 Em uma consulta com a Dra Rosângela, promotora Ambiental, explicamos que temos um sério problema em nossa Região que vem se agravando muito ultimamente. Com a demora da Sabesp em fazer as Redes de Esgoto, os moradores têm aproveitado os dias de chuva para esgotar suas fossas jogando todo o dejeto nas guias levando toda a sujeira direto para a Represa Bilings. A prefeitura não tem fiscalização para estas funções e nós moradores estamos controlando na medida do possível. Solicitamos que  a Prefeitura ou a Sabesp mande carros adequados para esvaziar as fossas dos moradores sem custos enquanto o esgoto não for concluído ou vamos perder o foco da preservação da Represa Bilings. São 1.728 casas e, portanto 1.728 fossas. Os moradores reclamam dos altos custos cobrados pelos caminhões que recolhem o esgoto, nem todos têm como pagar os R$ 300,00 cobrados pelo caminhão. Questionamos se podíamos abrir um processo contra a Sabesp para tentar resolver mais este problema ambiental que é de todos nós.  
O sistema de saneamento, operado pela SABESP na região, compõe-se exclusivamente do fornecimento parcial de água tratada. Quanto ao esgotamento sanitário em quase toda região, inexiste qualquer sistema de coleta e destino dos dejetos.  

Acreditamos que as obras vão demorar bastante, considerando que a comunidade está instalada em áreas de preservação ambiental, às margens da Represa Billings, que é um dos maiores e mais importantes reservatórios de água da Região Metropolitana de São Paulo. A oeste faz limite com a Bacia Hidrográfica da Guarapiranga e, ao sul, com a serra do Mar. Seus principais Rios e Córregos formadores de água são o Rio Grande ou Jurubatuba, Ribeirão Pires, Rio Pequeno, Rio Pedra Branca, Rio Taquacetuba, Ribeirão Bororé, Ribeirão Cocaia, Ribeirão Guacuri, Córrego Grota Funda e Córrego Alvarenga.
É de fundamental importância haver, nos programas de implantação de sistema de esgotamento sanitário, a participação dos beneficiários em todas as etapas do empreendimento de forma a garantir, além da qualidade de vida da população, a preservação do meio ambiente, a adesão ao serviço e a sua sustentabilidade por meio do pagamento de tarifas e do uso adequado dos benefícios implantados.
Visando comprometer e consolidar o sistema de esgotamento sanitário vamos  desenvolver o Projeto de Participação Popular e Educação Ambiental, que compreende 4 etapas distintas:
(a)  Preparação da equipe para atuação na área;
(b)  Mobilização comunitária para adesão;
(c)  Processo de educação sanitária e ambiental permanente;
(d)  Consolidação das ações, sistematização e avaliação final.
As ações desenvolvidas serão embasadas em uma metodologia dialética, buscando a efetiva participação e organização dos grupos envolvidos, promovendo maior consciência dos direitos e responsabilidades de cada morador frente aos problemas sociais, ambientais e sanitários.
Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro

Melhora da Saúde Pública

A expansão da rede de esgoto reflete diretamente na qualidade de vida das pessoas, melhorando significativamente a saúde pública. A cada cinco (5) brasileiros, somente três (3) são atendidos pelo saneamento básico, ou seja,  o déficit ainda é muito grande, o que acaba impactando fortemente na área da saúde, pois de acordo com o meio onde vivemos, podemos contrair e transmitir muitas doenças, inclusive doenças respiratórias, vermes e tantas outras. Portanto, com o acesso a água potável, muitas doenças podem ser evitadas diminuindo assim o custo com tratamentos.

Por ano, pelo menos 217 mil pessoas se afastam de seus postos de trabalho por adquirir problemas gastrintestinais provocados pela falta de saneamento. O resultado é a perda de 17 horas de trabalho a cada afastamento, o que gera um prejuízo de R$ 238 milhões em horas pagas e não trabalhadas. Isso sem falar dos óbitos. O custo para cada internação chega, em média, a R$ 350,00 sendo que, com a universalização do acesso à rede de esgoto, se economizaria R$ 745 milhões em pouco menos de duas décadas. O valor poderia ser investido em educação, por exemplo. Além do mais, se houvesse saneamento básico para todos, o número de internações seria reduzido em 25% e a mortalidade, em 65%. 

Melhora na Produtividade e Remuneração

Outra questão importante que diz respeito ao acesso ao saneamento, é que também impacta na remuneração. Com uma saúde mais adequada, o trabalhador falta menos, aumenta sua produtividade em 13,3% e, conseqüentemente, sua renda na mesma proporção. A estimativa é de que, com isso, haja uma elevação de 3,8% na massa de salários, o que equivale a um aumento anual de R$ 41,5 bilhões. 

