O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocou neste início de noite de quarta-feira, 19, em votação um novo requerimento pedindo urgência para a tramitação da reforma trabalhista em plenário. Há menos de 300 deputados em plenário.
O relator do projeto, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), insistiu para que o novo requerimento entrasse em pauta ainda hoje, mesmo diante de protestos de líderes da base aliada e da oposição. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) foi um dos que tentaram convencer o tucano de que o requerimento poderia ficar para a próxima semana. “De base desorganizada eu entendo. Vivemos isso. O governo tem de reconhecer que a base está desorganizada”, alegou.
Para Orlando, o governo quer dar aparência de tranquilidade no Legislativo diante da repercussão das delações premiadas dos ex-executivos da Odebrecht. O deputado teme que, se aprovado o requerimento, não haja votação do texto na comissão especial, já que a urgência permitirá que o projeto seja votado diretamente no plenário. “É um atropelo injustificável”, afirmou.
Os governistas reconhecem que o plenário se esvaziou nos últimas horas, uma vez que muitos parlamentares já voltaram aos seus Estados ou estão em audiências fora da Câmara. A votação dos destaques do projeto da recuperação fiscal dos Estados foi interrompida para priorizar a apreciação do requerimento.
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