terça-feira, 22 de maio de 2012

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São Bernardo vai mudar a coleta de lixo ainda neste mês

Consórcio Revita/Lara venceu licitação; contrato prevê usina para queimar lixo e gerar energia
Após um ano, o processo de licitação para o Sistema Integrado de Manejo e Gestão de Resíduos Sólidos de São Bernardo chegou ao fim. Atualmente em fase de elaboração de contrato, a expectativa é que a empresa ganhadora do certame, o consórcio Revita/Lara, único a se interessar pela proposta de PPP (Parceria Público-Privada), assine contrato com a Prefeitura até o final deste mês. O novo contrato altera o sistema de coleta e tratamento de lixo, com a construção da chamada Usina Verde.
“A partir do contrato será possível fazer a troca de caminhões de lixo e de todo o sistema de limpeza urbana da cidade, além de dar início à produção do EIA-Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) da usina”, explicou o secretário de Planejamento Urbano, Alfredo Buso. Além da construção da Usina Verde, que permitirá o manuseio de todas as fases do lixo (coleta, processamento, tratamento e destinação final) pelo município, as mudanças no processo de gestão e manejo do lixo incluem alterações na varrição de ruas e ampliação da coleta seletiva da cidade de 1% para 10% até 2016.
Além da fiscalização, por parte da Prefeitura, o edital prevê que a população também fará controle de qualidade sobre os serviços prestados. A proposta leva em conta a limpeza efetiva da cidade, sendo que o consórcio Revita/Lara poderá sofrer uma redução de até 20% no pagamento dos serviços, caso os parâmetros de qualidade não sejam considerados satisfatórios pela Administração ou pelos munícipes.
Usina - As primeiras mudanças no sistema de limpeza urbana devem ocorrer em junho. Entretanto, a construção da Usina Verde será a fase mais demorada do projeto. Pela resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), as atividades como a queima do lixo, dependem do EIA-Rima para o licenciamento ambiental.
O processo, para o consórcio elaborar o documento, apresentar à Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e receber a autorização do órgão ambiental para iniciar as obras deve levar cerca de seis meses. “A construção da usina deve ocorrer apenas em 2013 e ser finalizada em 2015”, comentou Buso. Na construção do equipamento que irá separar o lixo seco para reciclagem e queimar a parte úmida para geração de energia elétrica está previsto investimento de R$ 350 milhões. Estima-se que 45,8% dos resíduos recolhidos na cidade são orgânicos e serão destinados à queima na usina.
De acordo com Buso, a tecnologia a ser usada no processo ainda não está definida. “Até porque isso precisa ser detalhado no EIA-Rima”, explicou o secretário de Planejamento Urbano.
Quando passar a funcionar, a usina deve gerar 30 megawatts por hora, suficientes para abastecer um município com 300 mil habitantes. A Prefeitura pretende utilizar a energia na iluminação de ruas e prédios públicos.
Remediação aguarda sim da Cetesb - Após o fim do processo licitatório do Sistema Integrado de Manejo e Gestão de Resíduos Sólidos de São Bernardo, o município busca junto à Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) a aprovação para o início da remediação da antiga área do lixão do Alvarenga. Até esta sexta-feira (25/05), a Prefeitura irá se reunir com a companhia para discutir o assunto.
“A ideia é iniciar os trabalhos no antigo lixão ainda neste ano”, afirmou o secretário de Planejamento Urbano, Alfredo Buso. O projeto prevê a revitalização da área, coleta e tratamento do chorume, captação dos gases para aproveitamento energético e envelopamento do lixo existente no terreno. “Não é possível retirar todo o lixo, então, a ideia é colocar uma manta de terra por cima e isolar o material”, esclareceu.
A remediação do terreno está orçada em R$ 80 milhões e será realizada pelo consórcio Revita/Lara, empresa ganhadora da licitação de São Bernardo. Todo o processo de recuperação levará cerca de um ano para ser concluído. Nos 330 mil metros quadrados da área do antigo lixão estão previstas as construções da Usina Verde, que transformará resíduos sólidos em energia elétrica, e um parque com quadras, pistas de caminhada, entre outras áreas de lazer. “Nossa meta é entregar o parque até o final de 2013”, comentou Buso.
Situado a 500 metros da represa Billings, o lixão do Alvarenga recebeu resíduos orgânicos, químicos e industriais por três décadas, sem nenhum controle ambiental. O antigo lixão foi desativado em 2002, por decisão da Justiça.
Revita/Lara já atua no ABCD - O consórcio Revita/Lara, ganhador do processo licitatório do Sistema Integrado de Manejo e Gestão de Resíduos Sólidos de São Bernardo, é formado por duas empresas que já prestam serviços no ABCD. A Lara Central de Tratamento de Resíduos é proprietária do aterro sanitário que atualmente serve como destino final do lixo dos sete municípios da Região, localizado em Mauá. Já a Revita Engenharia Ambiental integra o grupo Solví, o que inclui a empresa Vega Engenharia Ambiental, hoje responsável pelo sistema de gestão e manejo dos resíduos de São Bernardo.
A Solví atua nos segmentos de resíduos, saneamento, valorização energética e engenharia. O grupo opera e gerencia concessões e contratos públicos e privados em mais de 160 cidades do Brasil, além de 14 municípios no Peru. A empresa surgiu em 2006, com a venda das ações do grupo francês Suez no Brasil.
A Lara está instalada em Mauá desde 1966. Além do aterro sanitário, a empresa também presta serviço em limpeza e conservação urbana nas atividades de coleta domiciliar, coleta de resíduos de serviços de saúde, lavagem de feiras, varrição manual e mecanizada, pintura de guias e capinação química. No aterro sanitário, a Lara recebe resíduos gerados por 2,2 milhões de pessoas do ABCD e Baixada Santista.
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