O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu há pouco uma nova visita de senadores e de deputados à Venezuela, de modo que sejam esclarecidas as reais situações dos líderes de oposição ao governo daquele país.
Hoje (19), Cunha se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para conversar sobre os incidentes ocorridos ontem (18), quando senadores brasileiros tentaram visitar o ex-prefeito Leopoldo Lopes, que está preso nas proximidades da capital venezuelana.
“Falei hoje novamente com o ministro Mauro Vieira sobre o episódio, já que enviamos ontem uma comissão de deputados do plenário ao Itamaraty. Ele nos recepcionou e deu todas as explicações sobre a ótica deles.”
O presidente da Câmara explicou que ponderou com o chanceler que, para superação do episódio envolvendo os senadores, é preciso que uma nova comissão de parlamentares visite os opositores ao governo venezuelano. “Há a necessidade e o direito de uma comissão lá comparecer e cumprir regularmente seu objetivo. Acho que o governo brasileiro deveria atuar para que isso ocorresse”, acrescentou.
De acordo com o presidente da Câmara, é necessário esclarecer a verdadeira situação dos opositores ao governo, para evitar debates e críticas na Câmara e no Senado sobre a forma como são tratados os opositores ao governo de Nicolás Maduro.
“É preciso que se esclareça, que se mostre e não só se diga que é uma democracia. Os gestos são importantes, já que se trata de uma situação de direitos humanos. A comissão de senadores e de deputados tem de estar lá para verificar as reais condições dos opositores presos."
Segundo o Itamaraty, pela manhã o chanceler brasileiro telefonou para a ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez . Vieira pediu esclarecimentos sobre o incidente com senadores brasileiros.
Também pela manhã, a embaixadora da Venezuela no Brasil, María Lourdes Urbaneja, encontrou-se com o secretário-geral do órgão do Itamaraty, Sérgio Danese. Ela comprometeu-se a consultar o governo venezuelano para reforçar o pedido do governo brasileiro.
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