sábado, 31 de maio de 2014


Diretor da ONU quer Brasil em mais missões internacionais de paz



As Nações Unidas precisam do Brasil em mais missões internacionais de paz em outros países. A afirmação é do subsecretário-geral de Operações de Paz da ONU, Edmond Mulet, em entrevista exclusiva à BBC Brasil no Rio de Janeiro durante as comemorações dos dez anos da Minustah, missão de paz no Haiti liderada pelas forças brasileiras.

Nascido na Guatemala, o diplomata participou do seminário "Minustah e o Brasil: Dez anos pela paz no Haiti", na Escola de Guerra Naval da Marinha, na Urca. Para ele, que já atuou duas vezes como chefe da Minustah, o trabalho dos militares brasileiros é "excepcional e admirável".

O Brasil já participou de várias missões de paz ao longo dos anos, seja com observadores militares ou de outras maneiras, mas enviou tropas a apenas quatro: a missão de Suez, em 1956, do Timor Leste, em 1999, e atualmente a Unifil, no Líbano, e a Minustah, no Haiti.

Para Mulet, é imprescindível que esta participação continue e se expanda. Prova desta confiança foi a indicação do general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, que esteve à frente das tropas no Haiti, para chefiar a Monusco, missão da ONU na República Democrática do Congo.

Na entrevista, o diplomata, baseado em Nova York, que supervisiona 16 missões de paz da ONU ao redor do mundo falou sobre o trabalho de Santos Cruz, que completa um ano na África, e comentou ainda uma potencial expansão da atuação brasileira no Líbano e a inédita permissão do uso da força aos "capacetes azuis" atuando no Congo.

Confira os principais trechos:

BBC Brasil - O Brasil já participou de várias missões internacionais de paz nas últimas décadas e enviou tropas em quatro ocasiões. Agora que a Minustah completa dez anos, como o senhor avalia esta participação?

Edmond Mulet - Eu posso dizer, com toda certeza, que as tropas brasileiras atuam com profissionalismo, qualidade, e com um nível de comprometimento excepcional e admirável. Tendo servido duas vezes como chefe da missão no Haiti, fui testemunha deste trabalho, e posso dizer que a atuação deles faz uma grande diferença.

E sabendo que eventualmente a Minustah vai começar a ser reduzida e um dia será encerrada, a ONU está tentando motivar o Brasil a olhar além do Haiti, e analisar outras possibilidades em outras partes do mundo.

Em nome do Departamento de Operações de Missões de Paz, posso dizer que as Nações Unidas precisam do Brasil. Eu espero que os líderes políticos e militares do Brasil levem em consideração esta atuação além do Haiti, para que contribuam levando a paz e a estabilidade a outros lugares.

BBC Brasil - O que ainda é necessário fazer no Haiti antes que a Minustah possa ser encerrada e a ONU deixe o país?

Mulet - A ONU sempre terá uma presença no Haiti. Não necessariamente com uma missão de paz, com componentes militares e policiais, mas os programas de desenvolvimento e ajuda internacional continuarão lá, com certeza.

É preciso lembrar que uma missão de paz deveria ter curta duração e que os objetivos são atuar em situações de instabilidade e insegurança. E podemos dizer que no Haiti estas metas foram alcançadas. A capacidade da polícia nacional haitiana é excelente e dentro de dois anos eles devem atingir o número de 15 mil homens.

Sobre o que está pendente, acho que os haitianos precisam começar, sozinhos, a lidar com assuntos como o cumprimento da lei, do Estado de Direito, e o combate à impunidade. É necessário investir em infraestrutura, em desenvolvimento.

O Estado precisa ser reestruturado, as instituições ainda são muito frágeis. É necessário instaurar sistemas de registro civil, registro de propriedades de terra. É preciso convidar investidores internacionais a analisarem oportunidades para gerar renda e empregos.

O país tem um potencial de turismo enorme, com praias lindas e 1.700 quilômetros de costa, a uma hora apenas de distância dos Estados Unidos.

BBC Brasil - Em termos de moradia e segurança, dois assuntos cruciais, já que o terremoto deixou muitos sem casa e vitimou grande parte das forças policiais, o senhor acha que o país realmente já está em condições de caminhar sem a ajuda da ONU?

Mulet - Se você comparar os níveis de violência, em termos de sequestros, homicídios e outros crimes, com outros países do Caribe e América Central, o Haiti é provavelmente neste momento uma das nações mais seguras da região. Acho que os níveis de segurança e estabilidade no Haiti são aceitáveis agora.

BBC Brasil - O Brasil avalia enviar tropas terrestres à Unifil, missão de paz que monitora a costa do Líbano desde 1978, e onde o país mantém uma fragata com mais de 200 marinheiros e fuzileiros navais desde 2011. Houve algum avanço nas negociações?

Mulet - O Brasil tem contribuído com sua embarcação e um almirante brasileiro é o chefe do componente marítimo da Unifil. Eles têm feito um ótimo trabalho e espero que continuem. Quanto às tropas terrestres, há países como a Espanha, que estão reconfigurando seus contingentes na missão.

Eles buscam reduzir o número de homens presentes no Líbano, mas convidando países latino-americanos a enviarem tropas para atuarem dentro de seus batalhões. Ainda não há confirmação oficial de que o Brasil vá enviar tropas terrestres nem de que tenha aceito qualquer convite da Espanha para ter soldados "embedados" nos batalhões espanhóis.

BBC Brasil - Os países emergentes tendem a ter um papel cada vez mais forte em missões de paz da ONU?

Mulet - Sem dúvida. Países como Camboja, Mongólia e Vietnã, que nunca haviam participado de missões de paz, enviaram recentemente seus primeiros observadores militares. Muitas nações da Ásia Central e da Europa Oriental também começam a participar.

Mas também é preciso dizer que os países da Otan, que estiveram no Oriente Médio nos últimos anos, começam a fazer a transição de poder no Afeganistão e com isso poderão voltar a contribuir com as missões de paz da ONU, não só necessariamente com tropas, mas com expertise e equipamentos.

A Holanda, por exemplo, contribuiu com quatro helicópteros de ataque, uma unidade de inteligência e forças especiais para nossa missão no Mali. A Alemanha e os países nórdicos, como Islândia, Dinamarca e Suécia estão contribuindo com aeronaves, e nossa mais nova missão, que será estabelecida no dia 15 de setembro, na República Centro-Africana, também contará com contribuições de muitos países europeus, alguns com tropas.

