terça-feira, 25 de junho de 2013

Proposta de Dilma de fazer plebiscito "é um absurdo", diz Serra


Do UOL*, em São Paulo
Para o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), "é um absurdo" a proposta de um plebiscito que autorize uma Constituinte (órgão colegiado que tem como função redigir ou reformar a Constituição) para fazer a reforma política. O economista, que disputou e perdeu as eleições presidenciais de 2010, fez a afirmação durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (24).
"Acho que a presidente atira para todos os lados", afirmou. "É uma proposta sem pé nem cabeça." O político comentou, ainda, que a presidente "ouviu falar em reforma política" e que, por isso, "ela decidiu tomar a frente".
A presidente Dilma Rouseff anunciou na tarde desta segunda que irá pedir um plebiscito sobre a reforma política. A declaração foi feita na abertura da sua reunião com governadores e prefeitos em Brasília. Dilma também propôs um pacto com cinco pontos principais: responsabilidade fiscal, reforma política, saúde, transporte público e educação.
A reunião foi uma resposta à série de protestos que acontece no Brasil.

Oposição é contra

A oposição diz ser favorável à consulta popular, mas discorda da convocação de Assembleia Constituinte específica para discutir a reforma política. "Nenhum de nós é contra consulta popular, mas fazer plebiscito sobre o que o Congresso precisa fazer? Não adianta querer entrar agora com manobra diversionista. A reforma é importante, mas vamos cuidá-la com o devido amparo legal", atacou o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).

Após protestos, Dilma propõe cinco pactos - 8 vídeos


Os presidentes dos partidos de oposição avaliam que Dilma adotou um "discurso velho" ao dialogar com os manifestantes, que têm uma nova forma de protesto --além de ter "transferido" ao Congresso, governadores e prefeitos problemas que são de sua administração.

Medo

Em mais de uma ocasião, José Serra caracterizou as ações e anúncios da presidente como "marqueteiras". "O governo se sente acuado, essa é uma realidade", afirmou. "Precisa ter muito susto para vir a São Paulo se encontrar com Lula e com o marqueteiro", disse José Serra referindo-se à reunião do dia 18 de junho.
Naquela ocasião, a presidente veio a São Paulo para debater os rumos dos protestos nas ruas. Trouxe Aloizio Mercadante, ministro da Educação, e se reuniu com o ex-presidente Lula e com o marqueteiro João Santana.

Internet

"Ninguém vai faturar politicamente [com esses episódios de protestos Brasil afora], como disse Fernando Henrique", disse José Serra se referindo às respostas que os governos estão dando aos manifestantes.
"Fui um grande agitador [Serra foi presidente da UNE, União Nacional dos Estudantes na década de 1960]. Na minha época, não tinha internet, mal tinha telefone", comentou. "Mobilizar era      
 telefone


 

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