- Roberto Stuckert Filho/DivulgaçãoDilma sobrevoou as áreas alagadas em Uruguaiana (RS) neste sábado (26)
A presidente Dilma Rousseff sobrevoou na manhã deste sábado (26) as áreas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul e se reuniu por mais de uma hora com prefeitos gaúchos da cidades mais atingidas. Ela prometeu ajuda ao Estado e disse que é preciso retirar, de forma permanente, as pessoas das áreas de risco.
As enchentes dos últimos dias castigaram principalmente a fronteira oeste e a região central do Estado, deixando milhares de pessoas fora de casa durante o Natal.
Dilma chegou por volta das 10h30 a Uruguaiana, que fica a mais de 600 quilômetros da capital gaúcha. Ela estava acompanhada do governador em exercício, Edson Brum (PMDB), do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e do secretário nacional da Defesa Civil, Adriano Pereira Junior.
Após o encontro, em breve conversa com a imprensa na cidade de Uruguaiana, a presidente disse que o governo federal está trabalhando em três frentes para ajudar os municípios, em conjunto com as autoridades estaduais e as prefeituras: a primeira é o resgate das famílias atingidas; a segunda é a recuperação das cidades, principalmente das estradas vicinais; e a terceira é a retirada definitiva das pessoas das áreas de risco.
"Quando a gente olha a questão de retirada das pessoas da área de risco, temos que ver uma situação que seja permanente, daí a importância do programa Minha Casa Minha Vida", afirmou Dilma. Segundo ela, um dos requisitos do programa é que as zonas consideradas impróprias fiquem impedidas de receber novas moradias no local.
Dilma disse que o governo federal tem acompanhado de perto vários momentos de desastre, e citou a tragédia da cidade mineira de Mariana, que foi destruída após o rompimento de uma barragem.
Voltando a falar do Rio Grande do Sul, reforçou a importância de que as famílias afetadas pelas enchentes sejam realocadas de forma definitiva. "Nós não queremos que as pessoas voltem para o lugar em que estavam antes e que foi objeto do alagamento. Senão vamos ficar, usando uma expressão popular, enxugando gelo", declarou.
Ela também alertou para a necessidade de cooperação entre as esferas federal, estadual e municipal. "É muito importante que haja esta integração para que as pessoas sejam atendidas e possam retornar à sua tranquilidade. É uma situação muito difícil, principalmente nesse momento de festas", disse.
A presidente anunciou que o ministro Occhi voltará ao Rio Grande do Sul na próxima semana para fazer uma discussão sobre ações concretas e imediatas que podem ser tomadas, como a liberação dos recursos do FGTS para os cidadãos das regiões prejudicadas.
Ela também afirmou que muitas das cidades atingidas são áreas agrícolas, principalmente de plantio de arroz. De acordo com a presidente, os prefeitos manifestaram preocupação com relação ao possível comprometimento da safra. "Vou conversar com a ministra da Agricultura (Kátia Abreu), para ver o que é possível fazer", disse.
"Outra questão é esta de recompor, dentro das nossas possibilidades, as estradas vicinais. Não temos como recompor todas, mas vamos fazer aquele primeiro socorro que vai ajudar a ter trânsito nesses locais."
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