sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Abilio é rejeitado para vaga em comitê financeiro do Pão de Açúcar
 

O empresário Abilio Diniz, presidente do conselho de administração e segundo maior acionista do Grupo Pão de Açúcar (GPA), teve seu nome rejeitado para integrar o comitê de governança corporativa e ocupar uma vaga no comitê financeiro da companhia.

Também não conseguiu apoio para que estudos fossem feitos em 60 dias para levar a empresa para o Novo Mercado da Bovespa, segmento de listagem com padrões mais rígidos de transparência e respeito aos minoritários.

As decisões ocorreram nesta sexta-feira durante reunião do conselho de administração do GPA, controlado pelo grupo francês Casino.

Na semana passada, reportagem da Folha mostrou que advogados do empresário estudavam tomar medidas legais, entre elas recorrer a um tribunal de arbitragem, para garantir que Abilio conseguisse assento no novo comitê de governança da empresa e para evitar o esvaziamento de sua função na companhia brasileira.

ESCOLHIDOS

Na reunião de hoje foram aprovados os nomes dos cinco escolhidos para integrarem o comitê de governança do GPA.

Maria Helena Fernandes de Santana, ex-presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), exercerá a função de presidente do comitê.

Também foram aprovados os nomes de Arnaud Strasser, representante do Casino e vice-presidente do conselho, Guilherme Affonso Ferreira, representante dos acionistas minoritários, Roberto Lima, ex-presidente da Vivo, e Luiz Augusto Castro Neves, diplomata brasileiro.

Na votação, oito conselheiros ligados ao Casino aprovaram os nomes. Três conselheiros independentes se abstiveram da votação (no total, são quatro). E quatro ligados a Abilio votaram a seu favor.

A Folha apurou que Abilio tem dito a pessoas próximas que não é contra o comitê nem a indicação de Maria Helena para o cargo. Além da gestão eficiente frente à CVM, a executiva vem de uma família com relação com o varejo,

José Fernandes, pai de Maria Helena, era dono da rede Barateiro de supermercados, comprada pelo grupo Pão de Açúcar em 1998. A aquisição foi motivada pela intenção do grupo de fortalecer sua atuação junto a classes mais populares, em expansão no país nos últimos anos.  FONTE FOLHA.COM

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