quinta-feira, 30 de maio de 2013

Debate aponta ações necessárias para enfrentar riscos
           
Tiago Silva/DGABC
Os riscos ambientais que envolvem as sete cidades da região foram pauta de oficina técnica realizada ontem pelo Consórcio Intermunicipal. A partir das discussões, foram apontados gargalos que deverão ser discutidos a médio e longo prazo pela entidade, como problemas de moradia de risco, impactos das chuvas e deslizamentos para a mobilidade urbana, além da necessidade de estruturar políticas regionais de gestão de risco.
Na área da habitação, o grupo moderado pela secretária de São Bernardo, Tássia Regino, destacou temas que devem ser discutidos a médio prazo sob o âmbito das políticas de infraestrutura das cidades. Entre os destaques estão a necessidade de propor ação integrada para a eliminação imediata de áreas de riscos 3 e 4 (os mais altos) na região.
Segundo ela, é necessário quantificar os espaços de alto risco nos municípios e construir proposta integrada para solicitar auxílio ao governo estadual para remoções das famílias, liberação de auxílio-moradia, construção de casas e reassentamento desses moradores.
Pelo eixo da mobilidade, foram elencados dois principais problemas que afetam a região: o alagamento da linha ferroviária e o transbordamento do Ribeirão dos Couros, no km 13 da Via Anchieta, em São Bernardo. O moderador do grupo, o pesquisador do IG (Instituto Geológico) Paulo Cesar Fernandes destaca a criação de um porto seco em São Caetano e obras de de modernização ferroviária.
Além disso, há necessidade de estudar melhor o sistema de bacias de retenção, segundo os técnicos que participaram do grupo. “A ideia é não ficar apenas nos piscinões e criar sistemas abaixo das vias existentes com possibilidade de reúso da água”, explica Fernandes.
Já o grupo liderado pelo pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo) Eduardo Soares de Macedo discutiu a possibilidade de estabelecer plataforma regional para discutir os riscos de forma interdisciplinar. Há intenção de melhorar a fiscalização, incluir os riscos da poluição entre os temas debatidos, trabalhar mudanças climáticas e evoluir em relação à lei 12.608, sobre informações públicas.

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