Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia
alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e
fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma
silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito
segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não
fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão
ali,espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a
situação e o meu endereço. Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou
se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que
não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar
alguém assim que fosse possível. Um minuto depois liguei de novo e disse
com a voz calma: – Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu
quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro
da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações.
O tiro fez um estrago danado no cara! Passados menos de três minutos,
estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma
unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que
não perderiam isso por nada neste mundo. Eles prenderam o ladrão em
flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele
estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia. No
meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: -Pensei que
tivesse dito que tinha matado o ladrão. Eu respondi: – Pensei que
tivesse dito que não havia nenhuma viatura disponível.
Autor: Luis Fernando Veríssimo
Autor: Luis Fernando Veríssimo
está é a situação do Brasil, tiram as armas do cidadão os bandidos ficaram armados até os dentes não tem viatura disponível mas -se matar o ladrão vem policia vem resgate o pessoal dos direitos humanos, afinal de conta direitos dos fora da lei se possível vem até o prefeito quando teremos serviço de qualidade no Brasil correspondendo o imposto bom que pagamos como o brasileiro sofre abraço gustavo
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