quinta-feira, 15 de março de 2012

Carrinhos vão coletar óleo de cozinha usado isto é cidadania.

Carrinhos vão coletar óleo de cozinha usado

Catadores de material reciclável vão começar a coletar óleo de cozinha nas residências da capital paulista. A partir de abril, eles testarão dois protótipos de carrinhos adaptados para o transporte desse tipo de material no Glicério, no cento de São Paulo. Um dos modelos é uma carroça com compartimento para a colocação de seis recipientes plásticos para o armazenamento do óleo. O outro veículo é um triciclo com uma área reservada para o mesmo fim. Ambos carrinhos tem capacidade para transportar 180 litros de óleo.
O projeto para a criação dos carrinhos de coleta de óleo foi desenvolvido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) e pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). “A gente queria resolver o problema dos catadores que não tinham carrinhos próprios e a Sabesp, combater a questão do descarte de óleo, pois muita gente ainda joga o material na pia de cozinha, o que entope a rede de esgoto”, afirma Delaine Romano, coordenadora de projetos com catadores da Abes.
Segundo Marcelo Morgado, assessor de meio ambiente da Sabesp, a capital tem, em média, 77.500 entupimentos por ano na rede de esgoto, que geram cerca de 3.000 m³ de resíduo descartado em aterros e estações de tratamento. “Para a Sabesp é importante reduzir a quantidade de óleo que chega na rede, pois ele também funciona como aglutinante de objetos que as pessoas não deveriam jogar nas privadas, como barbeadores descartáveis e preservativos ”, diz Marcelo. Segundo a Sabesp, um litro de óleo de fritura polui mais de 25 mil litros de água.
Outros 20 protótipos de carrinhos de coleta de óleo são desenvolvidos no momento por alunos de engenharia do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), segundo Marcelo. De acordo com Delaine, os catadores também deverão percorrer o bairro da Lapa, na zona oeste, para testar os veículos. A intenção do projeto, segundo Marcelo, é encontrar patrocinadores que comprem os carrinhos para os catadores, que poderão vender o óleo para empresas que o reciclam para a produção de biodiesel e sabão.
Segundo Célia Marcondes, presidente da Associação Brasileira para Sensibilização, Coleta e Reciclagem de Resíduos de Óleo Comestível (Ecóleo), são recolhidos 1,5 milhão de litros de óleo por mês na capital. “São entidades ligadas à Ecóleo que fazem essa coleta, que representa apenas 10% de tudo que é descartado na cidade ”, diz Célia. Ela afirma que os catadores precisam ter cuidado no transporte do óleo. “Além de ser inflamável, é preciso não deixá-lo cair na rua, o que pode causar um acidente de trânsito”, diz. ::
 


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