Agência Brasil
Publicação: 31/07/2014 21:47 Atualização:
O fim do prazo para
que os municípios acabem com os lixões e passem a armazenar os resíduos
sólidos em aterros sanitários, previsto na Política Nacional de Resíduos
Sólidos, no próximo sábado (2), é um marco importante para a política
ambiental brasileira, segundo o ambientalista carioca Mário Moscatelli,
que há 25 anos se dedica a reflorestar e fiscalizar áreas de manguezais
no Rio de Janeiro, principalmente no entorno da Baía de Guanabara.
"A lei é ótima. Não dá para aceitar, em pleno século 21, que a oitava economia do mundo, um país de megadiversidade como o Brasil, tenha ainda uma disposição inadequada de resíduos. Isto gera contaminação do solo, da água, do ar, dos animais e das pessoas, em um verdadeiro caos", avaliou.
Apesar de apoiar a lei, Moscatelli ressaltou a importância de fiscalizar seu cumprimento, punindo e multando com rigor os infratores.
"O que falta, por parte da classe política, é vontade de implementar a lei. É preciso perder a certeza da impunidade. Porque se o prefeito ou o secretário de meio ambiente tiverem a certeza de que, se não cumprirem a lei, irão presos, tenho certeza de que eles estarão mais atentos ao assunto. Estarão buscando recursos e se mobilizando. A impunidade é um estímulo à não materialização das políticas públicas".
Moscatelli costuma sobrevoar a Baía de Guanabara e fotografar os crimes ambientais que flagra. Muitas das denúncias são publicadas em sua página no Facebook. Ele também é convidado frequente em programas de rádio, onde faz suas denúncias.
"No Rio, disseram que não há mais lixões. Eu discordo. O chorume, de onde vier, gera impactos e contamina o meio ambiente. Na Baía de Guanabara ainda tem lixões, nos municípios de Duque de Caxias e São Gonçalo", apontou ele, citando vários casos de vazadouros clandestinos, depósitos irregulares de lixo e restos de obras que poluem o meio ambiente e aterram manguezais.
Uma das primeiras intervenções de Moscatelli, ainda na década de 1990, foi replantar árvores no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul da cidade. Hoje, as árvores de mangue plantadas pelo ambientalista são habitat para dezenas de espécies de animais, que reencontraram ali um pouco do verde perdido com a urbanização da região.
"A lei é ótima. Não dá para aceitar, em pleno século 21, que a oitava economia do mundo, um país de megadiversidade como o Brasil, tenha ainda uma disposição inadequada de resíduos. Isto gera contaminação do solo, da água, do ar, dos animais e das pessoas, em um verdadeiro caos", avaliou.
Apesar de apoiar a lei, Moscatelli ressaltou a importância de fiscalizar seu cumprimento, punindo e multando com rigor os infratores.
"O que falta, por parte da classe política, é vontade de implementar a lei. É preciso perder a certeza da impunidade. Porque se o prefeito ou o secretário de meio ambiente tiverem a certeza de que, se não cumprirem a lei, irão presos, tenho certeza de que eles estarão mais atentos ao assunto. Estarão buscando recursos e se mobilizando. A impunidade é um estímulo à não materialização das políticas públicas".
Moscatelli costuma sobrevoar a Baía de Guanabara e fotografar os crimes ambientais que flagra. Muitas das denúncias são publicadas em sua página no Facebook. Ele também é convidado frequente em programas de rádio, onde faz suas denúncias.
"No Rio, disseram que não há mais lixões. Eu discordo. O chorume, de onde vier, gera impactos e contamina o meio ambiente. Na Baía de Guanabara ainda tem lixões, nos municípios de Duque de Caxias e São Gonçalo", apontou ele, citando vários casos de vazadouros clandestinos, depósitos irregulares de lixo e restos de obras que poluem o meio ambiente e aterram manguezais.
Uma das primeiras intervenções de Moscatelli, ainda na década de 1990, foi replantar árvores no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul da cidade. Hoje, as árvores de mangue plantadas pelo ambientalista são habitat para dezenas de espécies de animais, que reencontraram ali um pouco do verde perdido com a urbanização da região.