Proposta de Dilma de fazer plebiscito "é um absurdo", diz Serra
Do UOL*, em São Paulo
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A presidente Dilma Rouseff anunciou na tarde desta segunda que irá pedir um plebiscito sobre a reforma política. A declaração foi feita na abertura da sua reunião com governadores e prefeitos em Brasília. Dilma também propôs um pacto com cinco pontos principais: responsabilidade fiscal, reforma política, saúde, transporte público e educação.
A reunião foi uma resposta à série de protestos que acontece no Brasil.
Oposição é contra
A oposição diz ser favorável à consulta popular, mas discorda da convocação de Assembleia Constituinte específica para discutir a reforma política. "Nenhum de nós é contra consulta popular, mas fazer plebiscito sobre o que o Congresso precisa fazer? Não adianta querer entrar agora com manobra diversionista. A reforma é importante, mas vamos cuidá-la com o devido amparo legal", atacou o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).Os presidentes dos partidos de oposição avaliam que Dilma adotou um "discurso velho" ao dialogar com os manifestantes, que têm uma nova forma de protesto --além de ter "transferido" ao Congresso, governadores e prefeitos problemas que são de sua administração.
Medo
Em mais de uma ocasião, José Serra caracterizou as ações e anúncios da presidente como "marqueteiras". "O governo se sente acuado, essa é uma realidade", afirmou. "Precisa ter muito susto para vir a São Paulo se encontrar com Lula e com o marqueteiro", disse José Serra referindo-se à reunião do dia 18 de junho.Naquela ocasião, a presidente veio a São Paulo para debater os rumos dos protestos nas ruas. Trouxe Aloizio Mercadante, ministro da Educação, e se reuniu com o ex-presidente Lula e com o marqueteiro João Santana.
Internet
"Ninguém vai faturar politicamente [com esses episódios de protestos Brasil afora], como disse Fernando Henrique", disse José Serra se referindo às respostas que os governos estão dando aos manifestantes."Fui um grande agitador [Serra foi presidente da UNE, União Nacional dos Estudantes na década de 1960]. Na minha época, não tinha internet, mal tinha telefone", comentou. "Mobilizar era
telefone
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