BBC Brasil - O trabalho dos "capacetes azuis", como são conhecidos os soldados das missões de paz da ONU, sempre foi marcado pela contenção, mas no Congo, pela primeira vez, uma missão da ONU conta com uma brigada de intervenção, com autorização para o combate direto. Como isto pode afetar a visão do mundo sobre as missões de paz?

Mulet - Esta foi uma decisão tomada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, e temos que enxergá-la como parte de um esforço político maior na região. Eu não creio que este seja um modelo a ser replicado em outros países, em outros contextos.

Os 11 países que assinaram o acordo para a atuação da missão de paz na região dos Grandes Lagos aceitaram esta proposta, que na verdade foi sugerida por eles. Esta possibilidade do uso da força é uma ferramenta, um instrumento, para se atingirem os objetivos políticos mais abrangentes da região.

Cada missão de paz é completamente diferente e temos que nos adaptar com flexibilidade aos desafios e riscos de cada lugar onde atuamos.

sexta-feira, 30 de maio de 2014


           ETADÂO               
Divulgação
Após ser acusado por vereadores de facilitar a votação do projeto que acaba com o rodízio de veículos em São Paulo, o presidente da Câmara, José Américo (PT), anunciou nesta quinta-feira, 29, que não vai mais permitir a votação simbólica de "propostas que julgar polêmicas". "Eu vou pedir votação nominal. Não vou mais deixar isso (aprovação sem discussão) acontecer."
Ele disse também que qualquer líder das 14 bancadas da Casa poderia ter pedido votação nominal durante a leitura da proposta, que durou cerca de 50 segundos. Américo sinalizou que, a partir de agora, somente projetos com nomes de ruas ou homenagens poderão passar por votações simbólicas, sem discussão.
O vídeo da TV Câmara mostra o momento exato da votação do projeto e revela que apenas os vereadores Arselino Tatto (PT) e Floriano Pesaro (PSDB) registraram votos de suas bancadas contrários à proposta. Pesaro ainda alertou no microfone que era "o projeto que acaba com o rodízio". Mas nenhum dos 53 parlamentares presentes no plenário pediu votação nominal, o que poderia ter barrado o fim da restrição.
No momento em que o vereador Toninho Vespoli (PSOL) ia ao microfone para pedir a verificação nominal da votação, o presidente se apressou em proclamar o resultado final da proposta, como mostra o vídeo. Ao final, vereadores influentes na Casa, como Police Neto (PDS) e Goulart (PSD), avaliaram que o presidente não poderia ter deixado a votação ocorrer sem alertar os demais líderes.
"Qualquer líder poderia ter feito o pedido", argumentou ontem Américo. Parlamentares também foram ontem ao plenário reclamar que o projeto, de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB), foi incluído na pauta de última hora, sem acordo. Mas não é isso o que os registros da Secretaria- Geral do Legislativo, obtidos pelo Estado, mostram.
O projeto de restrição ao rodízio voltou a tramitar na Casa no dia 17 de dezembro e foi incluído na pauta pela primeira vez em 9 de abril. O texto se repetiu na lista de projetos das pautas de 12 sessões. "Eu sempre presto atenção em todos os projetos da lista, mas, dessa vez, não vi o projeto, ele foi incluído no mesmo dia na pauta", afirmou Ricardo Nunes, do PMDB. "O líder de governo foi complacente, o governo fez isso para agradar o PTB. O Tatto fez isso para agradar o Amadeu, ficar na boa com um partido de sustentação (do governo)", discursou Pesaro.
Bastidores.
Mas a aprovação do projeto que acabou com o rodízio abriu uma crise na base de sustentação do prefeito Fernando Haddad (PT) e travou a tramitação do Plano Diretor. Na avaliação de líderes ouvidos pela reportagem, o presidente Américo facilitou a votação do projeto na tentativa de atingir o líder de governo, Arselino Tatto (PT), responsável pelos acordos da Casa e postulante à presidência para 2015-2016.
Logo após a votação, vereadores da base foram cobrar Tatto sobre a inclusão da proposta no acordo para a votação simbólica. O vereador petista negou ter feito qualquer acordo com Amadeu. Outro objetivo de Américo seria agradar Amadeu, vereador ligado ao deputado estadual Campos Machado (PTB) e que hoje articula a candidatura do vereador Milton Leite (DEM) para presidente da Câmara. Haddad afirmou ontem que vai vetar o projeto. "Não entendi. Ninguém falou comigo. Eu vou vetar, claro", disse.

quinta-feira, 29 de maio de 2014


Jovem fora da escola é homem, negro, pobre e mora no campo

Mais de 3,8 milhões de brasileiros entre 4 e 17 anos estão fora da escola. Esse jovem é, em sua maioria, homem negro com renda domiciliar de até ½ salário mínimo per capita e mora na zona rural. Seus pais não têm instrução ou não completaram o ensino fundamental.
As informações foram obtidas nos microdados do Censo Demográfico de 2010 e compiladas no estudo "O enfrentamento da Exclusão Escolar no Brasil", da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, apresentado nessa segunda-feira (27) no 6° Fórum Nacional Extraordinário da Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação).
"Os mais excluídos da escola são aqueles historicamente excluídos de toda a sociedade. Não será só a educação quem vai dar conta dessa questão, precisa-se de políticas articuladas de diferentes esferas para dar conta desse problema", afirma a representante da Unicef no Brasil Júlia Ribeiro.
Fora da escola: perfil
  • 51,7% é homem
    entre as crianças fora da escola com idades entre 4 e 5 anos
  • 50,7% é homem
    entre os jovens fora da escola com idades entre 15 e 17 anos
  • 55,4% é negro
    entre as crianças fora da escola com idades entre 4 e 5 anos
  • 61,2% é negro
    entre os jovens fora da escola com idades entre 15 e 17 anos
  • 65,5% tem renda per capita domiciliar inferior a meio salário mínimo
    entre as crianças fora da escola com idades entre 4 e 5 anos
  • 52,9% tem renda per capita domiciliar inferior a meio salário mínimo
    entre os jovens fora da escola com idades entre 15 e 17 anos
  • 77,8% tem pais sem instrução ou com fundamental incompleto
    entre as crianças fora da escola com idades entre 4 e 5 anos
  • 64,3% tem pais sem instrução ou com fundamental incompleto
    entre os jovens fora da escola com idades entre 15 e 17 anos
Fonte: Unicef e Campanha Nacional pelo Direito à Educação

Júlia afirma que as soluções são diversas conforme as barreiras identificadas em cada caso, que podem ser o transporte escolar, a falta de vagas, a repetência, entre outras. Ela destaca ainda a necessidade de políticas específicas voltadas a crianças de área rural, deficientes, indígenas e quilombolas.

Ensino infantil e médio são principais desafios

A faixa etária entre 4 e 5 anos é a com mais baixa frequência à escola (80,1%). Nessa fase, o desafio ainda é de universalização do ensino. Os municípios têm até 2016 para colocar toda criança nessa idade dentro do sistema escolar.
Alvo de políticas específicas há mais tempo, as faixas entre 6 e 10 anos e entre 11 e 14 anos têm os maiores índices de frequência escolar, 97,2% e 96,1% respectivamente.
Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, há 1,7 milhão de jovens fora da escola. A faixa, que deveria equivaler ao ensino médio, tem frequência escolar de 83,3%.
Crianças fora da escola
  • 1.154.572
    das crianças têm entre 4 e 5 anos
  • 439.578
    têm de 6 a 10 anos
  • 526.727
    têm de 11 a 14 anos

  • têm de 15 a 17 anos
Fonte: IBGE

O Censo mostra que, nessa idade, há uma pressão do mercado de trabalho sobre os estudantes que pode tirá-los da escola. Em 2010, 30,2% dos jovens dessa faixa etária tinham uma ocupação.
Os dados sobre os jovens dessa idade fora da sala de aula mostram também que há uma predominância do abandono escolar entre os mais pobres: 21,1% dos adolescentes de famílias com renda per capita abaixo de ¼ de salário mínimo estavam fora da escola em 2010.
"Se você vai trabalhar com adolescentes, vai perceber que há uma questão que são os jovens que trabalham. E de que forma a escola acolhe esse adolescente que trabalha? De que forma o currículo dela considera a realidade deste aluno? Muitas vezes a escola planeja um trabalho que não é para esse aluno real", critica.

 

 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Dilma enaltece papel do governo na saúde bucal

ESTADÂO
 

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirmou no início da noite desta quarta-feira, 28, que a decisão do Executivo federal de transformar saúde bucal em uma política de saúde pública "foi uma grande conquista do governo do ex-presidente Lula e do meu governo". A afirmação foi feita durante cerimônia de inauguração do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) da cidade de São Bernardo do Campo (SP). O local possui consultórios e laboratório de próteses dentárias.

A cerimônia faz parte das comemorações dos 10 anos do Brasil Sorridente, programa criado pelo governo federal em 2004. Além do centro da cidade paulista, hoje também foram inaugurados mais quatro CEOs: Lucrécia (RN), Macaé (RJ), Rubiataba (GO) e Terra Santa (PA). Segundo o governo, com essas inaugurações, serão 1.013 centros em todo o País, beneficiando 80 milhões de brasileiros em mais de 800 municípios.

De acordo com a presidente, desde 2004 o governo iniciou o processo de integrar o atendimento à saúde bucal no Sistema Único de Saúde (SUS). "Antes disso poucas pessoas tinham acesso à ação dos dentistas, ao tratamento dentário." Dilma ponderou que o SUS já tem 25 anos e que o programa Brasil Sorridente tem "apenas 10". "Tem 15 anos sem saúde bucal na história passada. Nós estamos correndo atrás daquilo que não fizeram e fazendo nossa parte. Herdamos esse passivo e esse passivo era feio", afirmou.

Dilma disse ainda que, em 2003, cerca de 13% dos adolescentes nunca tinham ido a um dentista e 45% dos brasileiros não utilizavam a escova de dentes de forma regular. "Um quinto da nossa população já tinha perdido os dentes. Esse é o quadro que o Brasil Sorridente começa a modificar lá em 2004. E durante os 10 anos temos dado provas de que temos o compromisso de modificar esse quadro", reforçou.

Segundo Dilma, somente no ano passado, foram realizados 16 milhões de procedimentos odontológicos especializados por meio do programa. "Isso é três vezes mais do que (era realizado) antes da implantação do Brasil sorridente", disse. Mais tarde, na capital paulista, a presidente Dilma participará de jantar oferecido pela comunidade judaica.

Homenagem.

O centro odontológico inaugurado pela presidente Dilma nesta quarta recebeu o nome de Cynthia Magaly Moutinho de Souza, em homenagem a dentista que foi assassinada em abril de 2013 de forma brutal. Após invadir o seu consultório, o grupo de assassinos jogou álcool no corpo da vítima e começou a pressioná-la. Após saber que Cynthia só teria R$ 20 na conta bancária, um dos jovens ateou fogo na dentista, que morreu no local. Segundo Dilma, a homenagem se deu "não só pelo fato de (Cynthia) ser uma grande dentista, mas por ter sido uma cidadã brasileira que buscava construir a paz."
 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Ex -ministro de Dilma diz que PSDB ofereceu R$ 20 mi por apoio do PMDB em MG

do UOL  


 
O presidente do Diretório Estadual do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana disse nesta segunda-feira (26) que vai avaliar se processa judicialmente o deputado federal Antônio Andrade (PMDB-MG), ex-ministro dos Transportes do governo Dilma Roussef, e pré-candidato a vice governador na chapa encabeçada pelo ex-ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel (PT).
Hoje pela manhã, Andrade afirmou que o PSDB mineiro, por meio de Pestana, teria lhe oferecido R$ 20 milhões para os peemedebistas usarem nas campanhas proporcionais no Estado, caso os dois partidos fizessem coligação em Minas Gerais.
Segundo Andrade, a proposta teria sido feita em reunião em que lhe foi oferecida a vaga ao Senado na chapa encabeçada pelo tucano Pimenta da Veiga.
A oferta, ainda de acordo com o ex-ministro, seria uma tentativa de isolar o PT na disputa pelo governo estadual. O presidente do PMDB fez as afirmações durante reunião da executiva do partido. Logo após, em entrevista para a imprensa, Andrade confirmou as acusações.
Ainda segundo o ex-ministro, tucanos teriam chegado a esse valor após ele dizer que "estava preocupado" para conseguir dinheiro para a campanha de deputados da legenda em Minas Gerais.
"Eles disseram que isso não seria problema nenhum. Nós conseguimos os R$ 20 milhões para a ajudar a bancada e os pré-candidatos para deputado federal e estadual", afirmou Andrade durante a entrevista.