Valorização dos Imóveis

Quando há tratamento de esgoto no local, os imóveis podem obter uma valorização de até 18% em seu preço. Este dado se aplica, principalmente, a moradias de menor rendimento, que pertencem a famílias que têm o imóvel como único patrimônio.
Outro benefício do investimento na construção de esgotos é que parte do dinheiro retorna para os cofres públicos em forma de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ITBI (Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis). Em longo prazo, o aumento na arrecadação de impostos se torna proporcional ao novo valor do imóvel.

Mesmo com estes dados animadores, os investimentos em esgotamento sanitário ainda precisam ser maiores – por volta de R$ 15 milhões por ano – para que, até 2025, haja uma universalização do acesso. Assim, a população poderá contar com uma melhor qualidade de vida e os impactos ambientais serão minimizados, já que, ainda hoje, boa parte do esgoto tem, como destino final, os mares brasileiros e no nosso caso  na Represa 
Billings.

Perdas na Rede de Distribuição e Soluções

O Brasil, conforme pesquisa do Instituto Trata Brasil, desperdiçou em 2013, 6,53 bilhões de metros cúbicos de água devido às perdas na rede de distribuição. Esse volume representa 37% de toda a água distribuída e equivale a 6,5 vezes a capacidade do Cantareira ou 7.154 piscinas olímpicas. Em  termos financeiros, as perdas na distribuição representam 39%, o equivalente a R$ 8 bilhões. O valor representa 80% dos investimentos feitos em água e esgoto no período analisado.
O levantamento, com base no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2013, do Ministério das Cidades, mostra que a Região Norte é a que mais perde água no processo de distribuição. Mais da metade (50,7%) da água usada no abastecimento é desperdiçada em razão de vazamentos, falta de hidrômetros ou ligações clandestinas. O estado do Amapá com uma população de 734,9 mil pessoas é o campeão nacional de perdas, com índice de 76,54%. Em termos unitários, por ligação ativa à rede de distribuição, o índice de perda é 2,7 mil litros/dia por ligação. O estudo faz uma estimativa de redução das perdas para 2033, considerando três cenários: otimista, base e conservador. Em uma situação considerada otimista, o país chegaria com 15% naquele ano, uma redução de 62%. Um cenário base propõe que as perdas na rede de distribuição de água fiquem em 20% e uma posição conservadora sugere índice de 25%.
Se o país alcançasse o cenário base, ao longo dos cinco primeiros anos, isso representaria ganho financeiro de R$ 2,61 bilhões. Ao longo de 20 anos, o ganho acumulado chegaria a R$ 26,73 bilhões, o que equivale, por exemplo, a 9% do investimento estimado pelo Plano Nacional de Saneamento Básico até 2033 para alcançar a universalização da água e esgoto.
O instituto indica soluções que devem ser adotadas hoje para obter índices menores de perda de água. Entre eles, estão: estabelecer contratos com incentivos para a redução de perdas, gerenciar o desperdício, criar programas para reduzir perdas sociais (ligações clandestinas), usar hidrômetros de maior precisão e direcionar maior financiamentos para iniciativas que contribuam com essa política.







É com slogans como estes que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo se apresenta ao Brasil inteiro. Ela é responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 366 municípios do estado, entre os quais 39 estão na região metropolitana, incluindo a capital. Mas, em época de estiagem, quem passa pelas marginais do Tietê, Pinheiros ou Tamanduateí, jamais se esquece. Esses três Rios que cortam a cidade que sedia a Sabesp, têm cheiro de esgoto, assim como a maioria dos córregos de São Paulo. Frequentemente o bode expiatório é a população pobre, que mora em favelas.

