segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Câmara de São Bernardo já está R$ 6 mi mais cara 
 

                CPI NELES"
Do Diário do Grande ABC
Andréa Iseki/DGABC
A construção do prédio da Câmara de São Bernardo já está pelo menos R$ 6 milhões mais cara do que a previsão do contrato firmado em outubro de 2011 com a Construtora Cronacon.
De acordo com o Portal da Transparência da Câmara, a obra do prédio Legislativo já consumiu R$ 34.413.771 de dinheiro público. A estimativa inicial presente no acordo com a Cronacon era que a estrutura seria erguida com R$ 28,4 milhões.
O montante final gasto será conhecido após a última medição do consórcio Hagaplan/Planserv/Enger, que fiscaliza a construção.
Com o valor total da obra daria para comprar pelo menos 1.503 carros populares (que custam R$ 22.890 em média) ou construir seis UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas), baseando-se no custo da unidade Silvina/Ferrazópolis, entregue em maio pelo chefe do Executivo são-bernardense, Luiz Marinho (PT), pela quantia de R$ 5,4 milhões.
Projetada para ser entregue em outubro de 2012, a intervenção só foi concluída no fim de março, mas representantes da empresa responsável pela obra solicitaram mais 90 dias para terminar a construção, que só ficou pronta em julho.
Idealizador da nova sede, o ex-presidente da Câmara Hiroyuki Minami (PSDB) afirma que não se arrepende de ter levado o faraônico projeto adiante. “A Câmara aumentou o número de cadeiras (de 21 para 28 vereadores). Além disso, havia a necessidade de oferecer condições dignas de trabalho aos funcionários da Casa”, alega.
Alvo constante de críticas desde que apresentou o projeto para demolir o antigo plenário Tereza Delta para construção de um novo palco para os trabalhos legislativos, Minami minimiza os questionamentos. “Todos criticam quando você toma a iniciativa de fazer algo.”
A nova polêmica sobre o prédio é a indefinição sobre a auditoria que será realizada nos contratos da construção. A atual direção da Câmara, comandada por Tião Mateus (PT), fez consulta para quatro empresas da Capital e recebeu orçamentos que vão de R$ 450 mil a R$ 2,1 milhões.
O chefe do Legislativo tem sustentado que só definirá se levará o pente-fino adiante com a anuência dos demais 27 parlamentares, mas ainda não se reuniu com eles para decidir o que será feito.

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