Retratação pública

O presidente estadual do PSDB, além de afirmar que estuda processar o deputado peemedebista, caso ele não se retrate publicamente, negou qualquer encontro com o ex-ministro. "A declaração é uma mistura de irresponsabilidade, delírio e leviandade. Nosso padrão ético é diferente e ele (Andrade) que não venha nos medir com a régua e compasso de suas medidas, que não são a nossa", disse Pestana.
Segundo o tucano, "nunca houve reunião minha ou da cúpula do PSDB com Andrade. Nós nos reunimos, numa evento público e com  a presença da imprensa, quando quem estava à frente da legenda (PMDB mineiro) era o Saraiva Felipe (deputado federal por Minas Gerais pelo PMDB e ex-ministro de Lula).
A reunião desta segunda-feira na sede do PMDB foi para tratar da chapa para disputar o governo de Minas. Nas últimas semanas dois atos de integrantes da legenda foram feitos na tentativa de forçar o comando peemedebistas no estado a lançar candidatura própria.
Antônio Andrade já fez declarações públicas confirmando a dobradinha com o PT, repetindo o que já ocorre na esfera federal.

domingo, 25 de maio de 2014

As cinco estratégias favoritas dos ricos para sonegar,A multa de mais de US$ 2,5 bilhões imposta ao banco Credit Suisse, acusado de ajudar milionários americanos a sonegar impostos, evidenciou uma trama complexa que envolvia advogados, banqueiros, contadores e contas secretas.

Eempresários, esportistas, artistas endinheirados e funcionários do mercado financeiro estão entre as pessoas que pertencem a uma "elite" frequentemente acusada de não cumprir suas obrigações com o Fisco de seus respectivos países.

Estima-se que a evasão fiscal movimente um montante cinco vezes maior que a economia global, com impactos sobre a desigualdade social.

Um relatório calcula que as 91 mil pessoas mais ricas do planeta controlem um terço da riqueza mundial (e respondam pela metade dos depósitos em paraísos fiscais). Um total de 8,4 milhões de pessoas (0,14% da população mundial) concentra 51% da riqueza.

A evasão fiscal ajuda a aprofundar esse abismo.

Conheça as cinco formas comumente escolhidas por milionários para pagar menos:

1 - Subdeclarar impostos

O primeiro passo costuma ser declarar menos rendimentos do que os realmente obtidos.

Patrick Stevens, diretor de política fiscal do Chartered Institute of Taxation, órgão britânico que prepara funcionários da Receita do país, diz que isso ocorre em duas etapas.

"De um lado, a pessoa declara menos do que ganha. De outro, esconde a diferença, para que não seja encontrada pelo Fisco", disse à BBC Mundo.

E isso depende de uma rede profissional que, segundo críticos como James Henry, da Universidade de Colúmbia, virou parte estrutural do atual sistema financeiro.

"É uma indústria dedicada à evasão fiscal e à potencialização de ganhos financeiros", acusa.

2 - Registrar empresas em paraísos fiscais

No estudo The Price of Offshore Revisited (O preço dos paraísos fiscais, em tradução livre), James Henry calcula que haja ao menos US$ 21 trilhões nos chamados paraísos fiscais, soma próxima aos PIBs de Estados Unidos e Japão (a primeira e a terceira economias globais).

Um dos paraísos favoritos são as Ilhas Cayman, que têm 85 mil empresas registradas - mais do que o total de habitantes.

As Bahamas, por sua vez, têm 330 mil habitantes e 113 mil empresas - uma para cada três pessoas.

Nessas ilhas, poucas perguntas são feitas para quem quer abrir empresas.

"Um milionário dos Estados Unidos monta o que chamamos de empresa fantasma em um paraíso fiscal e a usa para fazer transações com preços falsos para transmitir dinheiro para lá, onde não pagará impostos", diz Henry.

O presidente americano, Barack Obama, costuma citar em seus discursos o caso do edifício Ugland, sede de 18 mil empresas nas Ilhas Cayman.

E Obama nem precisava ir tão longe. O Estado de Delaware, no nordeste dos Estados Unidos, tem 917 mil habitantes e 945 mil companhias registradas.

O mecanismo se tornou um clássico da evasão. O site de análise financeira em espanhol Fútbol Finanzas publicou recentemente uma lista de jogadores que usaram técnicas parecidas nos últimos 20 anos.

Desde o craque argentino Lionel Messi até lendas do esporte, como o brasileiro Roberto Carlos, o português Luis Figo e o búlgaro Hristo Stoichkov estavam na lista.

3 - Usar "laranjas"

Uma maneira de esconder rastros é nomear um "laranja" que atue como proprietário do ativo ou da empresa.

"Se pode nomear um testa de ferro por razões legítimas, por exemplo, para não atrair publicidade sobre o investimento em questão, no caso de uma pessoa pública. Desde que as autoridades sejam informadas, não há 'evasão'. O problema começa quando não se informa, porque o que se está fazendo é pagar impostos por uma massa menor de dinheiro", afirma Stevens.

Não é necessário para esse propósito que a companhia e o "laranja" operem em um paraíso fiscal. Ambos podem atuar no mesmo país onde o multimilionário em questão paga seus impostos.

Uma variante dessa situação é o Trust, um antigo instrumento legal inglês no qual o dono de um bem cede seu controle para uma pessoa que o administra em benefício de um terceiro.

"Os beneficiários dessa cessão podem se multiplicar ao infinito. Pode ser a mulher, os filhos, tios, primos, etc. Pelas regras de pagamento de impostos nos Estados Unidos, esses representantes podem enviar do exterior parte desse dinheiro sem pagar impostos", disse Henry.

Isso facilita o movimento de grandes massas de dinheiro - seja usando uma complexa rede de Trust, empresas fantasmas ou "laranjas", o principal objetivo do sonegador é um só: apagar seu rastro.

4 - Estabelecer residência em outro país

Os países com baixos impostos são os favoritos de músicos, artistas e esportistas. Nos anos 1970, Mick Jagger se mudou para a França e depois para os Estados Unidos para fugir dos impostos de seu país natal.

Em dezembro de 2012 o ator francês Gerard Depardieu renunciou à sua cidadania francesa em protesto contra os altos impostos propostos pelo governo de Francois Hollande. Ele se mudou para a Bélgica e obteve um passaporte russo, onde há um imposto único de 13%.

"Uma pessoa pode escolher o país que queira para viver. É seu direito se mudar para um país para pagar menos impostos. O que é ilegal é dizer que vive em um país para pagar menos impostos quando na realidade vive em outro com uma carga de impostos mais alta, disse Stevens.

Foi o que aconteceu com o tenista alemão Boris Becker. Ele declarou a autoridades alemãs que viveu em Mônaco entre 1991 e 1993, quando realmente estava em Munique. Ele acabou tendo que pagar uma dívida de US$ 3 milhões.

5 - Aproveitar brechas legais

A rede de assessores e especialistas que rodeiam os milionários é especialista em encontrar brechas legas dos sistemas de impostos.

