Das ligações para o 190, só 17% exigem atuação policial
Nem tudo o que acontece de errado nas cidades é caso de
polícia. No entanto, a maior parte das chamadas recebidas pelo Copom
(Centro de Operações da Polícia Militar) do Grande ABC é referente a
demandas que não competem ao serviço da corporação. Em 2013, de 1,6
milhão de ligações atendidas pelo 190, 70% eram pedidos de informações
referentes a outros serviços e órgãos. Do total de acionamentos, 13%
eram trotes e apenas 17% exigiram intervenção policial.
Atualmente, a equipe de atendimento é composta por 140 policiais militares, distribuídos entre atividades administrativas e equipes operacionais. Os telefonemas recebidos vão desde pedidos sobre o contato da concessionária de energia elétrica a desabafos. “Nossos atendentes são bem treinados. A seleção, de forma geral, é muito rigorosa em relação a controle emocional para saber lidar com a situação. A pessoa não faz isso por maldade, é realmente por desconhecer. Mas, com isso, ela acaba ocupando uma linha”, comenta a comandante da PM na região, coronel Cláudia Rigon.
As ligações ao 190 devem ser feitas em casos de perigo à vida, ameaça ou uso iminente de violência, danos sérios à propriedade e outros fatos relacionados a crimes. Para as situações de atendimento médico, como partos, acidentes ou situações que envolvam serviço especializado, as pessoas devem fazer contato por meio dos telefones 192 (ambulância) ou 193 (resgate do Corpo de Bombeiros).
Apesar de os telefonemas referentes a outros assuntos ocuparem as linhas que poderiam atender a urgências de competência da PM, Cláudia ressalta que isso é fruto da credibilidade da instituição. “O 190 é sedimentado na cultura popular como um serviço público que gera confiabilidade, sendo o primeiro número a ser lembrado em caso de perigo.” A coronel, entretanto, pede que haja atenção. “Seria importante que a população atentasse para suas necessidades e, caso não seja uma emergência, como, consultas sobre endereços de órgãos públicos, telefones comerciais e serviços de utilidade pública, buscasse tais informações em números destinados a essas finalidades (102)”.
Especialista defende unificação das centrais de emergência
Para evitar que o telefone 190 seja utilizado para qualquer finalidade, o coronel da reserva de PM (Polícia Militar) e ex-secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva Filho, acredita que deveria haver campanha permanente que esclarecesse o que realmente compete à corporação. “Seria necessário constar no sites das prefeituras e na própria página da Secretaria de Segurança do Estado todos os endereços eletrônicos e telefones ligados ao atendimento ao público, pois a polícia não pode ficar sobrecarregada com telefonemas que não sejam de emergência. Caso contrário, a PM acaba virando uma central de informações gerais, e isso não pode acontecer”.
Em algumas capitais do Brasil, como Fortaleza, no Ceará, foi criado o Centro Integrado de Operações de Segurança, que reúne os serviços das polícias Militar e Civil, controle de tráfego, bombeiros e ambulâncias. Silva Filho ressalta que esse modelo deveria ser expandido para todo o País.
“Em todo o lugar do mundo é assim. Nos Estados Unidos, por exemplo, o mesmo número é para a polícia, bombeiro e ambulância, pois, em um momento de emergência, a pessoa pode não ter à mão uma relação com cada contato. Na hora do apavoramento, ele precisa guardar apenas um telefone. O Estado e as prefeituras poderiam compartilhar essa ação, com o primeiro cedendo os equipamentos e a segunda o espaço. Uma central nesses moldes seria um poupatempo das emergências que as cidades”.
Atualmente, a equipe de atendimento é composta por 140 policiais militares, distribuídos entre atividades administrativas e equipes operacionais. Os telefonemas recebidos vão desde pedidos sobre o contato da concessionária de energia elétrica a desabafos. “Nossos atendentes são bem treinados. A seleção, de forma geral, é muito rigorosa em relação a controle emocional para saber lidar com a situação. A pessoa não faz isso por maldade, é realmente por desconhecer. Mas, com isso, ela acaba ocupando uma linha”, comenta a comandante da PM na região, coronel Cláudia Rigon.
As ligações ao 190 devem ser feitas em casos de perigo à vida, ameaça ou uso iminente de violência, danos sérios à propriedade e outros fatos relacionados a crimes. Para as situações de atendimento médico, como partos, acidentes ou situações que envolvam serviço especializado, as pessoas devem fazer contato por meio dos telefones 192 (ambulância) ou 193 (resgate do Corpo de Bombeiros).
Apesar de os telefonemas referentes a outros assuntos ocuparem as linhas que poderiam atender a urgências de competência da PM, Cláudia ressalta que isso é fruto da credibilidade da instituição. “O 190 é sedimentado na cultura popular como um serviço público que gera confiabilidade, sendo o primeiro número a ser lembrado em caso de perigo.” A coronel, entretanto, pede que haja atenção. “Seria importante que a população atentasse para suas necessidades e, caso não seja uma emergência, como, consultas sobre endereços de órgãos públicos, telefones comerciais e serviços de utilidade pública, buscasse tais informações em números destinados a essas finalidades (102)”.
Para evitar que o telefone 190 seja utilizado para qualquer finalidade, o coronel da reserva de PM (Polícia Militar) e ex-secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva Filho, acredita que deveria haver campanha permanente que esclarecesse o que realmente compete à corporação. “Seria necessário constar no sites das prefeituras e na própria página da Secretaria de Segurança do Estado todos os endereços eletrônicos e telefones ligados ao atendimento ao público, pois a polícia não pode ficar sobrecarregada com telefonemas que não sejam de emergência. Caso contrário, a PM acaba virando uma central de informações gerais, e isso não pode acontecer”.
Em algumas capitais do Brasil, como Fortaleza, no Ceará, foi criado o Centro Integrado de Operações de Segurança, que reúne os serviços das polícias Militar e Civil, controle de tráfego, bombeiros e ambulâncias. Silva Filho ressalta que esse modelo deveria ser expandido para todo o País.
“Em todo o lugar do mundo é assim. Nos Estados Unidos, por exemplo, o mesmo número é para a polícia, bombeiro e ambulância, pois, em um momento de emergência, a pessoa pode não ter à mão uma relação com cada contato. Na hora do apavoramento, ele precisa guardar apenas um telefone. O Estado e as prefeituras poderiam compartilhar essa ação, com o primeiro cedendo os equipamentos e a segunda o espaço. Uma central nesses moldes seria um poupatempo das emergências que as cidades”.
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