Isto é preocupante
Aumenta evasão no Ensino Médio
FONTE Diário do Grande ABC
As informações integram o Sistema de Informações Municipais, ferramenta elaborada pela Fundação Seade em parceria com a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado.
Os números da região estão acima da média do Estado, que passou de 4,3%, em 2008, para 4,6%, em 2012. A menor taxa entre as sete cidades é a de São Caetano – 0,6% (49 alunos) e 2,1% (176 alunos).
Vale dizer que 30% da população do Grande ABC com idade entre 18 e 24 anos não possui Ensino Médio completo. O número é ainda maior quando considerados os moradores com 25 anos ou mais – 60% deles não completaram a última etapa da Educação Básica.
Longe da escola, jovem é excluído da sociedade
Uma das principais consequências do abandono escolar é a falta de preparo do jovem para o mercado de trabalho, aponta a professora do curso de Pedagogia da Faculdade Anhanguera de São Bernardo Walkiria Savira Belapetravicius. Isso se dá, segundo ela, pela dificuldade destas pessoas retomarem os estudos posteriormente para concluir a Educação Básica e ingressar no Ensino Superior.
O mais grave, contudo, segundo a educadora, é o problema social que pode ser causado com o afastamento do jovem das salas de aula. “Em alguns casos, quando o estudante sai da escola é recrutado pelo tráfico de drogas, principalmente se ele não tiver foco e sustentação familiar”, destaca.
Uma das alternativas para o problema, na visão de Walkiria, é o trabalho de gestão nas unidades de ensino, aliado a investimento por parte dos governos para melhoria da infraestrutura. “Temos que acolher o aluno, saber quais são suas necessidades e entender que ele não pode ser tratado como autônomo. Ele precisa de cuidados”, ressalta.
Para a docente, o Estado deve financiar a Educação com qualidade, boa alimentação, biblioteca completa com profissional adequado, laboratório de informática com manutenção, além de equipe com psicólogo e assistente social.
Outra ação importante para a manutenção do jovem no Ensino Médio, de acordo com a especialista, é a participação da comunidade na unidade de ensino.
Educação destaca que alunos podem ter se mudado
Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo esclareceu que os dados de abandono não devem ser considerados como sinônimo de evasão, já que a taxa inclui estudantes que mudaram de Estado, por exemplo, e não deixaram de frequentar a escola. O governo, no entanto, não informou números.
A Pasta ressaltou que o Estado apresenta um dos menores índices de abandono escolar do País, apesar de sua população numerosa e heterogênea. Calculado com taxas proporcionais, em toda a rede estadual, a média no Ensino Médio está em queda, saindo de 26,5%, em 1986, para 5,6%, no ano passado.
A Prefeitura de São Caetano e a Aesp (Associação das Escolas Particulares) do Grande ABC não se pronunciaram sobre o assunto.
Problema
No Brasil, 795 mil estudantes do Ensino Médio deixaram os estudos em 2012, o que correspondente a 10% das matrículas. No entanto, vale lembrar que o ciclo deve ser oferecido pelos governos estaduais por determinação legal (artigo 205 da Constituição). O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) estabelece, ainda, a obrigatoriedade de os pais matricularem seus filhos.
O Ensino Médio é o nível escolar que mais vem apresentando problemas nos últimos anos. Exemplo disso é o resultado do último Idesp (Índice de Desenvolvimento do Estado de São Paulo), divulgado pelo governo do Estado em abril. Houve piora no índice entre 2012 e 2013 – passou de 1,93 para 1,92. Na região, 136 instituições que oferecem Ensino Médio não alcançaram a meta traçada.
O indicador atribui nota de zero a 10 às escolas com base no desempenho do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar) – que mede conhecimentos em Português e Matemática – e aspectos como frequência e evasão.
isto é muito preocupante cabeça vazia é oficina do diabo esse estudante fora da escola oque vão aprontar
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