Publicidade
DE BRASÍLIA
DO RIO
DO RIO
A presidente Dilma Rousseff decidiu doar ao grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro os R$ 20 mil de indenização que receberá do Estado por ter sido torturada pela ditadura militar (1964-1985). A entidade é formada por ex-presos políticos e parentes de vítimas do regime.
Em setembro de 2011, quando a Comissão da Verdade foi aprovada na Câmara, o grupo fez duras críticas ao projeto que criou o órgão. Em artigo, a entidade classificou a comissão como "farsa" e "engodo". O texto ainda faz críticas a um acordo feito pela Presidência para aprovar o projeto.
A vice-presidente do Tortura Nunca Mais do Rio, Cecília Coimbra, disse que o grupo ainda não foi comunicado sobre a doação, mas que os recursos "serão muito bem-vindos".
Segundo ela, o dinheiro seria utilizado para pagar psicólogos e terapeutas que prestam atendimento às vítimas de tortura e parentes de mortos e desparecidos.
Cecília reafirmou às críticas à Comissão da Verdade e disse que o movimento não foi convidado para a cerimônia de instalação do grupo, realizada na última quarta-feira no Palácio do Planalto.
Dilma será uma das 120 pessoas homenageadas em cerimônia do governo do Rio no próximo dia 4 para o anúncio das indenizações. Ela receberá pedido de desculpa do Estado e R$ 20 mil por ter sido presa e torturada.
A indenização foi pedida em 2004 e aprovada dois anos depois. A presidente foi presa pelos militares em São Paulo, mas passou pelo quartel da Polícia Especial do Exército, na Tijuca (zona norte do Rio), um dos principais centros de tortura do regime.
FOLHA.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário