quinta-feira, 28 de março de 2013

Policiais de Diadema são presos por acobertar clínica de aborto Diário do Grande ABC

      
do Diário do Grande ABC

       

Dois policiais civis do 1º DP (Centro) de Diadema foram presos na noite de terça-feira acusados pelo Ministério Público de Minas Gerais de integrar uma quadrilha que realizava abortos em clínica na região central da cidade.
Ao todo, 18 prisões foram feitas em Diadema, incluindo a de um taxista apontado como o responsável por fazer o transporte das pacientes a qualquer dia e hora, a pedido dos responsáveis pela clínica. O lucro por algumas das corridas chegava a cerca de R$ 1.000.
Os policiais seriam os responsáveis por dar proteção ao bando e impedir que o esquema fosse descoberto pelas autoridades.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) mineiro descobriu que a clínica funcionava em prédio comercial na Rua Antonio Doll de Moraes, no Centro.
No local, a enfermeira Vera Lúcia Garcia, 66 anos, foi presa em flagrante portando remédios abortivos.
No depoimento, ela explicou que o procedimento era feito em mulheres com até dois meses de gestação. Os remédios eram diluídos em água e depois introduzidos no útero da paciente com a ajuda de uma seringa sem agulha. O preço do procedimento ilegal podia chegar a até R$ 8.000.
Os promotores mineiros investigam a atuação do bando desde 2011. Nas escutas telefônica, descobriram que um bebê chegou a nascer durante um procedimento em Diadema, o que caracterizaria infanticídio. Segundo o órgão, mais de 70 abortos teriam acontecido no local no último ano.
Seis pessoas foram presas em Belo Horizonte, capital mineira, na segunda-feira. Dessas, duas eram médicos. Ocorreram também autuações de acusados de participação no bando no Sul de Minas Gerais e em São José do Rio Preto, a 443 quilômetros da Capital.
As clientes eram atraídas por meio de propaganda em fóruns e sites que tratam do assunto na internet. Mas valia de tudo para divulgar a clínica. Uma faxineira, um flanelinha de carros e até uma babá estão entre os detidas por fazer propaganda do local. A maioria dos procedimentos era feita em Diadema, mas as pacientes vinham de todos os lugares do Brasil.
O Gaeco mineiro investigará a partir de agora se há mais colaboradores da quadrilha e qual a origem dos remédios usados para os abortos, já que eles são proibidos no País.

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