sexta-feira, 5 de abril de 2013

Tese de que 'bandido bom é bandido morto' pode afetar júri do Carandiru, diz promotor
 

O julgamento do Massacre do Carandiru, marcado para começar na próxima segunda-feira, terá como principal desafio um "problema ideológico", na opinião dos promotores do caso Fernando Pereira da Silva e Márcio Augusto Friggi de Carvalho. O crime ocorreu em outubro de 1992.

"Infelizmente, muita gente ainda pensa que bandido bom é bandido morto", afirmou Carvalho, hoje, durante uma coletiva de imprensa se referindo aos 111 presos mortos na penitenciária após uma rebelião. Ao todo, 85 policiais são acusados do crime.

Para os promotores, há o risco de os jurados tomarem as decisões influenciados por essa ideologia, e não pelas provas do processo.

A previsão é de que o júri, marcado para às 9h no Fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo), dure entre uma e duas semanas, sem interrupções.

Os sete jurados sorteados para julgar o caso terão que ficar sem comunicação até o final do julgamento, sem acesso a TV, jornais ou telefonemas.

O julgamento do caso foi desmembrado em cinco partes, devido à grande quantidade de réus (84 policiais) e de vítimas (111 mortos).

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