MERCADO ILEGAL PREJUDICA A REDUÇÃO DO TABAGISMO
Apesar da queda no número de fumantes no Brasil, houve um aumento na proporção de brasileiros que fumam cigarros de origem ilícita. Entre 2008 e 2013, o percentual de fumantes que compram o cigarro no mercado ilegal passou de 2,4% para 3,7%, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O comércio ilegal representa cerca de 10% das vendas mundiais, ou 600 bilhões de cigarros por ano. Ou seja, é um mercado de grande porte. O problema é que ele interfere diretamente em ações de promoção da saúde cujo objetivo é reduzir a prevalência de fumantes na população.
Um dos principais problemas é a questão do preço: o aumento no preço mínimo de cigarro (atualmente R$ 4,50) ajudou a diminuir o número de brasileiros fumantes. Mas o valor médio dos cigarros no mercado ilegal é menor do que isso, o que pode estimular crianças e adolescentes a começarem a fumar. Sabe-se que 80% dos fumantes iniciam a prática antes dos 18 anos, portanto o comércio ilegal de cigarro é uma porta de entrada perigosa para esses jovens.
Além disso, os cigarros ilegais não mostram as advertências sanitárias - as mensagens sobre os riscos do fumo que aparecem nas embalagens -, nem o telefone do Disque Saúde 136, um serviço para ajudar as pessoas a deixarem de fumar.
- Comércio ilegal representa 10% das vendas mundiais de cigarro**
- Percentual de fumantes que usam o mercado ilícito subiu de 2,4% para 3,7%*
- 80% dos fumantes iniciam o hábito antes dos 18 anos***
Fontes: *INCA **OMS ***Ministério da Saúde
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