quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015


eram no que poderiam fazer naquela década de 90, para que a humanidade de fato tivesse paz e justiça social no novo milênio.
Concluíram que todos deveriam investir nas crianças, pois seriam elas que estariam no poder e herdariam o mundo na Era de Aquarius.
Entre outras coisas, assinaram a “Declaração Mundial Sobre a Sobrevivência, a Proteção e o Desenvolvimento da Criança”.
A criança passaria a ser a prioridade absoluta de todos os povos. (como consta no ECA e na CF do Brasil).
Foi visto que uma das coisas que mais violava os direitos das crianças era trabalhar na infância pois isso prejudicava sua educação, sua saúde e seu desenvolvimento, tornando-as adultos doentes e despreparados. Precisávamos retirá-las do trabalho.
Foi marcada a 2ª reunião de cúpula, em 2001, também em Nova York, para ser verificado o que cada nação tinha feito e partir para um novo avanço, já que estávamos enfim, no NOVO MILÊNIO. Então, aqueles dois aviões estraçalharam a infância, batendo nas torres gêmeas uma semana antes da cúpula, que teve que ser adiada por um ano. A partir daí, ninguém pensava mais em criança. Só em guerras. As crianças do Afeganistão e do Iraque e depois, de outras partes do mundo, passaram a ser mutiladas na nossa cara, pelas lentes poderosas da imprensa.
E o que aconteceu no ano 2002 quando a cúpula se reuniu novamente?
Adotaram medidas imediatas para eliminar as piores formas de trabalho infantil (Convenção 182 da OIT). A meta do combate ao trabalho infantil ficou mais amena depois do ataque terrorista e agora precisaríamos nos empenhar apenas no que houvesse de pior, no intolerável, e com prazo para o seu fim: 2016.
Agora estamos às vésperas do prazo. O que temos então? - A trincheira. Criada para proteger pessoas de guerras brutais, como as que estão acontecendo na Síria, no Iraque, onde as crianças são enterradas vivas por radicais islâmicos, na Palestina, onde mais de meio milhão delas já foram abatidas por Israel. Ainda tem a Nigéria.
Passando por todas essas guerras, através dos noticiários, me vejo de repente, diante da minha trincheira, de onde observo, no outro lado, crianças na sua luta diária, trabalhando duramente para sobreviverem à fome e à violência de todas as formas.
Nessa trincheira, trabalham com o caulim, em Equador. Não, não é em outro país, é um município do Rio Grande do Norte. Ensacam toneladas da borra do minério, sob o sol escaldante, por R$ 200 rateados por todos. O Brasil ainda vive com esta vergonha com as crianças
 Essa guerra, ah! Essa não tem tréguas.
Curtir ·  ·  · 11

Nenhum comentário:

Postar um comentário