quarta-feira, 29 de março de 2017

Realmente. Desabafo saudável. Um pais de golpe, como certas republiquetas que conhecemos, de governo de corruptos, investigados, processados. Brasil, o país da vergonha mundial. De acordo. Saudade daquele Brasil que saiu do mapa da fome, que reduziu ao mínimo o desemprego, daquele Brasil cujos presidentes eram aplaudidos na ONU, Brasil indicado como modelo de programas sociais por organismos internacionais, Brasil cujo chanceler foi considerado entre os melhores chanceleres atuando no mundo no momento, Brasil que participava, junto com grandes potências, da intermediação para resolver problemas de outras nações. Brasil cujo presidente pôs na agenda dos países ricos na Suiça a preocupação com a pobreza mundial. Brasil de um povo confiante no futuro, povo que voltou a ter orgulho de ser brasileiro. Que saudades daquele Brasil. Tenho vontade de gritar a frase que serviu de título ao livro de um intelectual norte-americano: Cara, devolva-me o meu país.
QUE VAI ACONTECER COM TEMER E SKAF CADEIA NELES! BRASIL
Estadão Conteúdo

Odebrecht diz que Temer pediu 'apoio' para SkaF


Divulgação  Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
Marcelo Odebrecht,  ex-presidente e herdeiro do grupo, disse em acareação com o ex-diretor da empreiteira Cláudio Melo Filho que recebeu do então vice-presidente Michel Temer um pedido de "apoio" para a campanha de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo em 2014.
Segundo relato do empreiteiro, ao qual a reportagem teve acesso, o pedido aconteceu antes do jantar no Palácio do Jaburu - no fim de maio de 2014 -, no qual o ex-presidente da Odebrecht disse ter acertado com o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o repasse de R$ 10 milhões a campanhas de candidatos do PMDB nas eleições daquele ano.


A conversa com Temer, segundo Marcelo Odebrecht, foi "totalmente institucional". O conteúdo da acareação faz parte do processo que vai julgar o pedido de cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em alegações finais o PSDB, autor da ação, pede que Temer seja excluído do processo.
Conforme o relato de Marcelo Odebrecht, Skaf - com quem ele diz ter relações de amizade - o procurou para pedir R$ 6 milhões na campanha de 2014. O empreiteiro considerou o valor alto e disse ao então candidato e presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que ele deveria convencer Temer a destinar para sua campanha parte dos R$ 10 milhões que seriam repassados pela empreiteira para candidatos do grupo do então vice.
Ele reproduziu conversa com Skaf: "Paulo, você é um candidato que é apoiado por Michel. Eu estou sabendo que o Michel fez um pedido para apoiar candidatos e que montava 10 milhões".
Na sequência, segundo disse Marcelo Odebrecht, Skaf lhe passou o telefone celular e no outro lado da linha estava Michel Temer. "Marcelo, a importância de apoiar, a importância de apoiar o Paulo", teria dito Temer, de acordo com o relato do empreiteiro, que disse ter concordado: "Sim, presidente".
Segundo Marcelo Odebrecht, a destinação de R$ 6 milhões para a campanha de Skaf só foi decidida dias depois, no jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente.
Versões
O relator do processo, ministro Herman Benjamin, solicitou a acareação, realizada no dia 10, com o objetivo de esclarecer divergências entre as versões de Marcelo Odebrecht e Cláudio Melo Filho - que foi diretor de Relações Institucionais da empreiteira.
Marcelo Odebrecht disse que em momento algum discutiu valores com Temer. Segundo ele, o então vice-presidente saiu do jantar antes que os detalhes sobre os repasses fossem discutidos. A tarefa teria ficado a cargo de Padilha. Já Melo Filho afirmou que Temer participou, sim, da discussão sobre valores. Ambos mantiveram suas versões.
Tanto Marcelo Odebrecht quanto o ex-diretor fizeram delações na Lava Jato. Eles não podem contar à Justiça Eleitoral versões diferentes das que apresentaram nas colaborações.
Durante a acareação, o relator Herman Benjamin tentou manter o foco nas contas da campanha da chapa Dilma-Temer. Empreiteiro e ex-diretor disseram não ter ouvido nada sobre a possibilidade de parte dos R$ 10 milhões ter sido usada na disputa presidencial.
A campanha de Skaf em 2014 não declarou doações da Odebrecht. Questionados na acareação, Marcelo Odebrecht e Melo Filho disseram que não falaram em repasses por meio de caixa 2 com representantes do PMDB.
Defesas
Procurado, o Palácio do Planalto informou que não iria comentar o teor da acareação. Skaf, por meio de sua assessoria, disse que todas as doações recebidas por sua campanha estão registradas na Justiça Eleitoral e a prestação de contas foi aprovada "sem reparo". "Skaf nunca pediu nem autorizou ninguém a pedir contribuição de campanha que não as regularmente declaradas", diz a nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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