Em muitos casos não se trata de evasão fiscal, mas de supressão fiscal, um mecanismo perfeitamente legal: todos temos direito de pagar menos impostos, desde que o façamos dentro da lei.

As isenções de impostos que os governos colocam em prática para estimular a economia e as doações a organizações de caridade frequentemente oferecem grande oportunidades.

Neste mês, um juiz britânico considerou que o cantor Gary Barlow, dono de fortuna estimada em US$ 80 milhões, havia investido em 51 sociedades financeiras criadas exclusivamente para pagar menos impostos.

Organizações de caridade também costumam servir para evasão fiscal. "Nos Estados Unidos, houve um boom de fundações privadas que permitem deduções de impostos. Alguém sabe o que elas fazem? Ninguém as audita", argumenta Henry.

O futuro

Os problemas fiscais enfrentados por todos os países desenvolvidos e a fragilidade do sistema financeiro internacional têm colocado a evasão fiscal na mira do público e no centro de um debate global.

A multa ao Credit Suisse foi apresentada como um grande trunfo do Fisco americano e como um suposto fim da era de segredo bancário na Suíça - um dos pilares desse sistema.

Mas, para Henry, o acordo é na verdade um grande trunfo para o banco.

"O Credit Suisse não foi obrigado a revelar o nome de nenhum dos sonegadores. O segredo bancário permaneceu. Ninguém da atual diretoria teve de renunciar, e eles não perderam a licença para operar nos Estados Unidos. Seu valor em bolsa subiu. O negócio segue intacto." FONTE BBC BRASIL


Dilma envia proposta ao Congresso de participação popular na reforma política

do UOL 

   FONTE  Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff anunciou hoje (24), em Brasília, que encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de participação popular no processo de reforma política. "Encaminhei ao Congresso uma proposta de participação popular para que todos possam participar do processo de reforma política. Estou convencida que sem a força da participação popular não teremos a reforma política que o Brasil exige e necessita", disse a presidente em discurso no 17º Congresso da UJS (União da Juventude Socialista).
Ela ressaltou a importância da educação no processo de desenvolvimento do país e fez questão de mencionar vários programas do governo na área, como o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), além de citar os números do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), divulgados na manhã deste sábado, quando foram registrados 9,5 milhões de inscritos.
Dilma participou do ato "Amar e mudar as coisas para o Brasil avançar", uma das atividades do congresso da UJS.
A presidente também falou sobre a Copa do Mundo, que tem início no dia 12 de junho, e reafirmou que o Brasil fará a Copa das Copas. "Tenho certeza que o país fará a Copa das Copas. Tenho certeza da nossa capacidade e do que fizemos. Não temos do que nos envergonhar e não temos complexo de vira-lata. Sei que vocês estão engajados na defesa da nossa Copa. Vamos mostrar a melhor Copa de todos os tempos".
O congresso da UJS teve início na última quinta-feira (22) e reúne cerca de 2,5 mil jovens. Em sua abertura, a UJS cobrou a revisão da Lei de Anistia, com punição aos torturadores, e prestou homenagem às vítimas da Guerrilha do Araguaia, ocorrida entre o fim dos anos 1960 e início dos anos 1970, no sul do Pará e norte de Goiás (hoje Tocantins), na região conhecida como Bico do Papagaio.
Ampliar

A Novela da Reforma Política20 fotos

6 / 20
A reeleição é outro tema da reforma política. Ainda no primeiro ano de gestão como vice-presidente de FHC, Marco Maciel (PFL-PE) afirmou que a Constituição não previa a reeleição. Já Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo, se mostrou favorável à reforma feita de forma ampla Leia mais Arte/UOL

sábado, 24 de maio de 2014

A razão da má escola não é a falta de tempo", diz professor da USP

 
  • Vitor Paro é professor titular da Faculdade de Educação da USP Vitor Paro é professor titular da Faculdade de Educação da USP
"Você pode fazer duas horas [de aula] por dia e ter uma educação excelente ou oito horas e ter uma educação porcaria", essa é a opinião de  Vitor Paro, professor titular da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo). Ele se refere à animação (por vezes exagerada e ingênua) em relação à educação integral como caminho para melhorar a qualidade do ensino público.
Logo em seguida, Paro explica que não é contra aumentar o tempo de aula, mas acredita que esse é apenas um dos requisitos para uma educação de qualidade. O pesquisador é um dos autores do livro "Escola de Tempo Integral - Desafio para o Ensino Público", que pode ser baixado gratuitamente na internet.
"A razão da má escola não é a falta de tempo. A escola que está ai não é ruim porque tem pouco tempo, ela é ruim porque tem um método ultrapassado e não existe a preocupação de educar. Só existe a preocupação de passar de ano. A nossa escola não é ruim hoje, ela sempre foi ruim", afirma o professor.

Mais horas na escola

O professor e pesquisador da USP chama a atenção: antes de estender o período dos alunos na escola é preciso pensar na qualidade das atividades. Caso contrário, existe o risco de multiplicar a precariedade por dois -- principalmente na escola pública. Ele aponta que ainda existe uma confusão entre o papel social e o educacional da escola em tempo integral. Muitas vezes o foco está em tirar o aluno da rua em vez de se priorizar a qualidade do ensino, como se fosse suficiente atingir o primeiro.
Para explicar, ele compara o processo de aprendizagem de crianças ricas e de pobres: "As crianças ricas já têm educação de tempo integral, mas não é que a criança tem que ir para a escola e ficar confinada. De manhã, ela tem aula e no outro período ela vai na academia, no futebol, aprende piano, aprende língua, ela tem propriedade de aprender o dia inteiro", diz.
E ele aponta ainda a importância do ambiente cultural, que é diferente conforme o poder de compra: "Eles [os estudantes de famílias mais ricas] têm acesso a teatros, bibliotecas, ideias mais avançadas. Não é isso que oferecem para as pobres [na escola pública], o que você propõe é que o mesmo que ele faz de manhã ele faça a tarde".
Ainda assim, o professor acredita que os alunos mais carentes acabam tendo uma melhora, pois o tempo adicional também é usado para revisões e brincadeiras, que, segundo ele, são importantes no processo de aprendizagem.
O educador fará uma palestra sobre o tema na tarde desta quinta-feira (22) na 21ª Educar/Educador, feira e congresso de educação, que acontece até o dia 24 de maio, na cidade de São Paulo.

