Observando este oba- oba todo para festejar o espetacular salto no Salário Mínimo, a partir de janeiro de 2016, lembrei que foi preciso muita democracia para o SALÁRIO MÍNIMO voltar a valer 60% do que valia quando foi criado, durante a ditadura de Getúlio Vargas.
Mas foi durante a democracia, no governo de J.K, que o Salário Mínimo atingiu seu maior valor: R$ 1.905,48. Depois, veio a ditadura e reduziu tanto este valor que, o SM chegou a ridícula quantia de R$ 834,60, no auge da crise do governo do ditador Figueiredo.
Com a democratização, José Sarney conseguiu a proeza de desvalorizar ainda mais o já minguado Salário Mínimo. Com a chegada de FHC, o SM foi para as profundezas, chegando a valer míseros R$ 316, 20.
No governo Lula, o SM , em 2007, era apenas uma esmola de 487,75. E finalmente chegou ao seu ápice no “ governo dos trabalhadores”, valendo a milionária quantia de R$788,00 (2015) que significa aproximadamente 60% do valor da época em que foi criado.
Nunca esqueci de uma cena que presenciei em uma padaria de bairro. O dono da padaria, indignado com a corrupção do governo Sarney e com a boa vida de milionários que a família presidencial levava, disse que se fosse um juiz condenaria José Sarney a viver o resto da vida com dois Salários Mínimos. Uma balconista, até então quieta ouvindo seu patrão esbravejar e rogar uma praga tão cruel sobre o então presidente, perguntou: “ E eu? O que eu fiz contra o Brasil, para o senhor me condenar a viver com UM SALÁRIO MÍNIMO?
Fonte Dieese. Obs. As atualizações do Dieese vão até 2014. Por isto aos valores encontrados foi acrescentada a inflação de 2015.
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