A música Sertaneja surgiu na década de 1910. O pioneiro desse movimento foi o jornalista e escritor Cornélio Pires que costumava trazer para os grandes centros os costumes dos caipiras, desde encenações teatrais a cantores de estilos como o Catira. Em 1912, Cornélio lançou um livro chamado Musa Caipira, que trazia versos típicos. Em 1922, por iniciativa de Mario de Andrade, a Semana da Arte Moderna divulgou pela primeira vez um grupo intitulado de sertanejo, com instrumentos simples como a viola caipira, misturando alguns ritmos como o Catira, Moda de Viola, Lundu, Cururu, etc., valorizando ainda mais o trabalho de Cornélio Pires.
O primeiro registro de um grupo de música Sertaneja foi em 1924, justamente “A Turma Caipira de Cornélio Pires”, formada por violeiros como Caçula e Sorocabinha, e alguns outros tão importantes da época. Mas o primeiro registro fonográfico do estilo foi em 1929 quando Cornélio Pires desacreditado pela gravadora Columbia resolveu bancar do seu próprio bolso a gravação e edição do primeiro álbum, que em poucos dias de lançamento esgotou-se nas lojas.
Começava aí o interesse pelo estilo por parte das gravadoras.
Assim como na música Country americana, uma gravadora que se interessou pela geração desse trabalho foi a RCA-Victor que convidou o violeiro Mandy para montar um outro grupo intitulado “Turma Caipira da Victor”, nascendo uma concorrência sadia entre os dois grupos e as duas gravadoras. Já com inúmeros adeptos e crescendo a cada ano mais e mais, no final da década de 20 começou a surgir as primeiras duplas como Mariano e Caçula, Zico e Ferrinho, Sorocabinha e Mandy, na maioria violeiros das turmas do Cornélio e da Victor.
Assim como na música Country americana, uma gravadora que se interessou pela geração desse trabalho foi a RCA-Victor que convidou o violeiro Mandy para montar um outro grupo intitulado “Turma Caipira da Victor”, nascendo uma concorrência sadia entre os dois grupos e as duas gravadoras. Já com inúmeros adeptos e crescendo a cada ano mais e mais, no final da década de 20 começou a surgir as primeiras duplas como Mariano e Caçula, Zico e Ferrinho, Sorocabinha e Mandy, na maioria violeiros das turmas do Cornélio e da Victor.
Na década de 30 surge, sem dúvida, uma das mais importantes duplas sertanejas de todos os tempos (Alvarenga e Ranchinho) que além de tudo eram muito alegres e engraçados. Uma curiosidade sobre a dupla é que de tanta "descontração" foram presos pelo governo de Getúlio Vargas. E muitas outras duplas formaram-se, algumas trazendo a tristeza do sertanejo no peito, outras mostrando o lado alegre do caipira e seus costumes. Em 1939 a dupla Raul Torres e Serrinha inovaram introduzindo à música sertaneja o Violão. Mais para frente Raul Torres e Serrinha inovaram novamente criando o primeiro programa de rádio dedicado a música sertaneja, transmitido pela Record com a participação de José Rielli, o programa chamava-se “Três Batutas do Sertão”.
Surgiram vários nomes importantes da música sertaneja, e o movimento que até então era apenas do eixo São Paulo-Minas Gerais, passou a se expandir por todo o país, nascendo influências regionais como as do Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco (estado de Raul Torres), Mato Grosso, etc.
No entanto, a partir da década de 80, tem início uma exploração comercial massificada do estilo "sertanejo", somado, em muitos casos, à uma releitura de sucessos internacionais e mesmo da Jovem Guarda. Surgem inúmeros artistas, quase sempre em duplas, que são lançados por gravadoras e expostos como produto de cultura de massa. Esses artistas passam a ser chamados de "duplas sertanejas". Começando com Chitãozinho e Xororó (paranaenses radicados em São Paulo) e Leandro e Leonardo (oriundos do estado de Goiás), uma enxurrada de duplas do mesmo gênero segue o fenômeno, que alcança o seu auge entre 1988 e 1990. Em 1991 que surge outra dupla de sucesso: Zezé di Camargo e Luciano. Em seguida, começa uma decadência do estilo na mídia. A música sertaneja perde bastante popularidade, mas continua sendo ouvida principalmente nas áreas rurais do Centro-Sul do Brasil.
No entanto, no início da década de 2000, inicia-se uma espécie de "revival" desse estilo, sendo um dos mais importantes do país, principalmente devido ao sucesso de duplas, como Guilherme e Santiago, Bruno e Marrone, Edson e Hudson e, mais tarde, Jorge e Mateus, Victor e Léo, César Menotti e Fabiano, João Bosco e Vinícius, Fernando e Sorocaba e muitos outros. Em 2009 surge o primeiro ídolo teen da música sertaneja, Luan Santana, com ampla divulgação na mídia, sobretudo na TV e nas Rádios.
Hoje em dia, em qualquer canto do país, existe um representante da música sertaneja, que deixou de ser um tributo aos sentimentos do homem do campo para se tornar sinônimo de cifras e grande espetáculos, onde a última coisa que se ouve é o dedilhar de uma viola tocada pelas mãos calejadas da enxada e o puro sentimento ingênuo dos homens e mulheres dessas regiões.
A música rural, que mantém seus temas, (feita por Cornélio Pires, João pacífico, Tonico & Tinoco, Alvarenga & Ranchinho, Liu e Léo, Pena Branca e Xavantinho, entre outros) para se diferenciar da música sertaneja, passa a se denominar então de "música de raiz", querendo dizer, com isso, que está ligada verdadeiramente às suas raízes rurais, à moda de viola e à terra, ao sertão. Recentemente (1999), o compositor Renato Teixeira compôs a música "Rapaz Caipira", como crítica aberta à "música sertaneja" e fazendo renascer a expressão "música caipira".
Fonte: www.bol.com.br
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