As cidades do ABCD começam a se preparar para o impacto causado pela construção de edifícios e pela melhoria no padrão social dos brasileiros que possibilitou a aquisição de mais veículos. Várias prefeituras iniciaram obras no sistema viário para a melhoria do trânsito e adequações ao saneamento. Em São Bernardo, o maior impacto será na região central, onde estão em construção muitos prédios, uma grande parte já em fase de conclusão. Para o secretário de Planejamento Urbano, Alfredo Buso, durante vários anos as adequações deixaram de ser feitas, principalmente na malha viária. De acordo com Buso, existem 66 novos empreendimentos em construção, especialmente no Centro e próximos à via Anchieta. Para minimizar os impactos, a administração do prefeito Luiz Marinho (PT) criou os planos de Mobilidade e Acessibilidade, além de promover a revisão no Plano Diretor e elaborar projetos para a área de saneamento e infra-estrutura (leia reportagem abaixo). Até abril desde ano, a Prefeitura de São Caetano aprovou quatro construções de prédios, contra 20 no ano passado e 16 em 2009. Diante do impacto, o prefeito José Auricchio Júnior (PTB), determinou a substituição das antigas e a instalação de novas redes de esgoto. Também estão em andamento projetos para a melhoria da qualidade do transporte coletivo e trânsito. Em Diadema, a Prefeitura expediu alvará de construção para 21 novos empreendimentos residenciais, que vão gerar 6 mil unidades habitacionais nos próximos três ou quatro anos. Dos 21 empreendimentos, sete serão destinados a famílias com renda entre zero e três salários mínimos. De acordo com a Secretaria de Habitação de Diadema, o governo do prefeito Mário Reali (PT) criou a Comissão de Inspeção de Análise e Aprovação para avaliar tecnicamente o impacto das construções. Empreendimentos com mais de 200 unidades precisam também apresentar impacto de vizinhança e a Comissão pode até exigir medidas atenuantes. A Prefeitura de Mauá informou que foram emitidos 31 alvarás para construção de moradias multifimiliares, totalizando 2.870 unidades habitacionais. Além dessas, ainda existem os projetos como o PAC Jardim Oratório, Minha Casa Minha Vida nos Jardins Cerqueira Leite e Kenedy e no Jardim Feital. Mauá resolve o impacto com parcerias e contrapartidas para investimento em melhorias viárias e implantação de equipamentos sociais. Em Santo André, a Prefeitura tem feito alterações no sistema viário para minimizar o impacto da verticalização. Estão em andamento a construção de novos acessos a avenidas, duplicação de vias, entre elas a avenida Jorge Bereta. De acordo com a assessoria de imprensa, a Prefeitura tem exigido das construtoras contrapartidas para melhorar o sistema de trânsito. Essa reportagem faz parte da série ‘O futuro das cidades’ que trata dos planos e desenvolvimento dos municípios para os próximos anos. São Bernardo gastará R$ 1 bilhão para resolver problemas no trânsito O secretário de Planejamento Urbano de São Bernardo, Alfredo Buso, calcula que a Prefeitura terá de gastar R$ 1 bilhão para resolver problemas deixados por administrações anteriores, que não exigiram dos empreendedores medidas para abrandar os impactos. De acordo com o secretário, são grandes os impactos causados pelas edificações, principalmente na área Central, próximo do Paço Municipal, onde houve a construção da maioria dos prédios.“Vamos ter de acertar os acessos, construir viadutos e fazer mudanças no sistema viário. Entre as medidas está a construção de novos acessos para a Via Anchieta”, informou Buso. Para ele, não houve planejamento nem estudos de impacto nas gestões anteriores. Para conseguir bancar o montante a ser investido em obras na cidade, o secretário disse que foram solicitados financiamento ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Também serão repassados recursos do governo federal por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Mauá - A Prefeitura de Mauá informou que por conta da situação financeira que enfrenta (dívida de R$ 1,2 bilhão), a cidade também procura parcerias. “Mauá se prepara para o crescimento buscando cada vez mais usar a criatividade e a possibilidade de firmar parcerias com os investidores privados visando implantar infra-estrutura básica para suportar a nova demanda, visto a difícil situação financeira que o município enfrenta”, diz nota oficial. Obras do PAC ajudam em expansão de Diadema As obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), financiadas pelo governo federal, têm contribuído para Diadema se preparar para a expansão imobiliária e, consequentemente, para o impacto nas redes de saneamento básico. A Prefeitura de Diadema e a Saned (Saneamento Básico de Diadema) também firmaram parceria para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento. Os estudos têm o objetivo de indicar se haverá necessidade de novos projetos de expansão de redes. De acordo com a Saned, por meio de financiamento do PAC, a autarquia executa várias obras. Para melhorar o sistema de abastecimento de água, estão em construção um reservatório na região Sul, com capacidade para cinco milhões de litros. Também está em andamento obras de duas adutoras, uma para interligar o reservatório Nações ao reservatório Real, com 4,4 quilômetros, e outra do Real ao Eldorado, com 3,5 quilômetros de extensão. A Saned informa ainda que há investimentos de R$ 7,3 milhões para ampliação e melhorias das redes de distribuição de água nas zonas Norte e Sul. Sobre a coleta de esgoto, a autarquia informou que foram aplicados R$ 5,5 milhões para implantação de 20 quilômetros de novas redes. Para ampliar o volume de esgoto tratado - de 13% para 63% -, serão implantados três coletores tronco. O Canhema, com 615 metros de extensão, Curral Grande, com 1,6 quilômetro e Monteiros (e afluentes), com 3,5 quilômetros. de comprimento. |
sábado, 3 de dezembro de 2011
As cidades do ABCD se preparam para o futuro"
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