quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

privataria tucana

Deputado protocola pedido para criar CPI da 'Privataria'

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MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
O deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) protocolou nesta quarta-feira na Mesa Diretora da Câmara requerimento pedindo a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as acusações feitas pelo livro "A Privataria Tucana".
O pedido teve adesão de 185 deputados, conforme divulgou em seu blog o deputado. A maioria da base aliada, mas também integrantes da oposição. Inicialmente, o deputado estimou 206 assinaturas. Para fazer um pedido de comissão na Câmara dos Deputados são necessárias 171 assinaturas. O pedido da CPI, no entanto,só deve começar a ser analisado pelo comando da Câmara em fevereiro.
Em livro, jornalista acusa tucanos de receber propina
Serra diz que livro é 'coleção de calúnias'; outros não comentam
Antes de a comissão ser instalada, o documento de sua criação precisa ser lido em sessão da Casa. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), porém, disse que a investigação não deve ser uma das prioridades na volta do recesso parlamentar.
"Essa é uma CPI explosiva com conotações claras de debate político. Mas tenho visto pela declarações dos deputados que, na realidade, temos o intuito de esclarecer os fatos e dar o contraditório aos acusados", disse.
Maia anunciou que as CPIs para investigar trabalho escravo e tráfico de pessoas serão instaladas no início do próximo ano.
"A Privataria Tucana", livro escrito pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr., acusa o ex-governador José Serra de receber propinas de empresários que participaram das privatizações conduzidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Ribeiro Jr. foi indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de encomendar a violação do sigilo fiscal de dirigentes tucanos e familiares de Serra na campanha de 2010.
LIVRO
Publicado pela Geração Editorial, "A Privataria Tucana" foi escrito por Amaury Ribeiro Jr., que no ano passado foi acusado de participar da montagem de uma central de espionagem no comitê da campanha da presidente Dilma Rousseff.
O livro sustenta que amigos e parentes de Serra mantiveram empresas em paraísos fiscais e as usaram para movimentar milhões de dólares entre 1993 e 2003, mas não oferece nenhuma prova de que esse dinheiro tenha relação com as privatizações.
Algumas informações do livro circularam na campanha eleitoral do ano passado e boa parte do material foi publicada antes por jornais e revistas, entre eles a Folha.

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