COMO SURGIRAM OS BANCOS?
Diariamente, milhões de transações financeiras são feitas no mundo todo. Mas, de onde vieram os bancos?
São saques, depósitos, compra com cheques e cartões de créditos, consultas de saldos em conta corrente e conta poupança, empréstimos, investimentos, seguros, financiamentos e diversas outras ações executadas por pessoas das mais diversas classes sociais através dos bancos, instituições fundamentais à organização da economia mundial moderna. Mas como surgiram os bancos?
O surgimento dos bancos está ligado ao desenvolvimento da moeda e à necessidade de guardá-la em segurança. O primeiro modelo de troca de mercadoria foi o escambo, no qual as trocas eram feitas de mercadoria por mercadoria. Esse modelo trazia alguns transtornos nas transações, porque as pessoas tinham a necessidade de procurar outras pessoas que tivessem determinado produto em excesso. Havia também, problemas com a divisão da mercadoria. Quanto, por exemplo, de farinha era necessário para comprar um boi? Ou quantos quilos de sal equivaleriam a um porco?
No entanto, a sociedade foi se desenvolvendo e os metais preciosos passaram a ser os instrumentos de troca mais utilizados. Através da cunhagem, estes metais passaram a exercer função de moeda, pelo fato de serem limitados na natureza, possuírem resistência e por causarem um impacto ao olho humano devido à forma como refletem a luz.
Logo depois veio o papel-moeda, que teve início por meio dos depósitos de ouro em casas especializadas (embrião dos atuais bancos comerciais). O cidadão depositava determinada quantidade de ouro ou prata em uma destas casas, onde os ourives, pessoas que trabalhavam com os metais, emitiam certificados de depósitos, que passavam então a circular livremente pelo mercado.
O problema é que estes certificados passaram a ser liberados com preço que excedia a quantidade de ouro reservada com os ourives. É a partir daí que surgem as instituições bancárias, com o objetivo de organizar este trabalho. O primeiro banco de depósitos surgiu em Veneza, na Itália, no século XII e, durante o século XVII, vieram os bancos comerciais, que por muito tempo monopolizaram a emissão das notas, hoje emitidas pelo Estado.
Atualmente, os bancos comerciais são de fundamental importância para a economia. O trabalho desempenhado por eles é feito através de concessões do Estado e eles funcionam como autarquia do Banco Central, que exerce função normativa sobre a economia.
Os depósitos e empréstimos funcionam como um ciclo da moeda, que gera multiplicação do dinheiro quando circulam nas mãos do público e pelos caixas dos bancos. Além destas organizações, existem as “financeiras”, que contribuem para a circulação da moeda e são chamados de intermediários financeiros não bancários.
Nos anos de 2008 e 2009 o Itaú, o Banco do Brasil e o Santander fizeram um série de fusões, que contribuiram para maior concentração das atividades bancárias no Brasil. O Itaú se fundiu com o Unibanco, o Santander adquiriu o ABN AMRO Bank e, por sua vez, o Banco do Brasil incorporou o Banco do Estado de Santa Catarina, o Banco do Estado do Piauí e o Banco Nossa Caixa.
Após estas fusões e aquisições, o Banco do Brasil, o Itaú e o Santander se juntaram a Bradesco e Caixa Econômica Federal para formarem o grupo dos cinco maiores bancos do Brasil. Juntos, eles detém 64,9% dos ativos, 65,9% do lucro líquido, 81,9% dos funcionários e 86,3% das agências bancárias.
Texto: Cris Manaia/Edição: Fábio Santos
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