quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

trasnordestina x trasposição

Dilma afirma que Transnordestina deve ficar pronta até o fim de 2014

Presidente visitou nesta quinta (9) obras da ferrovia em Pernambuco.
Ela afirmou que quer 'acertar parafusos' com empresas que tocam a obra.

Luna MarkmanDo G1 PE
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A presidente Dilma Rousseff em visita às obras da ferrovia Transnordestina (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)A presidente Dilma Rousseff em visita às obras
da ferrovia Transnordestina (Foto: Roberto Stuckert
Filho / Presidência)
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (9), em Parnamirim (PE), que quer a ferrovia Transnordestina, que sofre com atrasos, pronta até o fim de 2014. Anteriormente, a presidente havia dito que a previsão era de que a conclusão ocorresse até o ano que vem.
"O que queremos é concluir a ferrovia até o final de 2014 e vamos tomar todas as medidas para que isso aconteça. E não há limite para que isso aconteça, para garantir que aqui saia a grande ferrovia de ligação do Nordeste", afirmou a presidente após visita às obras da Transnordestina em Parnamirim.
A Transnordestina terá 1.728 km de extensão e vai cortar parte do Nordeste, ligando a cidade de Eliseu Martins (PI) aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE), capazes de operar navios de grande porte.
As obras da ferrovia, que começaram em 2006, estão atrasadas. A previsão inicial de conclusão era 2010. A presidente disse que cobrará as empresas para que os trabalhos tenham agilidade.
"Vamos acertar nossos parafusos para que haja uma solução mais rápida porque é de imenso interesse para a região. Uma ferrovia desse porte não existia no Brasil. Só tinha ferrovias de porte no Sul e Sudeste. Com a Transnordestina teremos um eixo de desenvolvimento grande, para transporte de grãos, de minérios. A ferrovia funciona como um caminho de desenvolvimento."
Perguntada sobre se o custo total da ferrovia seria mantido em R$ 5,4 bilhões, a presidente afirmou que não pretende elevar indefinidamente o preço da obra. A previsão inicial era de que o custo fosse de R$ 3 bilhões.
"O governo já fez várias avaliações econômico-financeiras sobre a ferrovia. Não pretendemos ficar elevando indefinidamente o preço dessa ferrovia. A gente sabe que uma ferrovia desse tamanho, dessa dimensão, tem sempre coisas não planejadas que ocorrem, óbvio, mas temos hoje certeza de que nossos orçamentos estão bem próximos da realidade."
Manifestantes fazem protesto em Parnamirim (PE) durante visita da presidente Dilma Rousseff (Foto: Luna Markman / G1)Manifestantes fazem protesto em Salgueiro (PE)
durante visita da presidente Dilma Rousseff (Foto:
Luna Markman / G1)
Protesto em Salgueiro
Após sair de Parnamirim, a presidente foi para Salgueiro, também em Pernambuco, onde participou de almoço no canteiro industrial da ferrovia com representantes das empresas Transnordestina e Odebrecht, que atuam na obra.
Na entrada do canteiro, cerca de 40 pessoas se reuniram para protestar contra o cancelamento do repasse de recusos do governo federal para o programa de formação de professores do campo. Os manifestantes esperavam encontrar com a presidente Dilma Rousseff.
O curso começou em 2010 com 115 alunos de 20 municípios de Pernambuco e Bahia. As aulas aconteciam no Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco, em Belém do São Francisco (PE), e na Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde, na cidade homônima.
"Nós só tivemos os dois primeiros semestres de aula. Em 2011, tivemos o terceiro porque nós tiramos dinheiro do nosso bolso e os professores deram as aulas de graça. De repente, o MEC [Ministério da Educação] parou de repassar o dinheiro que já estava previsto do edital para os quatro anos de curso", explicou o estudante Jerson José Souza.
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