Diário do Grande ABC
Estudos feitos pela Secretaria de Educação apontam que, com a medida, o deficit de 6.237 vagas de 0 a 3 anos seria em boa parte resolvido. Em berçário, por exemplo, aumentaria de 90 para 470 vagas.
Outra justificativa é a promessa de adequar o salário dos monitores das creches conveniadas ao de professores das escolas na licitação, aumentando o repasse por aluno de R$ 300 para R$ 408.
A notícia divulgada pelo prefeito Lauro Michels (PV) nas redes sociais, ontem, pegou pais, representantes das entidades e até vereadores da cidade de surpresa.
Preocupados, cerca de 20 pais de alunos de uma creche do Jardim das Nações caminharam até a Câmara pela manhã para protestar contra a medida. “Nosso maior medo é que as crianças sejam enviadas para escolas longe daqui, nos extremos da cidade”, disse o frentista Jefferson Cavalvanti, 28 anos.
Além disso, existe o receio por parte dos pais em relação à carga horária de estudos das crianças. “Hoje eles ficam oito horas aqui na creche conveniada. Se isso acabar, será só meio período. E não tenho ninguém para cuidar da minha filha”, reclamou a operadora Rosali Silva, 35.
A Secretaria de Educação garante que as crianças serão atendidas perto de suas casas, graças a estudo técnico que será feito pela Pasta. E que, a princípio, não disponibilizará vagas de tempo integral. Mas antecipou que será implantado novo sistema de ensino nas escolas infantis.
O Paço também promete corrigir a distorção entre idade e matrícula da cidade em relação às escolas estaduais. Atualmente, a data de nascimento exigida nas instituições de Diadema é até 31 de março, enquanto a do Estado é até 30 de junho.
Parlamentares farão reunião na Câmara, na tarde de hoje, para discutir as mudanças. “A rede municipal não tem como absorver essa demanda hoje”, disse o chefe do Legislativo, Manoel Eduardo Marinho (PT). “Faltou diálogo e pensar no social.”
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