O que é educação integral

Numa escola de tempo integral, o aluno teria sete horas de atividades. E a intenção é que as crianças e os adolescentes possam desenvolver outras habilidades e competências nas horas a mais. O foco estaria não apenas em reforço escolar, mas no desenvolvimento de projetos de esporte, comunicação e artes, sustentabilidade e educação ambiental.

sexta-feira, 23 de maio de 2014


Brasil atinge meta da ONU e reduz mortalidade infantil

FONTE ESTADÂO


Brasília - O Brasil atingiu a meta assumida no compromisso "Objetivos de Desenvolvimento do Milênio" de reduzir em dois terços os indicadores de mortalidade de crianças de até cinco anos. O índice, que era de 53,7 mortes por mil nascidos vivos em 1990, passou para 17,7 em 2011. Os números integram o 5º Relatório Nacional de Acompanhamento, divulgado nesta sexta-feira, 23, em Brasília pelo governo.

A meta foi atingida antes do prazo estipulado, 2015. A redução de morte materna, no entanto, não teve o mesmo sucesso. O documento admite que o Brasil dificilmente vai cumprir o compromisso de chegar em 2015 com no máximo 35 óbitos maternos a cada 100 mil nascimentos. Para isso, seria necessário praticamente reduzir pela metade os indicadores de 2011. Naquele ano, o número de mortes de mulheres durante a gravidez, o parto ou até 42 dias após o nascimento do bebê era de 63,9 por 100 mil nascimentos.

Embora ainda muito superior ao compromisso assumido, os índices de mortalidade materna no País já foram significativamente maiores. Em 1990, eram 143 por 100 mil nascimentos. O relatório argumenta ainda que o Brasil não é o único país a ter um desempenho nessa área abaixo do que se era esperado. Objetivos do Milênio são metas estabelecidas em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e apoiadas por 192 países.

Mortalidade na infância

O relatório preparado pelo governo mostra que a queda mais significativa registrada na mortalidade na infância ocorreu na faixa entre um e quatro anos de idade. Atualmente, o problema está concentrado sobretudo nos primeiros 27 dias de vida do bebê, o período neonatal. Embora o documento ressalte que o Brasil conseguiu cumprir a meta à frente de uma série de países, o texto admite que o nível de mortalidade até os cinco anos ainda é elevado. A desigualdade regional sofreu uma redução, no entanto, Norte e Nordeste ainda apresentam taxas superiores a 20 óbitos de crianças com menos de cinco anos por mil nascidos vivos. Na Região Sul, são 13 por mil nascidos vivos.
 
 



                      
Conta de luz pode ficar 50% mais barata com medidas simples

   
  FONTE Diário do Grande ABC
            
Tiago Silva/DGABC
O outono já está aí e, no mês que vem, temos que enfrentar o inverno. Nesta época do ano é comum ajustarmos a temperatura dos chuveiros, ligarmos os aquecedores e usarmos mais as máquinas de lavar e de secar. Esses detalhes são responsáveis por deixar sua conta 10% mais alta, em média, do que na primavera e no verão, conta o coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário da FEI Renato Giacomini. Mas o índice depende da região do País que estamos falando. No Rio de Janeiro, os gastos são maiores no verão, por conta do uso abundante do ar-condicionado. Esse índice é baseado nas regiões Sul e Sudeste.

Com tantos equipamentos ligados, em potências maiores, você sabe como ‘enxugar’ sua conta de luz? Bastam pequenos ajustes em casa para reduzir em até 50% os gastos, em média. A primeira providência é trocar as lâmpadas – a medida gera economia de até 80% no que se refere à iluminação de uma moradia com quatro integrantes. “As incandescentes sempre foram vistas como as gastonas de energia elétrica e com absoluta razão. Uma dessas lâmpadas de 60W, por exemplo, pode ser substituída por uma lâmpada compacta fluorescente de 15W. Uma economia e tanto”, exemplifica o executivo da Avant Gilberto Grosso, empresa fabricante de lâmpadas há 15 anos instalada no Brasil.

Outra opção são as lâmpadas de LED. Elas podem ser até 20 vezes mais caras que as comuns, mas duram até dez anos, além de trazerem economia.

Outro vilão desta estação são os chuveiros elétricos. A dica é trocar o elétrico pelo eletrônico (à venda a partir de R$ 89). A economia pode chegar a R$ 15 por mês. Se não for possível, é eficaz estipular um tempo para o banho entre os integrantes da família: no máximo, 15 minutos. Há também aparelhos a gás, no entanto, apesar de diminuir o custo total da conta de luz, exige investimento para instalação e necessita da compra do botijão. A longo prazo pode ser uma boa opção, dependendo da região do País.

Um dos eletrodomésticos que é preciso estar de olho é a geladeira, já que necessita ficar na tomada 24 horas todos os dias. A boa notícia é que durante o inverno esse equipamento não precisa de tanta força na refrigeração. É possível deixar o termostato no mínimo sem prejudicar a conservação dos alimentos. A economia mensal fica entre R$ 15 e R$ 20, acrescenta o executivo da Avant. “Um chuveiro elétrico é responsável por 25% do que o consumidor paga de conta de luz mensal, enquanto uma geladeira representa até 30% desse gasto em uma residência.”

Ainda de acordo com Grosso, deve-se evitar deixar aparelhos na tomada, como carregador de celular. O ideal é deixar esse item e outros aparelhos sem conexão com a rede elétrica quando não estiverem em uso e economizar até 30% na conta de luz.

O professor da FEI alerta ainda para o uso da máquina de lavar. “O ideal é acumular as roupas e ligar o equipamento uma ou duas vezes por semana, utilizando sua capacidade máxima.” Secadores e chapinhas, se não forem usados rapidamente (em dez minutos) também contribuem muito para que a conta de luz venha cada vez mais salgada.

SOMANDO - A AES Eletropaulo, concessionária que fornece energia elétrica para a Região Metropolitana, inclusive ao Grande ABC, disponibilizou um endereço (http://consumomaisinteligente.com.br/simulador/) onde é possível fazer uma simulação do que se gasta de energia em casa com base na rotina de cada pessoa. Na página também é possível visualizar onde estão os maiores gastos.

