A circulação de trens foi normalizada em toda a linha 3-vermelha do metrô por volta das 23h30 desta terça-feira, cinco horas após o início dos problemas. Durante o período de paralisação, houve pessoas caminhando pelos túneis, depredação a trens e princípio de confronto.
Segundo a assessoria do Metrô, o problema teve início por volta 18h20 com a falha em uma porta na estação Sé. Passageiros então teriam acionado botões de emergência de sete trens e descido na via, fazendo com que a circulação fosse interrompida.
O metrô informou em nota que foram "registrados atos de vandalismo às composições e agressão aos empregados do Metrô. A Polícia Militar foi acionada e as estações deste trecho tiveram de ser fechadas por questões de segurança".
Por volta das 22h20, quatro horas após a falha inicial, ainda havia pessoas nos túneis, segundo o Metrô, o que impedia a liberação do trecho entre as estações Sé e Palmeiras-Barra Funda.
Muitos usuários reclamaram que não foi oferecida nenhuma solução. Funcionários apenas ofereciam novo bilhete e orientavam a recorrer aos ônibus e trens. O Metrô não informou se foi acionado o Paese para disponibilizar ônibus no trecho afet
Passageiros enfrentaram filas e ônibus lotados no terminal Parque Dom Pedro, no centro de São Paulo, após pane na linha vermelha do metrô Leia mais
NOS TÚNEIS
Vários usuários lotaram os túneis da linha 3-vermelha após a falha. O universitário Sérgio Aragão foi uma das pessoas que percorreu o trecho entre a estação Marechal Deodoro e Santa Cecília pelos túneis e ajudou idosos e pessoas com crianças a passar pela passarela lateral ao trem. Ele conta que fez o percurso ao menos quatro vezes.
"O pior foi o cadeirante. A roda esquerda às vezes caia no vão e eu tinha que segurar", conta ele. "Além disso teve gente com medo de altura. Teve uma mulher que estava muito nervosa", falou ele já na estação Santa Cecília, que estava aberta, mas sem a passagem de trens por volta das 21h30.
Um grupo de cerca de 20 pessoas caminhou entre as estações Sé e Brás pelos trilhos do metro. Eles falaram à reportagem que iam pegar o trem da CPTM. Na tentativa de buscar outras formas de chegar em casa, as ruas próximas a estação estavam lotadas de pessoas.
O vendedor Washington Ormundo, 42, contou que estava dentro de um trem entre as estações Anhangabaú e Sé quando houve o problema. Após a composição ficar parada por 40 minutos, com o ar condicionado desligado, passageiros quebraram as janelas e desceram no túnel.
Durante o percurso até a Sé, ele diz que seguranças do metrô também circularam pela linha, pedindo aos passageiros que retornassem ao trem e dizendo que, caso contrário, a situação não seria normalizada.
"Foi total falta de preparo. Sabiam do problemas desde 18h30 e não impediram a entrada de pessoas nas estações. O povo foi se acumulando e a situação piorou. Não temos como receber Copa do Mundo coisa nenhuma", afirmou.
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