quinta-feira, 5 de abril de 2012

Desmatamento afeta 1.400 quilômetros quadrados da Amazônia Legal

Desmatamento afeta 1.400 quilômetros quadrados da Amazônia Legal


Quase 1.400 quilômetros quadrados da Amazônia Legal estão em alerta devido ao desmatamento. Os dados refletem a captação de imagens por satélite entre agosto de 2011 e março de 2012.
De acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente divulgadas nesta quinta-feira, o número é praticamente o mesmo do período anterior, entre 2010 e 2011, quando 1.340 quilômetros quadrados estavam sob ameaça.
No mesmo período, três estados se destacaram negativamente, com porcentagens crescentes nos níveis de desmatamento.
O caso mais grave está em Roraima, onde houve aumento de 363% da área devastada.
No entanto, de acordo com a ministra da pasta, Isabella Teixeira, os números absolutos para esta região não chegam a ser relevantes.
"Mesmo assim, o resultado chamou a nossa atenção e já estamos em campo, com a Polícia Federal e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para detectar o perfil desse desmatamento", afirmou.
Segundo a ministra, há várias indicações de que o problema se dê por uma migração da atividade madeireira do Pará para Rondônia.
No Mato Grosso, destaque desde o ano passado pela extração em grandes áreas, houve novo aumento dos registros de desmatamento, chegando a 96% entre agosto de 2011 e março de 2012 ao comparar com o ano anterior.
O Ministério do Meio Ambiente justifica o resultado pela dificuldade de captação das imagens no fim de 2011 pelo satélite Deter (Sistema de Detecção em Tempo Real). O que fez com que as áreas afetadas fossem capturadas pelas imagens apenas no início deste ano e computadas de uma só vez.
"Não temos crise de desmatamento como no ano passado. Não tem aumento do desmatamento e estamos colocando mais fiscais em campo para não sermos surpreendidos como fomos no ano passado em Mato Grosso", disse.
O último estado que registrou crescimento no número de áreas em alerta foi Rondônia, com 9,7% de aumento de agosto a março, frente mesmo período do ano anterior.
A ministra informou ainda que segundo pesquisas de dos profissionais que vão a campo, muitos dos proprietários das áreas afetadas dizem desmatar porque acham que a aprovação do Novo Código Florestal pode anistiá-los. Muitos outros, imaginam que o Ibama não tem mais competência para fiscalizar e aplicar multas.
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