As medidas acima não servem apenas para residências, mas também comércios, empresas e condomínios. Segundo a concessionária, as dicas de economia ajudam a reduzir até 15% do consumo mensal desses estabelecimentos. Entre as medidas estão dar preferência às cores claras para paredes e tetos porque refletem melhor a luminosidade; instalar sensores de presença em corredores e áreas de menor circulação; manter portas e janelas fechadas enquanto estiver utilizando o ar-condicionado e chamar apenas um elevador por vez

quinta-feira, 22 de maio de 2014


Vai um gafanhoto frito? Conferência quer disseminar consumo de insetos

 

 

Conferência na Holanda quer disseminar uso de insetos na alimentação17 fotos

2 / 17
Arnold van Huis, professor de entomologia tropical da Universidade de Wageningen, na Holanda, experimenta prato frito feito de vegetais, larvas de bicho-da-farinha e gafanhotos Leia mais Reuters/Michael Kooren
Vai um gafanhoto frito? Esta é a pergunta feita pelo entomólogo Arnold Van Huis em uma conferência em Wageningen, na Holanda, na semana passada. O evento reúne especialistas para discutir o papel dos insetos na segurança alimentar mundial.
O entomólogo falou à revista Nature sobre o tema: "O hábito de comer insetos ainda tem a reputação de fazer parte da dieta apenas das pessoas muito pobres. Espero que possamos mudar essa percepção durante a conferência". Huis descobriu a entomologia viajando durante um período sabático, estudando aspectos culturais dos insetos em 24 países na África. Comeu grilos e gafanhotos saborosíssimos, mas também se decepcionou com o bolo "kungu", feito com moscas que aparecem, em certas fases da lua, nos lagos da África Oriental.
Mesmo entre os entomólogos, segundo Huis, o hábito de comer insetos foi tratado por muito tempo como uma peculiaridade de habitantes de regiões tropicais. "Não se considerava que nós também podemos criar esse hábito", afirma. Para difundir o gosto alimentar no Ocidente, o entomólogos precisam definir, por exemplo, qual a melhor maneira de criar os insetos para o consumo humano – geralmente, a criação é feita em depósitos de restos orgânicos.
O interesse pelo assunto está crescendo: o livro de Huis sobre o papel dos insetos na segurança alimentar, publicado no ano passado pela agência da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), já teve mais de 6 milhões de downloads. Outra de suas publicações, um livro de receitas, não fez tanto sucesso; mas Huis aposta que isso vai mudar, quando iguarias à base de insetos chegarem aos programas de TV e aos cardápios de chefs famosos. Alex Atala, aqui no Brasil, já serve formiga no badalado restaurante paulistano D.O.M..
Rubens Kato/Divulgação
Saúva do Amazonas servida sobre abacaxi no restaurante D.O.M., do chef Alex Atal

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Dia 30 de Maio –19 horas
Vamos todos para a plenária do orçamento participativo na EMEB Arlindo Miguel Teixeira
Com nossas reivindicações
Onde podemos votar três demandas para nossa região
   Regularização, com complementação de obras urbanização que cabe de responsabilidade da prefeitura para  Parque  Químicos , Parque  Ideal,1 parque Ideal 2  Jardim  Nova América ,e jardim no Horizonte e Jardim Ouro verde Uma UBES PSF
 
2º.    Execução de Obras para o Jardim serro Azul
3.    Projeto habitacional na região M para os Moradores da região considerando que as famílias já  está adaptados com as escolas ,UBS com os amigos
PARA CIDADE
1.    Reforma do pronto Socorro central



segunda-feira, 19 de maio de 2014

Oi,

Segundo a lista de junho/2006, existem 202 países, correspondendo a:
194 países independentes:
192 Estados membros das Nações Unidas
República da China (Formosa/Taiwan)
Cidade do Vaticano
8 países independentes de fato (Abecásia, Nagorno-Carabaque, Chipre do Norte, Palestina, Saara Ocidental, Somalilândia, Ossétia do Sul e Transnístria)

Confira abaixo:
Afeganistão
África do Sul
Albânia
Alemanha
Andorra
Angola
Antígua e Barbuda
Arábia Saudita
Argélia
Argentina
Arménia
Austrália
Áustria
Azerbaijão
Bahamas
Bangladesh
Barbados
Barém
Bélgica
Belize
Benim
Bielorrússia
Birmânia
Bolívia
Bósnia-Herzegovina
Botsuana
Brasil
Brunei
Bulgária
Burquina Faso
Burundi
Butão
Cabo Verde
Camarões
Camboja
Canadá
Catar
Cazaquistão
República Centro-Africana
Chade
República Checa
Chile
República Popular da China
República da China
Chipre
Chipre do Norte
Cingapura
Colômbia
Comores
República Democrática do Congo
República do Congo
Coreia do Norte
Coreia do Sul
Costa do Marfim
Costa Rica
Coveite
Croácia
Cuba
Dinamarca
Djibuti
Dominica
República Dominicana
Egipto
El Salvador
Emiratos Árabes Unidos
Equador
Eritreia
Eslováquia
Eslovénia
Espanha
Estados Unidos
Estónia
Etiópia
Fiji
Filipinas
Finlândia
França
Gabão
Gâmbia
Gana
Geórgia
Grã-Bretanha
Granada
Grécia
Guatemala
Guiana
Guiné
Guiné-Bissau
Guiné Equatorial
Haiti
Holanda
Honduras
Hong Kong
Hungria
Iémen
Índia
Indonésia
Irão
Iraque
Irlanda
Islândia
Israel
Itália
Jamaica
Japão
Jibuti
Jordânia
Kiribati
Kuwait
Laos
Lesoto
Letónia
Líbano
Libéria
Líbia
Liechtenstein
Lituânia
Luxemburgo
Macedónia
Madagáscar
Malásia
Malaui
Maldivas
Mali
Malta
Marrocos
Ilhas Marshall
Maurícias
Mauritânia
México
Mianmar
Micronésia
Moçambique
Moldávia
Mónaco
Mongólia
Montenegro
Namíbia
Nauru
Nepal
Nicarágua
Níger
Nigéria
Noruega
Nova Zelândia
Omão
Ossétia do Sul
Palau
Palestina
Panamá
Papua Nova Guiné
Paquistão
Paraguai
Peru
Polónia
Portugal
Qatar
Quénia
Quirguistão
Quiribati: ver Kiribati
Reino Unido
Roménia
Ruanda
Rússia
Ilhas Salomão
Samoa
Santa Lúcia
São Cristóvão e Nevis
São Marinho
São Tomé e Príncipe
São Vicente e Granadinas
Saara Ocidental
Senegal
Serra Leoa
Sérvia
Seicheles
Singapura
Síria
Somália
Somalilândia
Sri Lanca
Suazilândia
Sudão
Suécia
Suíça
Suriname
Tailândia
Taiwan
Tajiquistão
Tanzânia
Timor-Leste
Togo
Tonga
Transnístria
Trindade e Tobago
Tunísia
Turquemenistão
Turquia
Tuvalu
Ucrânia
Uganda
Uruguai
Uzbequistão
Vanuatu
Cidade do Vaticano
Venezuela
Vietname
Yémen
Zâmbia
Zimbabué 

