Incubadora solidária de São Bernardo é pioneira no País
O modelo adotado pela SBCSol (Incubadora de Empreendimentos Solidários de São Bernardo do Campo), fruto de parceria pública-privada da Prefeitura de São Bernardo e da Universidade Metodista de São Paulo, é pioneiro no País. "Conforme as universidades foram ficando mais acessíveis e sendo incorporadas pelo povo, elas tornaram-se mais democráticas", afirmou ontem o secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Paul Singer, durante primeiro seminário da iniciativa, que conta com aporte de R$ 2 milhões, sendo R$ 1,7 milhão da Finep e R$ 300 mil da Prefeitura, e começa suas atividades em janeiro.
Dessa maneira, "as universidades assumem papel solidário de socializar conhecimento e, ao mesmo tempo, ganham experiência, inclusão e formam alunos com perfil cada vez mais cidadão", disse o coordenador geral da SBCSol, Douglas Siqueira. Estarão envolvidos na incubadora 13 professores e 16 alunos da Metodista e da Faculdade de Engenharia Mauá, que vão desenvolver soluções para as empresas.
A proposta não é diferenciada somente em sua composição, mas também na atuação. Os incubados não ficarão alocados em um mesmo espaço, pagando espécie de aluguel por eles, assim como ocorre nas incubadoras de tecnologia - em que, aliás, é preciso ter ideia inovadora, e o auxílio tem o intuito de desenvolver a proposta e colocá-la no mercado. Como as escolhidas são atividades que já existem, mas que precisam de ajuda para expandir os negócios, as consultorias serão realizadas na própria empresa. Os quatro técnicos que vão realizar as visitas nas firmas ficarão alocados em espaço cedido pela CTR (Central de Trabalho e Renda) da Prefeitura de São Bernardo. É lá também que será montada a biblioteca de economia solidária, com livros, CDs e DVDs. "Hoje, na CTR, já temos uma loja solidária para vender os produtos de cooperativas e pequenas empresas. Na cantina, são comercializados pastéis produzidos por pessoas que sofrem de transtornos mentais e ex-usuários de drogas, com o intuito de reinserí-los na sociedade", conta o diretor de Empreendedorismo, Trabalho e Renda da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Nilson Tadashi.
Foram selecionados 17 empreendimentos para a incubadora de diferentes setores: artesanato, costura, teatro, metalurgia, horta e catadores de reciclados. De janeiro a março, porém, serão atendidas apenas seis empresas para que a metodologia seja desenvolvida. A partir de abril, todas terão atendimento. A SBCSol tem capacidade para 20 empreendedores. Nesta primeira fase, o apoio terá dois anos.
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