Dados em São Bernardo do Campo

Confira o índice de domicílios com  e sem saneamento básico e rede de coleta e tratamento de esgoto no município de São Bernardo do Campo. A Pesquisa baseia-se no sistema de informação da atenção básica (SIAB) que faz o cadastro das famílias.
·         57.6% da população contam com este serviço;
·         43.4% não têm este serviço.
EMAE
A EMAE - Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A., tem suas origens em 1899 com a fundação da The São Paulo Railway, Light and Power Company Limited, em Toronto, Canadá, e com o decreto nº 3.349, assinado pelo Presidente da República Campos Salles, foi autorizado o funcionamento da empresa no Brasil. Entre os anos de 1924 e 1925, uma forte estiagem reduziu a capacidade de vazão dos rios. São Paulo era palco de um rápido crescimento industrial e, conseqüentemente, da demanda de eletricidade. A situação vivida em 1924 provocou a redução de, aproximadamente, 30% do fornecimento de energia elétrica. Ainda neste ano foram instaladas mais duas unidades na Usina Paula Souza, elevando sua capacidade. Foi também construída em prazo recorde (sete meses) a Usina Hidroelétrica de Rasgão, entre Pirapora e Cabreúva, que entrou em operação em 1925. Atualmente a EMAE é detentora e operadora de um sistema hidráulico e gerador de energia elétrica, localizado na Região Metropolitana de São Paulo e Baixada Santista. Esse sistema é constituído de reservatórios, canais, usinas e estruturas associadas. A EMAE é vinculada ao Governo do Estado de São Paulo e encarregada de controlar o volume de água de vários reservatórios especialmente a Represa Bilings.
Vantagens da Preservação Ambiental e Criação da CETESB
Desde a década de 1980, é fortalecido o conceito de que a preservação ambiental gera lucros que vão muito além do cunho financeiro. O trabalho que levou (e ainda leva) à otimização das atividades industriais é ainda mais antigo. Criada em 1968, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, Cetesb, atua no licenciamento e no controle de atividades que são geradoras de poluição, dando prioridade à preservação e à recuperação da qualidade da água, do ar e do solo. O desperdício de água era praxe no passado. Hoje, a prática é outra. Além de primar pela redução dos volumes de água consumidos pelas fábricas, a atenção é igualmente voltada ao seu tratamento. A carga poluidora de água das indústrias paulistas apresentou redução de 95% nos últimos anos. Entre as prioridades da CETESB atualmente estão a expansão da municipalização do licenciamento ambiental, o aumento do rol de empreendimentos que podem se licenciar pela internet e a melhoria da infraestrutura das 56 agências da Cetesb.
Gostaríamos de solicitar à CETESB que fiscalize irregularidades graves como: Poluição dos principais Rios de São Paulo e a  Represa Billings que está recebendo grande quantidade de esgoto do Rio Pinheiros.
A Represa Billings

A represa Billings é um dos maiores e mais importantes reservatórios da região Metropolitana de  São Paulo, criada para armazenar água, acabou virando depósito de lixo e esgoto com o crescimento desordenado da população.
Moradores dizem que a Represa já diminuiu,  a área hoje que é toda de manancial é ocupada, onde seria proibido construir. Entretanto, muitos deles pagam inclusive IPTU. A população vai se instalando, exibe seus carnes de  IPTU e dizem que estão legalizadas. Mas o fato de você pagar o imposto não significa que você cumpriu a lei, no sentido de só ocupar aquilo que a lei determina.
Em relação ao IPTU cobrado nas áreas de manancial, a Prefeitura de São Bernardo do Campo explicou que elas são de propriedades particulares. Ainda que a lei impeça o desmembramento para fins de registro de imóveis, ela permite o desmembramento para pagar tributos. Além disso, a Prefeitura não pode deixar de arrecadar os impostos e as taxas, inclusive dessas regiões, porque elas geram custos, serviços e necessidades de investimentos públicos.

Lei 11.445/2007
A Lei 11.445/2007, a qual esperamos que seja cumprida, diz em seu artigo Art. 2º que os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes princípios fundamentais:
I - universalização do acesso;
II- integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades;
III- abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;
VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante.



Neste  projeto de inciativa popular da Sociedade Civil Organizada envolvemos:
SABESP, Companhia Metropolitana de Água  e Esgoto, ligada a Secretaria de Recursos Hídricos do Governo do Estado de São Paulo;
CETESB, Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, ligada à Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo;
EMAE vinculada ao Governo do Estado de São Paulo encarregada de controlar o volume de água de vários reservatórios especialmente aRepresa Bilings;
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, constitui o Poder Legislativo Paulista, tendo como atribuições: legislar, fiscalizar, controlar e investigar;
Prefeitura de São Bernardo do Campo, uma  cidade para todos;
Câmara dos Vereadores, poder legislativo de São Bernardo do Campo;
Secretaria de Serviços Urbanos de São Bernardo do Campo;
Secretaria  de Obras de São Bernardo do Campo;
Secretaria de Habitação de São Bernardo do Campo;
Secretaria de Meio Ambiente de São Bernardo do Campo;
Escola MOVA Parque dos Químicos, Educandos e Educadora;
Sociedade Amigos do Parque dos Químicos;
Sociedade Amigos  do Parque Ideal;
Associação dos Moradores Parque Ideal II;
Associação dos Moradores do Jardim Novo Horizonte;
Associação Jardim Ouro Verde;
Associação dos Moradores do Jardim Nova América.