domingo, 30 de outubro de 2011

O governo do estado quer acabar com a entregação nos terminais de Piraporinha é Diadema

Cobrança por baldeação deve começar em janeiro

André Vieira
Do Diário do Grande ABC

O fim da integração gratuita entre ônibus municipais e intermunicipais nos terminais Diadema e Piraporinha está próximo. Ao que tudo indica, a cobrança para os passageiros que fazem baldeação começa em janeiro e será de R$ 1.
O assunto foi discutido segunda-feira pelo prefeito Mário Reali (PT) com o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, Joaquim Lopes da Silva Júnior.
"O que informaram é que a decisão de acabar com a gratuidade é irreversível e que, de fato, haverá cobrança", afirmou o secretário de Transportes de Diadema, Ricardo Perez.
Ainda segundo o titular da Pasta, prazos e valores não foram definidos oficialmente, mas o Estado sinalizou que o adicional deverá ser de R$ 1 e começará a valer em aproximadamente dois meses.
O passageiro que faz pelo menos duas transferências por dia nos terminais pagará, por mês, R$ 40 a mais. Cerca de 100 mil pessoas utilizam as estações diariamente - até 25% fazem a integração. 
DEBATE
Diferentemente do restante da região, os terminais Diadema e Piraporinha da EMTU são os únicos onde o usuário não paga integração, podendo se transferir do sistema municipal para o Corredor Metropolitano ABD e sua extensão que leva ao Morumbi.
Popularmente conhecido como trólebus, as linhas que atendem ao corredor ligam os bairros do Jabaquara e São Mateus, em São Paulo, passando por Santo André, São Bernardo, Mauá e, claro, Diadema.
Desde a década de 1990, a integração no município não exige pagamento de outra tarifa ou adicional. A decisão de instituir a cobrança é "um retrocesso na questão da mobilidade", na avaliação de Perez.
"(a integração gratuita) É um sistema moderno, que facilita e estimula o uso do transporte público pelas pessoas", afirmou. A Prefeitura descarta subsidiar a cobrança.
Segundo Perez, os acordos entre a administração, EMTU e a concessionária que opera o corredor não preveem a possibilidade de taxação sobre a baldeação nos terminais.
A cobrança estaria sendo autorizada para custear as obras de eletrificação de parte do corredor, que estão em curso.
Ao Diário, a EMTU informou que a posição do Estado sobre a medida será transmitida pela Secretaria de Transportes Metropolitanos, que prometeu se pronunciar hoje.
Também hoje Reali falará sobre o assunto na Câmara. Na tentativa de barrar a decisão, a Prefeitura pretende tratar da cobrança com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

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