A agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's) divulgou um comunicado nesta semana no qual afirma que o perfil de crédito do Brasil é o mais estável entre as economias emergentes.
O documento intitulado "Como o rating de crédito soberano no Brasil se compara com outros mercados emergentes?" faz a relação da economia nacional com os demais países dos "Brics" (Brasil, Rússia, Índia e China e África do Sul), além de outros pares globais, como Colômbia, México, Peru e Panamá.
Entenda o que é 'rating' ou nota de risco
Todos os países comparados ao Brasil têm a mesma nota, o chamado grau de investimento. Se a agência considera um país como "bom pagador", ele é classificado na categoria "grau de investimento". Se é visto apenas como um pagador de risco razoável, fica na categoria "grau especulativo", que também inclui nações que declararam moratória de suas dívidas.
Os fatores utilizados para análise foram os critérios de classificação da agência. São eles: riscos econômicos, riscos externos, riscos fiscais, a flexibilidade monetária e ambiente político.
Segundo o analista de crédito da agência Sebastian Briozzo, "entre os seus pares, o Brasil tem força devido à maturidade de suas instituições políticas, além de estabilidade".
"A sólida e prudente política macroeconômica fortalece as contas externas e possibilita uma diversidade na estrutura econômica, além da baixa dependência externa. Isso sustenta o crescimento econômico e dá flexibilidade para suportar riscos advindos do ambiente global desafiador", analisa Briozzo.
NOTA
Em novembro passado, em meio à crise econômica mundial, a S&P elevou a nota de risco soberano de longo prazo do Brasil de BBB- para BBB.
A nota de classificação de risco de uma empresa ou país, o "rating", é uma opinião sobre a capacidade desses agentes saldarem seus compromissos financeiros. A elevação da classificação significa que a agência considera que o país está mais seguro para se investir.
Na ocasião, a agência justificou a decisão de elevar a nota por conta de medidas tomadas pelo governo para segurar os gastos públicos. Outra justificativa foi o espaço aberto pelo Banco Central para redução dos juros a partir de agosto. Segundo a agência, isso moderaria "o impacto de choques externos [no Brasil] e sustentar boas perspectivas para o crescimento de longo prazo".
Com agências
Folha.com
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