 


domingo, 18 de maio de 2014


Surgimento do petróleo
Há inúmeras teorias sobre o surgimento do petróleo, porém, a mais aceita é que ele surgiu através de restos orgânicos de animais e vegetais depositados no fundo de lagos e mares sofrendo transformações químicas ao longo de milhares de anos. Substância inflamável possui estado físico oleoso e com densidade menor do que a água. Sua composição química é a combinação de moléculas de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos).
Uso e derivados 
Além de gerar a gasolina, que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a parafina, gás natural, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação.
Primeiro poço da história 
O primeiro poço de petróleo foi descoberto nos Estados Unidos – Pensilvânia – no ano de 1859. Ele foi encontrado em uma região de pequena profundidade (21m). Ao contrário das escavações de hoje, que ultrapassam os 6.000 metros. O maior produtor e consumidor mundial são os Estados Unidos; por esta razão, necessitam importar cada vez mais. 
Maiores países produtores de petróleo 
Os países que possuem maior número de poços de petróleo estão localizados no Oriente Médio, e, por sua vez, são os maiores exportadores mundiais. Os Estados Unidos da América, Rússia, Irã, Arábia Saudita, Venezuela, Kuwait, Líbia, Iraque, Nigéria e Canadá, Cazaquistão, China e Emirados Árabes Unidos são considerados os maiores produtores mundiais. 
Petróleo no Brasil 
No Brasil, a primeira sondagem foi realizada em São Paulo, entre 1892-1896, por Eugênio Ferreira de Camargo, quando ele fez a primeira perfuração na profundidade de 488 metros; contudo, o poço jorrou somente água sulfurosa. Foi somente no ano de 1939 que foi descoberto o óleo de Lobato na Bahia. 
A Petrobras foi criada, em 1954, com o objetivo de monopolizar a exploração do petróleo no Brasil. A partir daí muitos poços foram perfurados. Atualmente, a Petrobras está entre as maiores empresas petrolíferas do mundo. 
O petróleo é uma das principais commodities minerais produzidas pelo Brasil.
Tipos de petróleo:
- Petróleo Brent: petróleo produzido na região do Mar do Norte, provenientes dos sistemas de exploração petrolífera de Brent e Ninian. É o petróleo na sua forma bruta (crú) sem passar pelo sistema de refino.
- Petróleo Light: petróleo leve, sem impurezas, que já passou pelo sistema de refino.
- Petróleo Naftênico: petróleo com grande quantidade de hidrocarbonetos naftênicos.
- Petróleo Parafínico: petróleo com grande concentração de hidrocarbonetos parafínicos.
- Petróleo Aromático: com grande concentração de hidrocarbonetos aromáticos.
Petróleo e riscos ao meio ambiente
Por se tratar de um produto com alto risco de contaminação, o petróleo provoca graves danos ao meio ambiente quando entra em contato com as águas de oceanos e mares ou com a superfície do solo. Vários acidentes ambientais envolvendo vazamento de petróleo (seja de plataformas ou navios cargueiros) já ocorreram nas últimas décadas. Quando ocorre no oceano, as consequências ambientais são drásticas, pois afeta os ecossistemas litorâneos, provocando grande quantidade de mortes entre peixes e outros animais marítimos. Nem sempre as medidas de limpeza conseguem minimizar o problema. 
Você sabia?
- Ao sofrer decomposição no fundo dos oceanos sob alta temperatura e pressão, o fitoplâncton se transforma em petróleo. Porém, este processo pode durar muitos anos.
- No final do século XIX, com a invenção do automóvel com motor de combustão interna, o petróleo passou a ser uma das principais fontes de energia do mundo. 
- É comemorado em 29 de setembro o Dia do Petróleo.
 

A palavra “política” provém do grego “politéia”. Tal palavra era usada para se referir a tudo relacionado a polis (Cidade-estado) e à vida em coletividade. Portanto, podemos chegar a um ponto em comum ao afirmar que a política está relacionada diretamente com a vida em sociedade, no sentido de fazer com que cada indivíduo expresse suas diferenças e conflitos sem que isso seja transformado em um caos social.

Embora se afirme que gregos e romanos tenham criado a política, com destaque para a obra “Política” de Aristóteles, não podemos negar a existência de relações de poder e autoridade em civilizações anteriores. De fato, gregos e romanos desenvolveram as características de autoridade e poder no sentido político.

De certa forma, a política surgiu para garantir a estabilidade social. O agente máximo que garante essa estabilidade é o Estado. O poder político, exercido pelo mesmo, está diretamente relacionado ao direito de coerção e uso legítimo da força física. Assim, para garantir os interesses da sociedade em geral, o Estado pode, de forma única, utilizar a forma coercitiva. Em sua obra “O Príncipe”, Maquiavel afirmou que o que move a política é a luta pela conquista e pela manutenção do poder, além disso, segundo ele, os fins deveriam justificam os meios, isto é, para a finalidade da ordem, soberania e bem-estar social, o Estado poderia usar a força física de forma legítima.

A ciência política é uma área do pensamento destinada a estudar os modelos de organização e funcionamento estatal. No âmbito acadêmico, essa área do conhecimento se institucionalizou particularmente nos Estados Unidos, com desdobramentos para a Europa Ocidental. Após a crise das democracias representativas, a difusão da política como uma ciência ocorreu em vários países do Terceiro Mundo.
Absolutismo

Absolutismo

O sistema político que defende uma estrutura de poder centralizada.
Asilo Político

Asilo Político

Asilo Político, o que é Asilo Político, direito, estrangeiro, em quais...
Candidatos à presidência do Brasil: 2010

Candidatos à presidência do Brasil: 2010...

Informações sobre os candidatos ao cargo político mais importante do Brasil....
Cleptocracia

Cleptocracia

Cleptocracia, o que é cleptocracia, governo, política, corrupção, ladrões, características da...
Como é eleito o Presidente dos EUA

Como é eleito o Presidente dos...

Como é eleito o Presidente dos EUA, como funciona a eleição...
Como funciona o sistema político brasileiro?

Como funciona o sistema político brasileiro?...

Como funciona o sistema político brasileiro?, política, Brasil, três poderes, câmara,...
CPI

CPI

CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, o que é a CPI, função...
Demagogia

Demagogia

Um conceito político com significações diversas.
Direita e Esquerda

Direita e Esquerda

Direita e Esquerda, política, o que é direita, o que é...
Fidelidade Partidária

Fidelidade Partidária

Uma questão comum a várias democracias contemporâneas.
Governador

Governador

Descubra aqui como se elege um governador e quais as suas...
Impeachment

Impeachment

O instrumento político que retirava os poderes de um dirigente