sexta-feira, 12 de junho de 2015


89% DOS FUMANTES BRASILEIROS LAMENTAM TER INICIADO O VÍCIO

Fumar é cada vez menos popular no Brasil. Hoje, apenas 10,8% dos brasileiros fumam, uma queda de 30,7% no índice de fumantes de 2006 para cá. É um passo importante em um país onde, a cada hora, 23 pessoas morrem em decorrência do tabagismo.
E não é só aqui. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço da população adulta do mundo inteiro, ou 1,3 bilhão de pessoas, fuma. O problema é que o cigarro contém mais de 4.720 substâncias tóxicas, além de 43 elementos cancerígenos.
Como resultado, o tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta, matando cinco milhões de pessoas por ano. O fumo também é responsável por 63% das mortes resultantes de doenças crônicas não transmissíveis, 85% dos óbitos por doença pulmonar crônica e 30% dos tipos de câncer, além de ser um fator de risco para uma série de doenças.
Para piorar, deixar o vício de lado é muito difícil. Por conter nicotina em sua composição, o cigarro vicia tanto quanto outras drogas, como álcool, cocaína e heroína. Depois de um certo tempo fumando, a dependência se torna física, psicológica e comportamental.
O ideal, portanto, é nem começar a fumar – e quem fuma sabe disso. Segundo a Pesquisa Internacional de Tabagismo, realizada em homenagem ao Dia Mundial sem Tabaco, lembrado em 31 de maio, a maioria dos brasileiros fumantes (89%) lamenta ter começado a fumar.
  • 10,8%dos brasileiros fumam*
  • 23 pessoasmorrem por hora no Brasil em decorrência do tabagismo**
  • O percentual de fumantes caiu30,7%nos últimos anos*
  • 89%dos fumantes lamentam ter iniciado o vício***
Fontes: *VIGITEL - Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico
**INCA – Ministério da Saúde ***Pesquisa Internacional de Tabagismo - ITC

MERCADO ILEGAL PREJUDICA A REDUÇÃO DO TABAGISMO

Proibido fumar
Apesar da queda no número de fumantes no Brasil, houve um aumento na proporção de brasileiros que fumam cigarros de origem ilícita. Entre 2008 e 2013, o percentual de fumantes que compram o cigarro no mercado ilegal passou de 2,4% para 3,7%, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O comércio ilegal representa cerca de 10% das vendas mundiais, ou 600 bilhões de cigarros por ano. Ou seja, é um mercado de grande porte. O problema é que ele interfere diretamente em ações de promoção da saúde cujo objetivo é reduzir a prevalência de fumantes na população.
Um dos principais problemas é a questão do preço: o aumento no preço mínimo de cigarro (atualmente R$ 4,50) ajudou a diminuir o número de brasileiros fumantes. Mas o valor médio dos cigarros no mercado ilegal é menor do que isso, o que pode estimular crianças e adolescentes a começarem a fumar. Sabe-se que 80% dos fumantes iniciam a prática antes dos 18 anos, portanto o comércio ilegal de cigarro é uma porta de entrada perigosa para esses jovens.
Além disso, os cigarros ilegais não mostram as advertências sanitárias - as mensagens sobre os riscos do fumo que aparecem nas embalagens -, nem o telefone do Disque Saúde 136, um serviço para ajudar as pessoas a deixarem de fumar.
  • Comércio ilegal representa 10% das vendas mundiais de cigarro**
  • Percentual de fumantes que usam o mercado ilícito subiu de 2,4% para 3,7%*
  • 80% dos fumantes iniciam o hábito antes dos 18 anos***
Fontes: *INCA **OMS ***Ministério da Saúde

COMO DIMINUIR O ÍNDICE DE FUMANTES

O percentual de fumantes adultos caiu 28% nos últimos oito anos. Como consequência, cerca de 420 mil mortes foram evitadas. Isso é resultado de um conjunto de ações nacionais de controle do tabagismo tocadas desde o final dos anos 1980 pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).
Com o objetivo de reduzir a prevalência de fumantes e suas consequências, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo tem promovido ações educativas, de comunicação, de atenção à saúde e o apoio a adoção e cumprimento de medidas legislativas e econômicas para proteger a população do fumo, do tabagismo passivo, desestimular a iniciação do fumar pelas crianças e jovens e promover a cessação de fumar.
Outras medidas tomadas são a regulação e fiscalização de derivados de tabaco, diversificação da produção em áreas de cultivo de fumo e inclusão dos princípios da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (o primeiro tratado internacional de saúde pública da história da Organização Mundial da Saúde). Com a ratificação desse tratado pelo Brasil em 2005, sua implementação nacional ganhou o status de Política de Estado e o cumprimento de suas medidas e diretrizes tornou-se uma obrigação legal do Governo Brasileiro.
O governo também trabalha na política de preços e impostos para o setor de fumo, combate o mercado ilegal de produtos de tabaco, promove o programaSaber Saúde - ações de promoção de saúde nas escolas -, o tratamento do tabagismo e fixou datas comemorativas, como o Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio) e Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto).
  • Percentual de fumantes adultos caiu 28% nos últimos oito anos
    Fonte: VIGITEL - Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico
  • 420 milmortes foram evitadas como consequência
    Fonte: Instituto Nacional do Câncer (INCA)
  • 31 de maiocomemora-se o Dia Mundial Sem Tabaco
    Fonte: OMS

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