A agência de classificação de risco independente Egan-Jones Ratings rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos, enquanto Washington se esforça para reduzir o fardo da dívida federal, que deve ultrapassar o tamanho da economia do país.
A empresa independente, que emitiu o rebaixamento na quinta-feira, disse que a nota de dívida sênior dos Estados Unidos agora é AA, a terceira nota mais alta da agência, um grau da nota AA+. A agência também manteve a maior economia do mundo em observação negativa, uma vez que a carga da dívida pública federal pode subir a US$ 16,7 trilhões no final de 2012. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, entretanto, pode crescer para US$ 15,7 trilhões, assumindo que ele crescerá a uma taxa de 2,5%, disse a empresa.
A agência rebaixou a nota do país pela segunda vez em menos de nove meses "por causa da falta de progressos tangíveis na resolução dos problemas e do aumento contínuo da dívida em relação ao PIB", disse Sean Egan, co-fundador da empresa, em um comunicado enviado por e-mail.
O rebaixamento da Egan-Jones não obteve grandes respostas do mercado. Os preços da dívida do governo dos Estados Unidos saltaram na sexta-feira após a notícia de crescimento do emprego muito mais fraco que o esperado em março renovar as apostas de que o banco central do país irá embarcar em mais compras de títulos para promover o crescimento econômico.
Em meados de julho, a Egan-Jones cortou a nota máxima AAA dos Estados Unidos em meio à luta sobre o teto da dívida em Washington, que alimentou temores de um calote federal. As três maiores agências de classificação de risco, no entanto, atualmente têm classificações mais elevadas para os Estados Unidos do que a Egan-Jones.
A Moody's e a Fitch Ratings ainda dão aos Estados Unidos suas notas mais altas de crédito, AAA, embora a Moody's tenha falado que pode cortar a nota máxima do país. Em agosto, a agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou a nota AAA dos Estados Unidos, diminuindo a nota do país em um grau, para AA+. A agência alertou para um possível novo rebaixamento mais para frente.
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